Entusiasmo. Era isso o que eu sentia no verão de 2024, quando cheguei à pequena cidade de Merano, no sul do Tirol, na Itália. Era a clássica viagem de férias em família, e os dias seguintes prometiam ter muitas atividades. O que eu não sabia é que havia uma inspiração, um vislumbre reservado para mim, e que mudaria a forma como percebo a vida.
Uma das primeiras atividades que havíamos planejado era uma excursão de rafting, ou seja, descer o rio de bote, em corredeiras. Éramos quatro no bote, dois de cada lado, mais o guia, e ele nos informou que naquele dia o rio estava particularmente difícil.
Partimos logo após uma breve introdução, e nos divertimos com a água espirrando em nós. Seguimos as instruções do guia, e estávamos completamente concentrados no que fazíamos. Mas não contávamos com o que aconteceu a seguir. De repente, nosso bote se desviou, foi de encontro a uma enorme pedra e splash! — fomos jogados para fora do bote, direto nas corredeiras.
Mil pensamentos passaram pela minha cabeça. A água estava fria, apesar dos nossos trajes de neoprene, e a correnteza era forte. Não obstante estar de colete salva-vidas, eu senti medo. Havia muito ruído na minha cabeça, mas então o silêncio tomou conta. Um silêncio com foco. A correnteza deixou de me impressionar. Havia simplesmente paz. Tranquilidade. O medo se desvaneceu.
Graças à minha família, eu já estava familiarizado com os ensinamentos da Ciência Cristã. Frequento a Escola Dominical on-line a cada semana, lemos e trocamos ideias sobre a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã; conversamos sobre o tema da semana e como resolver os problemas por meio da oração, ouvindo a Deus.
A frase “Deus é a Vida” repetia-se em minha cabeça. Olhei à minha volta, me agarrando mentalmente a esse pensamento. Em meio à confusão ao meu redor, ouvi minha mãe pedindo ajuda, e então mostrei a ela uma alça de apoio para as mãos, no bote virado. Pouco depois, outro bote chegou, e as pessoas que estavam nele puxaram todos nós para dentro, onde estava seco. Que experiência! Já dentro do outro bote, percebi que havíamos corrido um grave risco. Mas eu não estava mais amedrontado, sabendo que Deus, a Vida divina, é eterno, e que nós refletimos a Deus, então não pode acontecer nada que nos tire a verdadeira vida. A vontade de Deus para nós é a vida e somente a vida. Uau! Nós somos filhos de Deus, e Deus não pode se afogar, então nós também não podemos.
A harmonia, proteção e ordem de Deus permearam aquela experiência caótica, me cercaram de calor e me deram a melhor perspectiva sobre Deus e sobre nós mesmos, Suas ideias. Seus filhos. Meu modo de ver a vida mudou muitíssimo — agora confio plenamente em Deus. E o pior início de férias se tornou o melhor, no final das contas.
Agora posso definitivamente confirmar que cada cura nos permite vivenciar o divino poder de Deus. Aleluia!
