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Original para a Internet

Há uma cadeira reservada para você em uma mesa-redonda com praticistas

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 12 de setembro de 2014

Entrevista publicada originalmente na edição de agosto de 2014 de The Christian Science Journal.


Connie Coddington, Gerente do Departamento de Atividades de Praticistas da Ciência Cristã nA Igreja Mãe, fala sobre a razão pela qual esse novo formato adquiriu um impulso tão grande.

Connie, desde que essas mesas-redondas começaram há alguns meses, tem havido um verdadeiro aumento no número de igrejas interessadas em realizá-las. Por que você acha que esse novo formato está atraindo as pessoas?

Nos seminários que eram realizados no Campo de Ação há alguns anos, e que depois também passaram a ser realizados nA Igreja Mãe, sempre havia dois praticistas na frente falando para o público presente, seguido por um período curto de perguntas e respostas. Aos poucos, esse formato foi se tornando mais informal, com as cadeiras reunidas em círculo, o que indicava que não havia esse senso de “nós” e “eles”. Além disso, o importante é que não havia uma agenda previamente estabelecida para as reuniões.

Constatamos de imediato que não importa qual a formação dos participantes. Quer seja um cantor de ópera, um treinador de cachorros, uma avó, um candidato a doutorado, uma jovem mãe, todos têm algo de valioso para oferecer durante as conversas. O fato de não haver um formato preestabelecido encoraja as pessoas a expressar suas opiniões como se estivessem conversando à “mesa da cozinha”. 

Iniciamos essas mesas-redondas há alguns meses e elas tiveram sucesso imediato. Estão acontecendo em todo o país, desde a zona rural do Maine até Las Vegas, Pensacola, Flórida e em outros lugares. Elas agora têm alcance internacional, pois demos início a várias mesas- redondas na África do Sul e no Reino Unido.

Entretanto, o que as está impulsionando é muito mais do que uma mudança no formato e no tom. É o desejo fervoroso pela – talvez até mesmo a insistência na – cura pelo Cristo. 

Em uma mesa-redonda, como se cultiva esse desejo fervoroso? Esse formato é geralmente chamado de modelo “interativo”. Assim, como você avalia isso no contexto do que Mary Baker Eddy diz: “A intercomunicação se faz sempre de Deus para Sua ideia, o homem” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 284)?

Pela oração, pura e simples. O enfoque da Assembleia Anual de 2014 foi a cura pelo Cristo, e esse tema estará reverberando o ano todo para todos os membros da Igreja, no mundo inteiro. Portanto, é natural vermos, em nossas igrejas filiais, maior interesse na cura e maior vigilância sobre a cura e contra qualquer pensamento que nos afaste dela. Esse desejo não é apenas pela cura física ou pelo bem-estar individual. É um chamado a fortalecer nossa convicção de que a atividade do Cristo é a base sólida de apoio para tudo o que construímos: os cultos em nossas igrejas filiais, nossas reuniões de testemunhos das quartas-feiras, as orações diárias pelo nosso próximo e pelo mundo.

Vejo o quão fundamental a oração é, uma vez que poderia haver uma tendência a colocar de lado o enfoque no alcance universal, e a abordá-la a partir de uma perspectiva humana. “Será que sei o suficiente?” “Conseguirei expressar o que estou sentindo?” “Sairei com toda a inspiração de que necessito?”, etc.

Sim, esse sentido pessoal, essas opiniões humanas, parecem desaparecer durante essas mesas-redondas. Acho que essa é a razão pela qual palavras como substancial e conciso aparecem nos comentários que recebo, porque não importa quantas experiências humanas sejam compartilhadas nessas mesas-redondas, sempre acontece que alguém esclarece o fato de que a “névoa” do panorama humano, ou seja, a ilusão de tudo o que nos desvia a atenção da cura pelo Cristo, tem de dar lugar às leis do Amor divino. Isso se realiza a partir da perspectiva dos dois livros que Mary Baker Eddy considerou como nosso Pastor na Ciência Cristã: a Bíblia e Ciência e Saúde

Você diria então que esses dois livros, que constituem o nosso Pastor, são os únicos mediadores nessas mesas-redondas?

Isso mesmo. Para mim, fica muito claro que a Mente divina impele as perguntas, e que a mesma Mente impele as respostas que esclarecem essas perguntas.

A Sra. Eddy diz: “A familiaridade com os textos originais e a disposição de abandonar as crenças humanas... abrem o caminho para que a Ciência Cristã seja compreendida, e fazem da Bíblia o mapa náutico da vida, no qual estão assinaladas as boias e as correntezas curativas da Verdade” (Ciência e Saúde, p. 24). Gosto muito do fato de ela usar a palavra boia, algo que está fixo a uma âncora e flutua na água, mostrando exatamente onde a âncora está situada. Portanto, para nós a boia é nosso Pastor, os dois livros, que sempre nos guiam à âncora da Ciência Cristã: a cura pelo Cristo. 

Os participantes podem abordar qualquer assunto relacionado à prática? Não há nada que não possam perguntar?

Nada. Gosto de chamar essas mesas-redondas de “espaço seguro”, em que se pode conversar sobre qualquer coisa relacionada à prática. Até agora, a maneira como as mesas-redondas têm funcionado na maioria dos casos, é que pelo menos dois praticistas que se anunciam no Journal decidem participar. Eles não desempenham um papel oficial, mas estão ali apenas para apoiar a atividade e para dar um vislumbre de suas próprias experiências, como sua jornada rumo à prática e qualquer resistência que encontraram ao longo do caminho.

Todos, desde praticistas que se anunciam no Journal até aqueles que estão começando a trilhar esse caminho, são encorajados a serem honestos; e eles são. Às vezes, alguém diz: “Ó, não posso acreditar que acabei de dizer isso”! A honestidade faz com que se coloque tudo sobre a mesa. Exatamente nesse ponto podemos derrubar as barreiras que se apresentam no pensamento e dizem: “Não posso fazer isso, a prática da cura é para outra pessoa, não para mim”.

De acordo com o que você vê nessas mesas-redondas, há algo que a surpreende?

Para começar, cada vez mais jovens estão interessados em entrar na para a prática. Acho que a percepção daquilo que constitui a prática da Ciência Cristã tem realmente mudado. Algumas vezes, ela é percebida como algo a que uma pessoa se compromete “mais tarde”, após uma carreira ou depois que os filhos crescerem, etc. Penso que agora o desejo de curar se apresenta de forma bem clara e de uma maneira mais imediata e tangível. Além disso, as pessoas estão fazendo cada vez mais cedo o Curso Primário de Ciência Cristã, com duração de duas semanas, e pode ser que isso também esteja contribuindo para que entrem para a prática mais cedo.

Gosto de pensar que, em primeiro lugar, essas mesas-redondas dispersam a névoa dos “obstáculos”.

Também gosto de ouvir como pessoas que por muito tempo têm sentido o impulso de entrar para a prática da cura, resolvem fazê-lo logo após uma mesa-redonda. Uma senhora havia refletido durante anos e anos sobre entrar para a prática. Em abril deste ano ela participou do Simpósio Uma Igreja Viva do Centro-oeste dos Estados Unidos, o qual aconteceu em Chicago, e participou de duas das três mesas-redondas com praticistas oferecidas naquele fim de semana. Aparentemente esse era o empurrão que ela precisava, pois ela entrou com um pedido para se anunciar no Journal na mesma semana em que voltou para casa e agora é praticista registrada.

É interessante ver como algumas pessoas chegam a esses eventos ou, melhor dizendo, são guiadas a esses eventos. Uma senhora me contou que seu marido havia planejado ir esquiar no dia em que uma mesa-redonda iria acontecer, mas, no último minuto, resolveu não ir esquiar e participou do evento. A mesa-redonda realmente o fez refletir sobre o fato de que a prática pode ser verdadeiramente uma opção. 

Como se origina uma mesa-redonda? Quem paga por ela?

Na maioria das vezes, uma pessoa defende a ideia e a propõe à sua igreja filial. Em seguida, uma igreja organiza o evento e pode convidar outras filiais para dividir as despesas, que incluem transporte e alojamento de pernoite do mediador; não há honorários envolvidos. Quando a mesa-redonda é instituída, a igreja informa os membros, incluindo praticistas e outras igrejas filiais na região, e convida a todos.

Um dos efeitos secundários desse formato de mesa-redonda é que tem originado outras ideias. Algumas pessoas sugeriram oferecer sessões mais longas do que o formato de duas horas de duração, e alguém perguntou se outra sessão poderia ser marcada para poucas semanas depois da primeira, já que sentia que a conversa havia apenas começado. A mesa-redonda na África do Sul começou como um único evento, mas rapidamente se expandiu para cinco outros eventos, em três partes diferentes do país.

O novo formato também abriu o pensamento nas igrejas filiais para um ambiente mais informal para as reuniões de testemunhos das quartas-feiras e, até mesmo, para as reuniões que tratam de assuntos administrativos nas igrejas.

Essas conversas também têm suscitado grandemente o pensamento sobre a Prática Pública da Ciência Cristã em um senso mais amplo.

Connie, com frequência ouvimos a expressão “prática pública”. Entretanto, Mary Baker Eddy nunca usou esse termo. O que você pensa sobre ele? Como é a “prática pública”?

Acho que esse termo passou a ser usado porque muitas pessoas começam sua prática trabalhando para membros da família e amigos. Assim, acho que ele se refere a um desejo de ter uma prática mais plena e ampla. 

Isso não quer dizer que o tratamento pela Ciência Cristã para membros da família e amigos não seja um grande ponto de partida, mas o alcance pode ser muito mais amplo quando se trata da cura. Esse tema surge muito durante as mesas-redondas. Até mesmo libertando as pessoas do hábito de identificar outras pessoas como: “não são Cientistas Cristãos”. Mary Baker Eddy declara que a Ciência Cristã é para a salvação de toda a humanidade. Portanto, podemos esperar que todos tenham o desejo fervoroso de encontrar a verdade. E mesmo que ele não peçam, talvez possamos estar exatamente ali, no momento certo, para compartilhar com eles uma ideia correta.

Um Professor de Ciência Cristã que participou de uma mesa-redonda contou uma experiência que ele e sua esposa, que é Praticista da Ciência Cristã, vivenciaram em um aeroporto. Uma senhora desmaiou e, na confusão, enquanto o atendimento de emergência estava sendo acionado, ele e sua esposa colocaram instantaneamente em prática a verdade espiritual que conheciam sobre a ideia de Deus, o homem. Eles se ajoelharam junto a ela e, em voz baixa, falaram sobre a verdade. Quando o pessoal da emergência chegou, a senhora havia recuperado a consciência. Enquanto passavam pela alfândega, o professor e sua esposa souberam que aquela senhora tivera uma convulsão diabética. Quando embarcaram no avião, uma passageira da primeira classe se aproximou deles e os abraçou. Era a própria senhora, que estava extremamente grata pelas suas orações e pelo cuidado que tiveram com ela. 

Menciono essa história porque não houve nenhuma pessoa naquela mesa-redonda que não tenha ficado comovida com esse relato de como é possível alcançar o próximo de maneira simples e cristã. Uma pessoa que participou daquela mesa-redonda naquele dia escreveu para dizer que o incidente a havia impressionado tanto, que lhe dera a coragem de ela mesma solicitar permissão, que lhe foi concedida, para orar pela família de uma amiga, que não era de Cientistas Cristãos, e que estava passando por um momento de grande necessidade. Eu mesma também fiquei muito inspirada recentemente quando alguém entrou com um pedido para se anunciar no Journal e as curas que corroboravam sua prática e que ouvimos como parte do processo do pedido, foram de pessoas que haviam acabado de conhecer a Ciência Cristã e sido curadas.

A “prática pública” pode significar muitas coisas, desde orar pelos problemas do mundo trazidos à luz, digamos, em The Christian Science Monitor, até a relocação de uma Sala de Leitura para um local onde uma determinada comunidade necessita. Trata-se realmente do alcance de uma oração consciente, constante e que se amplia eternamente, por meio da compreensão da lei do bem infinito de Deus.

Na sua opinião, que papel a mídia social está desempenhando nessa perspectiva mais ampla da prática pública?

A Internet tornou a Ciência Cristã extremamente acessível, como nunca antes. Mas, estou convencida de que a mensagem precisa estar alicerçada nas leis absolutas da Ciência divina. Não se trata de um fórum para diluir as verdades espirituais a fim de que sejam mais acessíveis, ou para usar um site na Internet para “praticar” formas de difundir a Ciência Cristã aos outros. Provavelmente, a melhor ideia seja primeiro passar algum tempo escrevendo para as revistas, a fim de que a clareza e a precisão se manifestem.

Uma coisa que surge em quase todas as mesas-redondas, a respeito da prática da cura, seja qual for a forma que assuma, é nosso amor a Deus e nosso amor pelo homem. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “O Primeiro Mandamento é meu texto favorito” (p. 340). Não é um de seus textos favoritos; é o favorito. Que mensagem magnífica ela está dando para nós!

Você acha que, quando essa mensagem é verdadeiramente recebida, quando os participantes realmente compreendem que ela vai muito além do raciocínio humano, as preocupações comuns com relação a entrar para a prática tendem a diminuir? Por exemplo, duas perguntas que você deve ouvir o tempo todo são: “O que acontecerá com minha vida?” e “O que se pode dizer da incerteza financeira que pode surgir com a prática?”

Em muitas ocasiões elas realmente diminuem. É nesses momentos que os praticistas que se anunciam no Journal, presentes no evento, dão apoio, compartilhando alguns dos desafios que eles mesmos enfrentaram quando entraram para a prática, ou mesmo antes de entrarem nela. Em geral, e acho que as mesas-redondas são uma enorme ajuda nesse sentido, chega um ponto em que as pessoas compreendem que é realmente Deus, o Amor, a Mente criativa, que supre todas as necessidades. Claro, existem aqueles que contam com a renda do cônjuge ou com uma “reserva financeira”, mas esse não é o caso da maioria que entra para a prática. 

Portanto, se houver pessoas dedicadas que estejam se abstendo de entrar para a prática, esperando ter uma reserva financeira, pode ser que nunca juntem essa reserva e, enquanto esperam, perdem uma oportunidade maravilhosa de se comprometerem com a prática da cura.

Quanto à pergunta que você mencionou, “O que acontece com minha ‘vida’?”, é também algo que precisamos considerar profundamente e pelo qual precisamos orar, porque é isso o que traz a confiança de que no trabalho que procede de Deus simplesmente não pode haver privação. A música que estava na carreira de um músico será apreciada na prática, talvez de uma maneira diferente. A arte que alguém sempre amou não desaparecerá na prática.

Se com essa pergunta, alguém está querendo obter informações específicas sobre como será sua vida quando entrar para a prática da cura, bem, isso é algo que ninguém pode responder. Mas, uma coisa da qual tenho certeza é que ela tem de ser boa, porque Deus é substância e suprimento ilimitados.

Gosto de pensar que, em primeiro lugar, essas mesas-redondas dispersam a névoa dos “obstáculos”. Cada pessoa está ouvindo a Mente divina, e só leva um momento para sentir o desejo fervoroso de curar e nutrir esse desejo. Se ele provém da honestidade e da humildade, então só leva um momento para levar essa ideia adiante. Você não tem de esperar décadas para afirmar: “Estou pronto”.

Não importa quão reais esses obstáculos possam parecer, o melhor lugar para encontrar esse “espaço seguro” sobre o qual falei anteriormente se encontra em nossos livros. Sempre gostei desta declaração da Sra. Eddy: “...não importa quão elevada a posição que um Cientista Cristão possa ocupar no movimento, nunca aceites o que ele possa dizer como válido, a menos que possas confirmar a declaração em nosso livro-texto, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras” (We Knew Mary Baker Eddy, Edição Ampliada, Vol. 1, p. 150). 

Quando prestamos atenção a isso, nós nos encontramos fundamentados na cura pelo Cristo.

Para mais informações sobre as mesas-redondas com praticistas da Ciência Cristã, queiram entrar em contato pelo e-mail: csp.roundtables@csps.com ou pelo telefone 617-450-2685.

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