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Original para a Internet

Reflexões sobre seu negócio ou profissão

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 21 de agosto de 2014

Publicado originalmente na edição de novembro de 1972 de The Christian Science Journal.


Apresento aqui algumas ideias relacionadas a negócios, as quais me vieram ao pensamento ao longo dos anos. A primeira delas é que tudo pertence a Deus. O Salmista declarou: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém” (Salmos 24:1). Cristo Jesus também deixou isso muito claro: “Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais!” (Lucas 12:6, 7).

Portanto, nosso verdadeiro negócio ou profissão está nas mãos dEle. É Ele quem o possui e controla. Se você for o dono do negócio em que trabalha, compreenda claramente que tudo o que é real a respeito desse negócio pertence a Deus, assim você estará imune à carga de responsabilidades que parecem inerentes à crença de posse.

Às vezes, as pessoas pensam que somente a prática pública da Ciência Cristã é uma atividade de Deus. Elas pensam: “Quando eu for praticista, estarei trabalhando apenas para Deus e então terei absoluta liberdade de pensamento para trabalhar”. Lembro-me, porém, do comentário de uma senhora que estivera no mundo dos negócios durante muitos anos. Ela comentou que havia ocupado vários cargos que exigiam muito dela, mas que sempre mantivera o pensamento tranquilo. Ela sabia que estava trabalhando para Deus e se sentia livre para servi-Lo. Essa foi uma lição para mim. Compreendi que sentir-se livre do peso de uma atividade depende inteiramente do pensamento correto a respeito dessa atividade. Podemos sentir-nos livres em pensamento, qualquer que seja nosso negócio ou profissão.

É bom saber que, em realidade, não estamos em um determinado negócio ou profissão! Nenhum negócio ou cargo pode pensar em nós, mas nós podemos pensar nele. Portanto, não estamos em um determinado negócio, mas sim, o incluímos em nosso pensamento. Em uma análise mais profunda, somos maiores do que qualquer cargo ou negócio, porque somos representantes da Mente infinita. Nosso verdadeiro negócio ou atividade, é ser homem, expressar as qualidades dessa Mente perfeita. Nosso trabalho humano é apenas o veículo por meio do qual trazemos à tona, humanamente, essas qualidades.

A maioria de nós está acostumada a considerar nosso negócio ou emprego como fonte de suprimento. A realidade é justamente o contrário. Não é seu negócio que supre você. É você que o supre com ideias e com sua capacidade. Volvemo-nos a Deus para obter as ideias que aplicamos ao trabalho. Não há limite para a inteligência, a capacidade e a inspiração de que a Mente divina nos provê para conduzirmos nossa atividade e para fazê-la prosperar. 

Na maioria das profissões e atividades, trabalhamos junto a outras pessoas e, algumas vezes, nos defrontamos com problemas de relacionamento. Isso pode ser um peso, pode criar confusão e sugerir um falso senso de responsabilidade. O que fazer nesses casos? Começamos nosso raciocínio com Deus, a Mente única, que cria tudo e mantém todas as Suas ideias em relação correta umas com as outras. As ideias da Mente única nunca estão em conflito. Portanto, vemos que as ideias de Deus estão em posição de igualdade, trabalhando juntas, harmoniosamente sob o governo da única Mente, que é o Princípio.

Essa perspectiva verdadeira a respeito do homem, fundamentada em Deus, possibilita-nos neutralizar os defeitos de temperamento manifestados por outras pessoas. Progredimos verdadeiramente na capacidade de ver e demonstrar que tanto nós como eles somos ideias de Deus, imperturbados na consciência de nossa unidade com o Princípio onipotente. Ficamos superiores à tensão, à pressão e ao frenesi dos negócios modernos.

Seja qual for nossa atividade, precisamos enfrentar as sugestões agressivas do magnetismo animal de que exista uma suposta influência separada de Deus, que possa impedir nosso progresso. Não são as pessoas que dificultam nosso progresso, mas sim são as crenças que parecem usar as pessoas, tais como a inveja e a dominação. O importante é saber se estamos deixando que essas crenças nos usem. Elas não têm poder nenhum. Elas não podem nos fazer pensar que nosso progresso esteja subordinado ao negócio no qual estamos envolvidos ou subordinado a chefes que estão acima de nós. A verdade é que o progresso de que Deus provê cada um de nós é independente de outras pessoas e de condições materiais.

A Mente única compreende, mas não nos limita. Poderíamos dizer que nós limitamos a nós mesmos, mas isso seria apenas na crença, uma vez que expressamos a Mente. A única coisa que está à nossa frente é a oportunidade de vencer os erros que procuram ser aceitos em nossa organização, e de perceber as verdades que realmente estão presentes ali.

Outro aspecto é o problema da novidade, de tudo o que é novo. Será que nossos conceitos e planos progressistas enfrentam oposição simplesmente por que são “novos”? Se assim for, reconheçamos o que eles realmente representam: uma criação da Mente, já estabelecida na Mente. Nesse sentido, podemos nos guiar pelas palavras do sábio: “...nada há, pois, novo debaixo do sol” (Eclesiastes 1:9).

Homens de negócios se equivocam ao pensar que seus conceitos ou projetos sejam novos, desconhecidos e que não tenham precedentes. Basicamente, o bem que buscam promover já está estabelecido e, ao apresentarem seu plano com base nessa compreensão, os homens de negócios neutralizam a resistência da mente mortal. Em tal caso, é melhor enfatizar a utilidade em vez de a novidade. O sábio homem de negócios tampouco acha que a ideia humana seja particularmente sua. Ele a considera como uma emanação da sabedoria divina e que, portanto, pode ser utilizada por qualquer pessoa. Essa ideia tem sua missão a desempenhar e será julgada com justiça.  

A Ciência Cristã, quando aplicada, capacita-nos a prever e a impedir a resistência da mente mortal à mudança e ao progresso. Isso não significa que o homem de negócios não deva tentar coisas diferentes; mas, em conformidade com a verdade de que não existe nada realmente novo, ele pode trabalhar para eliminar os supostos riscos da novidade, tais como oposição e acaso, em seu negócio e atividade profissional. A Mente única, que tudo sabe, é sua inspiração e defesa. 

Podemos vencer o medo de sermos julgados erradamente por nossos superiores ou por outras pessoas. “Pois quem me julga é o Senhor”, disse Paulo (1 Coríntios 4:4). Além disso, se aprendemos nós mesmos a julgar corretamente, colocamo-nos em sintonia com essa verdade. Podemos nos educar a não julgar antes do tempo e a não pensar pelos outros. Indo mais a fundo, podemos saber que a única Mente, que é o Princípio, não julga erroneamente nem interpreta mal. Em realidade, ninguém pode ser conhecido de outra forma a não ser aquela como Deus o conhece. 

Por meio da Ciência Cristã, podemos nos abster de magnificar os erros de gestão. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, pergunta: “Quando deixará o mundo de julgar as causas de um ponto de vista pessoal, conjetural e equivocado acerca das coisas!” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1886-1893, p. 290). Naturalmente, desejamos ser perspicazes. Atendo-nos à verdade sobre Deus e o homem, somos levados a perceber os erros que usam as pessoas, mas também vamos mais além e deixamos de vê-los, ou seja, vemos que são irreais. Então, percebemos a verdade que está ali mesmo, a verdade que o erro alega esconder. Cada negócio e profissão nos oferece a oportunidade de reconhecer o governo da lei divina. 

Agora, falemos sobre promoção. A Sra. Eddy nos dá uma ótima receita para a promoção, nestas palavras: “Felizes são aqueles cujo Deus é Tudo-em-tudo, que só pedem para serem julgados de acordo com suas obras, que vivem para amar” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 127). Todos somos capazes de ampliar nosso senso do que significa servir, no cargo que ocupamos.

Repito, nenhuma organização nem ser humano pode limitar nosso progresso ou nosso futuro, porque nenhuma organização ou ser humano pode limitar nosso pensamento. A promoção real consiste em elevar nosso próprio pensamento acima da crença de que o mal seja real. É disso que vem a promoção; ela reside em nossa própria compreensão de Deus. Como o Salmista disse: “Porque a promoção não vem nem do Oriente, nem do Ocidente, nem do sul. Mas Deus é o juiz: a um abate e a outro eleva” (Salmos 75:6, 7, conforme a Bíblia em inglês, versão King James). Nosso pensamento melhorado se expandirá e se expressará. O resultado estará acima daquilo que podemos pensar, pedir ou planejar. Não nos esqueçamos de que o progresso é a lei de Deus. Demonstramos esse fato, se o aceitamos. 

A oportunidade e a capacidade andam juntas na Ciência. Se você tem a oportunidade de exercer um trabalho justo, Deus lhe proporciona a capacidade para realizá-lo, e vice-versa. Se você tem a capacidade, tem sempre a oportunidade para exercê-la. A verdade é que você existe no ponto exato da perfeita receptividade ao bem, sim, no ponto exato da inteligência e capacidade ilimitadas. Por que? Porque você é o filho da Mente que tudo sabe, é filho da própria onisciência. Isso significa que você inclui todas as ideias corretas e o poder de expressá-las. 

Não existe nada fora do governo e do controle harmonioso de Deus. Cada atividade está acontecendo na Mente divina em conformidade com Deus, o único Princípio perfeito, que julga e recompensa de forma justa. Sua lei é uma lei de progresso contínuo para todos.

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