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Original para a Internet

A igreja que escolhemos para nós

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 19 de setembro de 2016

Tradução do original em inglês publicado na edição de janeiro de 1976 de The Christian Science Journal.


A qualidade da igreja que frequentamos é determinada pelo que aceitamos na consciência. Visto que nossa consciência é nossa experiência e não há nada externo ao pensamento, só podemos vivenciar o que mantemos no pensamento. Você e eu podemos ir à mesma igreja, mas como você e eu a vemos é algo individual. 

O fato absoluto é que a igreja é uma ideia divina, que existe na Mente, Deus. O senso espiritual de igreja, que a Sra. Eddy nos deu no livro-texto da Ciência Cristã, diz: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede”. Essa declaração apresenta a visão absoluta do que é a Igreja – a única igreja real que existe, edificada na Mente e expressada na consciência individual.

A igreja, como a percebemos do ponto de vista humano, cumpre uma missão sagrada claramente descrita no segundo parágrafo [dessa definição, como aparece no livro-texto]: “A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e eleva o gênero humano, despertando a compreensão que está adormecida nas crenças materiais, levando-a ao reconhecimento das ideias espirituais e à demonstração da Ciência divina, expulsando dessa forma os demônios, ou seja, o erro, e curando os doentes” (Ciência e Saúde, p. 583). Será que isso descreve a igreja que você escolheu para ser sua igreja? A que você frequenta atualmente?

Uma Cientista Cristã que estava sofrendo de dores no estômago telefonou a uma Praticista da Ciência Cristã que morava longe, em outra cidade, para pedir ajuda por meio da oração científica. A única pergunta que a praticista fez foi: “Como estão as coisas na igreja”? A paciente começou a relatar como as coisas estavam indo mal na igreja. Contou, entre outras coisas, que era difícil permanecer na igreja e ouvir a leitura, pois o Primeiro Leitor era insuportável!

Quando ela se acalmou, a praticista perguntou tranquilamente: Por que você não muda de igreja? Houve silêncio absoluto do outro lado da linha –  a paciente ficou atônita. Será que a praticista quis dizer: “pedir demissão do quadro de membros?” Não é possível que ela quisesse  dizer isso!

A praticista então explicou que nada é externo ao pensamento. A paciente precisava detectar que o cenário angustioso era somente o  que a mente mortal (um nome diferente  para as sugestões discordantes) estava apresentando em suas propostas de deturpar o senso claro e correto do que é a igreja. Pediu à paciente que lesse este trecho do livro A Unidade do Bem, onde a Sra. Eddy escreve: “Tudo tem apenas a realidade que tu lhe dás, e não mais. Aquilo que vês, ouves e sentes é uma modalidade de consciência e não pode ter nenhuma outra realidade, a não ser o conceito que dele tenhas” (A Unidade do Bem, p.8).

A mente carnal estivera alegando que tinha poder para trocar a igreja que Deus expressa, que é sempre inspiradora, que nos eleva, desperta, ilumina, purifica, salva e cura, por um senso de igreja que está fundamentada na matéria e que consiste de personalidades e opiniões conflitantes, querendo tomar direções opostas.

A paciente logo foi curada da dificuldade física, pois dedicou-se com afinco a ceder ao verdadeiro senso de igreja. Gradualmente ela compreendeu o que significava ter a Bíblia e Ciência e Saúde como o pastor impessoal.  Ao ouvir a Palavra em cada serviço, ao invés de meramente ouvir pessoas, ela logo sentiu o poder da Palavra. As sugestões de que os livros são lidos por mortais imperfeitos cederam lugar ao ideal espiritual. Seu recém-descoberto conceito de igreja, fundamentado na Verdade e no Amor absolutos, lhe deu satisfação e conforto, e a elevou acima do mesmerismo da crítica e da preocupação pessoal com os serviços. Ela notou o progresso do Leitor, e isso se tornou evidente a outras pessoas também.

Será que podemos fazer alguma coisa, quando temos problemas com o nosso senso de igreja – quando achamos que a diretoria é muito arbitrária, ou que os Leitores não nos inspiram como era nossa expectativa quando foram eleitos, ou que o trabalho nas diversas comissões parece tomar muito do nosso tempo, ou que a Sala de Leitura está quase sempre vazia? Em tais circunstâncias, devemos manter no pensamento o senso absoluto de igreja.

Ao aceitar a Deus como a fonte de todo o governo verdadeiro, deixamos de lado o exagerado sentimento pessoal a respeito da diretoria. Podemos apoiar os Leitores quando focalizamos nosso pensamento nas verdades espirituais contidas na Bíblia e no livro-texto da Ciência Cristã. As características mortais que talvez atribuamos aos membros e nas quais nos detemos também precisam ser descartadas de nosso pensamento. Então, as identidades espirituais vão ficar mais claras. Essas identidades, refletindo a natureza divina, são totalmente receptivas a Deus. Não há problemas com elas. Facções? Uma impossibilidade! Quando, por meio do senso espiritual, compreendemos a missão da igreja, de cura e salvação, somos inspirados, estimulados, elevados e iluminados.

Quando raciocinamos tomando a Deus e Sua ideia como ponto de partida do pensamento, podemos  curar as situações discordantes. Se nos permitíssemos  ser mesmerizados pelas atividades operacionais e pelos problemas da igreja – as comissões, os Leitores, a diretoria ou as finanças – perderíamos de vista  seu verdadeiro significado, em nossa vida e na comunidade. A Igreja de Cristo, Cientista, promove, na comunidade, o reconhecimento e a aceitação do Cristo, que cura. É uma base onde se aprende a amar e a deixar de lado a vontade do ego e a justificação do ego. Ela oferece uma porta aberta às pessoas, para que possam reconhecer sua verdadeira identidade, guiando-as a compreender que identidade está fundamentada em “Deus conosco”, o “Amor conosco” e a “saúde e a santidade conosco”.

A igreja, como ideia espiritual, nunca pode estar localizada em um endereço em alguma rua, e também não em uma estrutura material, não importa o valor da localização do prédio da igreja. Tanto a localização como o edifício constituem a pedra viva na estrutura da Verdade e do Amor. Na proporção em que os membros, espiritualmente ativos, agem e se movimentam na comunidade, eles estão trazendo a “igreja” para onde eles estão, ou melhor, descobrindo a igreja ali mesmo, e reconhecendo a ação do Cristo, a Verdade que cura, na vida daqueles com quem eles entram em contato. À medida que nos tornamos conscientes da igreja absolutamente espiritual, nossas igrejas prosperam e expandem sua capacidade de responder por meios espirituais às necessidades da humanidade.

O apoio metafísico dado à nossa igreja, abordado de um ponto de vista absoluto, é eficiente para diminuir aquilo que aparece como propósitos conflitantes, egotismo, dominação, racismo, relutância em servir, ingratidão (que se manifesta como finanças insuficientes) e outros problemas semelhantes.

No Resumo Histórico que faz parte da introdução do Manual dA Igreja Mãe, lemos: “A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts, foi concebida para ser edificada sobre a Rocha, o Cristo; ou seja, a compreensão e demonstração da Verdade, da Vida e do Amor divinos, curando o mundo e salvando-o do pecado e da morte; refletindo assim, em certo grau, a Igreja Universal e Triunfante” ( p. 19).

Na proporção em que vemos, ouvimos e sentimos por meio do senso espiritual, e mantemos o pensamento firme na verdade, mesmo que encontremos resistência sob a forma de sugestão de que há dificuldades, constatamos que nosso trabalho para a igreja é uma alegria. Assim nossas igrejas serão a evidência dessa alegria, e terão maior influência sanadora. Então estaremos, nos dias de hoje, concordando com a exigência sincera de Paulo, em sua carta aos Efésios: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,  esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;  há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Efésios 4:1-6).

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