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Original para a Internet

O desaparecimento da matéria

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 29 de novembro de 2016

Tradução do original em inglês publicado na edição de dezembro de 1981 de The Christian Science Journal.


Quem não conhece a metafísica cristã às vezes compreende mal seus pontos importantes. Também pode haver ocasiões em que nós mesmos, estudantes dessa metafísica cristã, não chegamos a compreender completamente esses mesmos pontos. Aliás, quanto mais clareza e exatidão os Cientistas Cristãos tiverem na sua própria percepção de verdades espirituais, tanto mais eles ajudarão a eliminar os pontos de vista equivocados defendidos por outras pessoas.  No geral, é mais fácil pensar em termos de corrigir as opiniões de outra pessoa. Mas é um pouco mais difícil quando nos damos conta de que, em primeiro lugar, nós precisamos ter bem claros esses pontos em nosso próprio pensamento.

Realmente não podemos nos dar ao luxo de pensar que compreendemos e assimilamos completamente todas as verdades com as quais estamos bem familiarizados, na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy. Esses livros precisam ser ponderados, isto é, examinados em profundidade com relação à plenitude e exatidão de seu significado. Por exemplo, qual é o impacto que sentimos, ao pensar que a matéria é irreal? Será que temos apenas uma vaga sensação de que os objetos ao nosso redor, até mesmo nosso corpo físico, são insuficientes para representar a verdadeira substância? Ou pior ainda, será que talvez aceitemos esse conceito, presumindo que o significado será mais bem compreendido no futuro? Francamente, não podemos esperar que a humanidade entenda, sem estudar um pouco sobre esse tema, o que nós mesmos, até com muito estudo, ainda necessitamos assimilar mais plenamente.

A Ciência divina ensina de forma inequívoca que a matéria tem de desaparecer na presença do Espírito. Mas, sem a devida explicação e aplicação desse conceito, ele não passa de uma teoria para o Cientista Cristão. E para alguém que tenha recentemente conhecido essa Ciência, ele pareceria no mínimo enigmático. O que é que realmente queremos dizer com o termo “matéria”? Estaremos pensando no desaparecimento dos objetos que nos rodeiam, como por exemplo, uma lata de tinta, um pedaço de corda, um saco de batatas? Se assim for, estamos flutuando em nuvens de teorias, muito além daquilo que pomos em prática na nossa vida contemporânea. Mas, ainda assim, há algo de muito real na vida prática, muito imediato, a respeito da dissolução da matéria hoje, no presente. 

Para o Cristão metafísico que está ponderando a natureza da realidade, a matéria não é tão fácil de ser definida simplesmente como itens físicos, ou seja, pequenos pacotes bem acondicionados, medidos em litros, metros e quilogramas. “Matéria” é em realidade um termo que indica estreiteza, confinamento, limitação. Ela sugere que se tome consciência de uma existência  delimitada por muralhas de restrições. Em resumo, a matéria é a mortalidade. E a chamada substância, que comumente consideramos como matéria, na medida em que se apresente sujeita a repentina ou eventual deterioração e mudança, simboliza, em essência, um estado de pensamento finito, que tem começo e fim.  

Portanto, quando pensamos na irrealidade da matéria, estamos com efeito pensando no fato de que a verdadeira existência do homem é a expressão do Espírito imortal, ilimitada, sem barreiras. Nosso existir real se desenvolve perpetuamente dentro do bem infinito de Deus, isto é, ele não está circunscrito pela dúvida ou pela ignorância, pela raiva ou pela inveja. Rejeitamos a matéria quando não aceitamos a crença de que nossa verdadeira vida esteja construída em torno de tais conceitos terminais, isto é, que terminam. Desafiamos o próprio senso material constritivo, e não meramente vários objetos que o senso material representaria sempre como mortais.

Quando sentimos a presença de Deus, ou seja, quando vivenciamos a alegria, a pureza e a integridade espirituais, não perdemos o senso de substância.  Em vez disso, em realidade adquirimos um fundamento mais amplo, mais substancial e permanente de existência. O existir real, ou a consciência individual, é moldado por qualidades de Deus, que não têm limites. A forma, a cor, a substância e o contorno verdadeiros são a expressão do Espírito infinito e não estão presos dentro dos muros da mentalidade mortal. “O Espírito e suas formações são as únicas realidades do existir”, explica nossa Líder, a Sra. Eddy. “A matéria desaparece sob o microscópio do Espírito” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 264).  

Se aceitamos a matéria como substância verdadeira, nos assustamos até de pensar em abandoná-la. Quando começamos a perceber que a matéria não é algum tipo de realidade independente da consciência, mas que é essencialmente a projeção do pensamento limitado, somos forçados a reexaminar nossa hesitação quanto a abandoná-la. Não quer dizer que ficaremos automaticamente felizes por nos separarmos da hesitação mental. As pessoas não são facilmente persuadidas a deixar de lado o pontos de vista que as aprisionam. A mente mortal, por natureza, tem medo do infinito porque a imortalidade, por definição, indica o fim de toda crença na mortalidade.

Mas, quando compreendemos que o desaparecimento da matéria realmente significa o desaparecimento do pensamento limitado, como por exemplo, dos temores, das impurezas e da obstinação, um mundo inteiramente novo (até mesmo um novo céu e uma nova terra) começa a se abrir para nós. Começamos a compreender mais plenamente Cristo Jesus, sua missão, sua mensagem e como ele podia curar.

De certa maneira, o próprio nascimento de Jesus rompeu a noção de matéria, ou seja, os conceitos mortais limitantes sobre a origem do homem. Ele mesmo chegou à plena compreensão de que o homem não é feito de limites. O homem não é uma coleção de genes, delimitado pelo passado ou mantido dentro das muralhas que o mundo impõe sob a forma de doença, imoralidade e morte. Cristo Jesus reconhecia que em sua origem, o homem é, por natureza, ilimitado,  pois ele é a imagem, o representante de Deus, a Mente divina. Jesus compreendia esse fato com tal clareza que os limites da doença e do pecado, da arrogância e da morte desmoronavam. Sua convicção da totalidade de Deus derrubava as barreiras mentais opositoras. A Bíblia descreve o efeito sanador de romper os falsos limites do pensamento alicerçado na matéria. Conta que um coxo passou a andar; que uma criança foi restaurada à saúde; que multidões foram alimentadas: e que um mar bravio retornou à mansidão. 

Até mesmo hoje, à medida que admitimos que o Espírito se manifesta cada vez mais amplamente, as crenças que impõem restrições, tais como a doença, o pecado, o mal de toda espécie, começam a desintegrar-se. A matéria, isto é, a expressão da mentalidade limitada e falsa, se desvanece. Então, nos sentimos libertados. Por exemplo, o medo dá lugar à segurança do Amor divino; a vitalidade espiritual toma o lugar da apatia; o esclarecimento expulsa a ignorância. 

Para o estudante de metafísica divina, a matéria está desaparecendo diariamente. A carne (a mentalidade material oprimida) cede diante da espiritualidade. “As limitações se desvanecem na proporção em que a natureza carnal desaparece e o homem aparece no reflexo do Espírito” (Retrospecção e Introspecção, p. 73), escreve nossa Líder.  Quando a consciência tal como a do Cristo substitui o senso material de identidade, o que ocorre é a regeneração. Então, qual é a lição final e fundamental oferecida pelo Mestre?  Estaria ele nos mostrando como finalmente podemos nos tornar mortais muito felizes, saudáveis e simpáticos?  Claro que não. Ele estava nos conduzindo à nossa plena salvação, inteiramente fora da mortalidade.

Jesus demonstrou de forma completa o fato de que toda a matéria, toda crença restritiva, finalmente desaparece à medida que demonstramos por completo o homem como a expressão perfeita da Mente onisciente. O homem não desaparece. A substância não desaparece. O que desaparece são os limites. Eles chegam ao fim porque Deus é ilimitado e o homem é a semelhança de Deus. Quando Jesus ascendeu, ele deu provas irrefutáveis de que o verdadeiro existir é inteiramente independente da matéria.

Você e eu podemos todos os dias podar os arbustos da cerca viva da crença mortal, que tentaria nos manter aprisionados. Ainda a cura mais modesta é uma destruição do mal. É a prova da presença de Deus conforme descrito pelo Salmista: “...ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve” (Salmos 46:6).

Mesmo agora podemos entender o significado legítimo da verdade metafísica de que a matéria desaparece sob a luz do Espírito. E finalmente, por meio da regeneração espiritual e da cura científica, nós nos elevaremos acima de todo pensamento limitado.  Alcançaremos nossa própria ascensão.

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