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Original para a Internet

Para jovens

O Natal após o divórcio de meus pais

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 18 de dezembro de 2018


Estávamos a poucas semanas de celebrarmos o primeiro Natal após meus pais terem se divorciado. Eu estava com medo dessa data. Meu pai estava morando com outra mulher e os seis filhos dela e nós teríamos de visitá-lo no Natal. Minha mãe ficaria sozinha.

À medida que o feriado se aproximava, eu me sentia triste e deprimida. Muito embora tivéssemos vivido frequentemente com medo da raiva que meu pai expressava, quando ainda vivia conosco, ele dera à nossa família uma sensação de segurança e inteireza. As manhãs de Natal haviam sido especiais, com meu pai reunido conosco junto à árvore, distribuindo presentes. Agora, a sensação de união familiar havia desaparecido.

Não é que eu nunca tivesse ponderado sobre o verdadeiro sentido do Natal, mas naquele ano em particular, com a expectativa de ter um feriado triste e frustrante, volvi-me a Deus mais do que nunca, para entender qual é o real significado do Natal.

Eu pensei no primeiro Natal conforme relata a Bíblia. Beleza, paz e alegria preencheram o lugar onde Jesus nasceu. Essas qualidades espirituais não dependiam do ambiente nem das pessoas que lá estavam presentes. Elas não tinham nada a ver com as expectativas humanas de alguém, eram a evidência da presença do Amor divino envolvendo a humanidade, a união do divino Pai com Seus filhos, a qual Jesus veio nos ensinar e demonstrar.

Assim que percebi o significado mais profundo do Natal, comecei a entender que tudo o que Cristo Jesus ensinou e demonstrou sobre o amor de Deus também se aplicava a mim. Eu nunca estivera separada de Deus e nada do que acontecera podia me afastar do Seu amor. O Natal representou um novo começo, a revelação do bem divino, supremo, espiritual e indestrutível. Compreendi que esse bem é o fato permanente da minha vida, da vida de minha família, e até mesmo a verdade sobre a nova família de meu pai. Nenhum de nós poderia ser privado desse bem.

Essa inspiração foi um farol iluminando meu pensamento. Em vez de me deixar absorver pelos problemas que eu vinha tendo com a minha família e de ficar deprimida porque as coisas tinham mudado, comecei a pensar em como Deus, o bem, que é eterno, inclui a todos. Essa ideia brilhou como uma luz em minha mente e ajudou a dissipar os sentimentos de angústia sobre aquela situação.

Essa verdade sobre o amor de Deus também me ajudou a perdoar meu pai e aceitar essa senhora que, mais tarde, se tornou sua esposa. Meu coração se tranquilizou e percebi que ela e seus filhos não eram meus inimigos pelo fato de disputarem comigo e meus irmãos a atenção do meu pai. Senti o Amor divino amando a todos nós e sabia que, como filhos de Deus, cada um estava incluído em um amor ainda maior, que nunca poderia acabar e nunca poderia nos deixar.

Pensar sobre essas ideias me libertou do sentimento de decepção e das expectativas de como o Natal deveria ser. Eu senti o amor de Deus e sabia que poderia expressar esse amor, independentemente de onde eu estivesse, com quem estivesse, ou do que estivesse acontecendo ao meu redor.

O Natal daquele ano, ainda assim, foi um período de desafios. Mas olhando para trás, também posso ver o quão importante ele foi. Fez com que eu mergulhasse fundo no meu coração para encontrar o verdadeiro significado daquela data e me apoiar em Deus, em vez de em meus pais, para encontrar alegria naquela época do ano. A coisa mais linda daquele Natal foi que, pela primeira vez, eu não depositei em ninguém a responsabilidade de fazer com que essa data fosse feliz. Em vez disso, me foi dada a bênção de descobrir o que eu mesma tinha para dar: amor. 

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