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Original para a Internet

O filho de Deus não é um fracassado — a história de uma professora

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 15 de agosto de 2019


Apesar de todos os meus esforços, eu me sentia um fracasso. Eu não estava acostumada a me sentir daquele jeito. 

Isso aconteceu há vários anos, quando eu era professora em uma escola cujo objetivo era conseguir que alunos com desempenho abaixo do esperado melhorassem o seu rendimento. Eu trabalhava 12 horas por dia na escola, e ainda dedicava meu tempo ao trabalho também nos fins de semana. Eu fazia o melhor que podia no papel de professora titular, e ficava sem jeito ao admitir que trabalhar em uma escola de ensino fundamental poderia ser tão estressante. Eu me sentia constantemente sobrecarregada, e como se eu fosse o elo mais fraco da corrente. 

Depois de 19 dias na função, fui chamada para uma reunião com o diretor geral da escola e o diretor pedagógico. Eles me disseram que eu não estava atendendo às expectativas da escola em relação a uma educadora, e me deram duas opções. A primeira era que eu teria três semanas para transformar a cultura da minha classe. Se eu fosse bem-sucedida, poderia continuar na minha função. Se não fosse, eu seria demitida. A segunda opção era passar a desempenhar um papel de apoio como professora assistente. 

Ao ouvir essas palavras, senti como se tivesse levado um soco no estômago. Eu sabia que havia tido motivos puros ao buscar a função de professora nessa escola específica, e não podia acreditar que estava passando por essa situação desanimadora. Senti-me arrasada por meus esforços terem me conduzido para o que parecia um fracasso absoluto.

Depois de um dia sentindo-me fisicamente péssima e após derramar muitas lágrimas, eu sabia que precisava obter uma perspectiva espiritual a respeito da situação. Sentia-me perdida, sem saber como orar por mim mesma, então pedi a um Praticista da Ciência Cristã que me ajudasse a orar sobre a situação e as escolhas que me tinham sido apresentadas. A primeira ideia com a qual oramos foi que minha vida é governada por Deus. Não há nenhuma outra força ou impulso real que possa se apossar de mim e me desviar do caminho. Deus havia me criado e estava cuidando de mim. 

As mensagens de vários versículos do Salmo 37 eram tão claras para mim, que parecia que elas tinham sido escritas para aquela situação em especial. “O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão. … No coração, tem ele a lei do seu Deus; os seus passos não vacilarão. … Observa o homem íntegro e atenta no que é reto; porquanto o homem de paz terá posteridade. … Vem do Senhor a salvação dos justos; ele é a sua fortaleza no dia da tribulação” (versículos 23, 24, 31, 37, 39).

Essas promessas de amor e salvação me foram muito confortadoras. A certeza de Deus, no livro de Jeremias, também me acalmou e tranquilizou: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (29:11). Eu precisava perceber com clareza que meu empregador não controlava, nem poderia controlar meu destino. A lei divina do bem sempre presente estava no meu coração e eu não poderia ser desviada da escolha que deveria fazer. Eu sabia que meus motivos eram puros e desprendidos do ego, e que Deus me amava e apoiava naquela situação, como sempre fazia.

À medida que continuei a orar a respeito dessa situação, percebi que precisava me libertar de duas falsas noções: de que eu era uma fracassada e de que meu emprego especificamente era, de alguma forma, a fonte da minha identidade. 

Várias passagens de Ciência e Saúde com a Chave das Escriturasde Mary Baker Eddy me guiaram para uma abordagem mais pura e espiritual. Esta afirmação, em particular, me ajudou: “Deus expressa no homem a ideia infinita que perpetuamente se revela, se expande e se eleva cada vez mais, procedendo de uma base sem limites” (p. 258). Isso exigiu de mim uma mudança mental para não permitir que minha situação de trabalho definisse meu sucesso ou definisse a mim mesma. Como uma ideia perfeita e espiritual, criada por Deus, eu sempre expressara excelência e progresso, não fracasso. 

Não há nenhum aspecto da minha identidade que não seja conhecido e valorizado por Deus. E visto que Deus só pode criar, conhecer e reconhecer o bem, cada faceta do meu existir, sem exceção, é totalmente boa. Eu sabia que minha expressão de inteligência, graça, alegria, criatividade, dedicação, organização e amor vem de Deus. 

Uma parte da definição espiritual de Mente no Glossário de Ciência e Saúde diz: “o Princípio divino, Deus, de quem o homem é a plena e perfeita expressão; a Deidade, que delineia, mas não é delineada” (p. 591). Essa definição me levou a perceber que meu potencial para ter sucesso naquele momento e no futuro não era caracterizado por uma lista bem-intencionada de critérios e expectativas que a escola havia estabelecido, ou que eu havia determinado para mim mesma. Somente Deus, a Mente, é capaz de delinear minha identidade e minha vida. Deus é a única fonte da minha identidade e do meu bem-estar, e Ele me guia a todo momento para os lugares onde eu preciso estar.

Percebi que precisava me libertar do medo de que minha situação naquele momento influenciaria de modo negativo o resto da minha carreira. Eu precisava não só parar de pensar que outras pessoas, nesse caso os administradores da escola, estavam delineando ou cerceando meu sucesso presente e futuro, como também precisava parar de fazer isso comigo mesma. Deus é a única verdadeira autoridade na minha vida e na vida de qualquer pessoa. Eu sabia, bem lá no fundo, que Deus não criara a mim nem a qualquer outra pessoa para ser uma fracassada, e eu tinha o direito de provar isso. Essa experiência estava me ensinando a encarar os períodos de provação como oportunidades para crescer espiritualmente e demonstrar melhor o que eu estava aprendendo na Ciência Cristã. 

Acabei dizendo para o diretor geral da escola e o diretor pedagógico que eu assumiria a função de assistente, pois parecia ser a decisão mais adequada. Eles então me disseram que haviam criado uma função para mim como professora de reforço, e eles acreditavam que isso traria benefícios para os alunos. Após as aulas na sala de educação geral eles iam para as aulas especiais, onde eu lhes dava apoio específico em matemática, leitura e escrita. Eu também dava suporte à professora titular na sala de educação geral. 

Concordar em assumir uma posição de apoio me ajudou a aprender muitas lições com relação à humildade e mansidão. Meu senso de paz e de ordem foi restaurado, e pude dedicar mais tempo ao meu desenvolvimento em atividades fora do trabalho, incluindo atividades com a família e na igreja. 

Analisando essa experiência, que aconteceu há vários anos, eu me sinto muito grata pelo tempo que passei naquela escola. Esse período realmente me preparou para futuras oportunidades de trabalho, e a decisão que tomei depois de orar pela situação me deu a confiança de saber que posso ter sucesso em circunstâncias adversas. Minha carreira como professora desabrochou de formas que eu nunca teria imaginado, e muito disso é o resultado do crescimento adquirido por meio dessa experiência desanimadora no início. 

Essa experiência me ensinou de uma forma mais concreta que, quando eu humilde e profundamente me volto a Deus em oração, posso esperar encontrar respostas e cura em qualquer situação. Pude ver e demonstrar em certo grau que, como filha de Deus, não posso ser uma fracassada. E essa afirmação é verdadeira para cada um de nós.

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