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Original para a Internet

Um barômetro espiritual para medir o progresso da humanidade

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 15 de agosto de 2019


Como Redator-Chefe do jornal internacional The Christian Science Monitor,às vezes eu acho que gostaria de ilustrar as histórias publicadas no Monitor como se fossem histórias em quadrinhos. De vez em quando, uma frase no Monitor me causa uma impressão tão forte que parece merecer um enorme “BUM!”  

Foi o que aconteceu bem recentemente, quando eu estava lendo a matéria de capa da edição semanal impressa do Monitor. Era um artigo a respeito dos esforços da universidade estadual de Luisiana (LSU) para incluir a diversidade, um tópico que, como muitos outros atualmente, pode ter muitas conotações partidárias. É possível alcançar a diversidade sem que esse tema seja tratado como prioridade? É possível priorizá-lo de modo justo? Muitas ações judiciais dizem que não, argumentando que as admissões de alunos têm de ser necessariamente neutras quanto a questões raciais. Mas, sem esforços para aumentar a diversidade, certas comunidades tendem a permanecer indefinidamente com pouca representatividade.

Eu estava percorrendo esses caminhos mentais tão emaranhados quando, de repente, o termo “BUM!” apareceu e me causou uma forte impressão. As universidades estaduais renomadas são “barômetros do progresso”, escreveu o autor do artigo.

Essa é, de certo modo, uma frase comum. A educação é essencial para o progresso, e universidades estaduais renomadas, como a LSU, mostram como a sociedade está se desenvolvendo. Até aí, nada de mais. Mas, eu ouvi um eco de um outro pensamento que eu conhecia bem: “Para nos certificarmos de nosso progresso, precisamos saber onde estão nossos afetos e a quem reconhecemos e obedecemos como Deus”.

Essa frase foi escrita por Mary Baker Eddy, a fundadora do Monitor e autora do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, do qual consta essa frase (p. 239). O estudo da Ciência Cristã me levou à conclusão de que a natureza do progresso é espiritual. Eu fiquei agradecido por ter me lembrado disso graças a essa frase. Sem esse entendimento, o progresso pode muitas vezes parecer algo bastante instável, mudando de acordo com o tempo, lugar, situação e cultura. Aliás, era exatamente com essas ideias que eu estava me debatendo no início da leitura da matéria de capa. O que eu estava lendo era sobre progresso? E, em caso afirmativo, progresso de quem?

Outra obra de Mary Baker Eddy, Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, diz que “...o progresso é a lei da infinidade” (p.15). O progresso, afinal, pode ter apenas um ponto de chegada, que é a perfeição. Na verdade, de um ponto de vista espiritual, o progresso não tem começo nem fim; é o desdobramento progressivo da completude, da crescente compreensão de que toda a criação de Deus é espiritual e perfeita, eternamente.

Eu entendo que Deus é a perfeição. Deus é o Princípio divino, o Amor, a infraestrutura e a superestrutura da Verdade eterna, que define o universo, que inclui cada um de nós, como expressão de Deus. E com uma força gravitacional que está sempre nos puxando para cima, nos elevando, Deus atrai todos nós rumo à plena consciência e experiência da Verdade divina. Às vezes, o modo como sentimos isso em nosso dia a dia pode vir acompanhado de muitos passos mortais em falso ao longo do caminho. Mas a atração é inevitável!

Eu senti essa força gravitacional universal em direção a Deus, o bem, quando notei o sorriso de Stewart Lockett, o rapaz que aparecia no artigo publicado no Monitor Weekly. Quando a universidade estadual de Luisiana foi fundada, inicialmente estudantes negros não eram admitidos em hipótese alguma; posteriormente passaram a ser admitidos com relutância, e então passaram a ser admitidos em número muito pequeno, o que fazia com que eles se sentissem como estranhos na universidade de seu próprio estado. Apesar disso, ali estava Stewart, um estudante negro, sorrindo ao considerar a composição da liderança estudantil nos dias de hoje, mais diversificada do que nunca na história da universidade. Talvez pela primeira vez, muitas pessoas das comunidades marginalizadas estivessem se sentindo orgulhosas e parte da LSU. Isso os integra ainda mais profundamente na tessitura da comunidade como um todo. Esse é um excelente barômetro do progresso!

Do mesmo modo, podemos continuar a verificar o barômetro espiritual para medir o progresso humano. Podemos continuar a nos perguntar: Onde colocamos nossos afetos? A quem reconhecemos e obedecemos como Deus? O apóstolo Pedro disse: “...Deus não faz acepção de pessoas...” (Atos 10:34). Outro apóstolo, Paulo, disse várias vezes que não há diferença entre o judeu e o grego, e que todos nós somos “...um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). Essas ideias apontam para a verdadeira identidade de todos: não mortais às vezes em conflito uns com os outros, mas as expressões do amor de Deus perfeitamente únicas, unidas e espirituais.

As sociedades vão continuar a se debater com questões visando a estender melhor as oportunidades da maneira mais justa e abrangente possível. Mas a seu próprio modo, a LSU está tomando uma posição por uma união que repercute a nossa eterna unidade em Cristo, na Verdade; e que indica que ninguém deveria ter a menor dúvida de que todos somos, como disse Paulo, “co-herdeiros” da misericórdia, da sabedoria e do infinito cuidado de Deus.

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