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Original para a Internet

Para jovens

O chefe pediu que eu mentisse

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 14 de dezembro de 2020


É assim que você realmente quer ser? Era a pergunta que ecoava na minha cabeça, quando o chefe me pediu para fazer algo que não era honesto. Eu sabia a resposta: “Não”. Mas não sabia o que fazer.

Eu trabalho em um armazém que recebe e estoca itens muito caros, avaliados em milhares de dólares, portanto, temos a responsabilidade de ser cuidadosos ao manejar esses produtos.

Recentemente, um funcionário novo, que ainda estava aprendendo como lidar com as coisas, ao abrir a embalagem de um dos itens mais caros, acidentalmente cortou muito fundo e causou sérios danos ao produto.

O gerente, meu chefe, também estava no armazém e viu o que aconteceu. Ele disse que, por se tratar de uma peça muito cara, devíamos danificar o produto um pouco mais, para simular um dano no transporte.

Como parte do meu trabalho, tenho de enviar e-mails aos fornecedores para informá-los quando algo chega avariado. Ter de mandar um e-mail sobre esse produto, depois de o gerente tê-lo danificado ainda mais, para que não tivéssemos de assumir a culpa, me deu arrepios!

Fui educada a ter conduta moral, a pensar por mim mesma, e, como Cientista Cristã, sempre gostei muito da ideia de que Deus é o Princípio. Para mim, o Princípio implica em regras, ordem, honestidade e disciplina. Por isso, para sentir-me próxima a Deus e guiada por Ele a fazer o que é certo, eu desejo sempre expressar essas qualidades. Mas, nesse caso, parecia que eu não havia conseguido, devido à atitude do meu chefe.

Telefonei para o meu pai, durante o intervalo do almoço, chorando e me sentindo muito confusa e insegura sobre o que fazer. O poema de Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, “Apascenta as Minhas Ovelhas”, veio ao meu pensamento, e o que chamou minha atenção foi a última estrofe:

Quando a noite fria vem, 
   Firam glória ou dor, 
As ovelhas leva, pois, 
   Ao redil do Amor. 
Faz’ o alento ressurgir, 
   Té vir a manhã; 
Torna-as brancas pra partir, 
   Pastor, como a lã. 
(Hinário da Ciência Cristã, 304, trad. © CSBD)

Percebi que enviar aquele e-mail fizera com que eu me sentisse desprezível. Mas, continuei a orar durante todo o dia, confiando em que Deus “me tornaria branca como a lã” e me guiaria para aquilo que eu necessitava fazer para ajudar a corrigir a situação.

Naquela tarde, peguei uma carona para casa com o proprietário da empresa e pareceu-me correto perguntar-lhe sobre o que havia ocorrido. Durante nossa conversa, ele disse que, devido ao custo para nosso armazém, era mais fácil simplesmente fazer com que o fornecedor enviasse uma reposição.

Nessa altura, eu não sabia mais o que pensar! Conhecia o proprietário da empresa e sua família como pessoas de boa moral e ética, e incrivelmente trabalhadores. Mas agora ficara difícil vê-los sob outro prisma. Naquela noite, debatendo-me para descobrir o que fazer, orei para vê-los da maneira correta, como a expressão do Princípio, tal como eu sou. Sabia que, ao vê-los dessa forma, eu estaria ajudando a manifestar mais quem eles realmente são, honestos e éticos, e que isso poderia ajudar a corrigir toda decisão errada que fora tomada.

Na manhã seguinte, senti que a coisa certa a fazer era dizer ao meu chefe que eu não estava disposta a enviar outro e-mail desonesto, nunca mais. Ele disse que respeitaria meu desejo. Mais tarde, o proprietário da empresa me informou que ele e meu chefe tinham conversado, e que ele compreendia minha posição. Gostei muito de saber isso e continuei a orar e a reconhecer que todos são a expressão do Princípio.

Mais tarde, ao ir embora, após o expediente, o proprietário veio se despedir e também mencionou que nossa firma assumiria a responsabilidade pelo produto danificado. Estavam fazendo a coisa certa! Jamais sorri tão abertamente no trabalho como dessa vez. Foi imensa a alegria que senti por defender aquilo que é honesto, mesmo estando muito assustada! 

Essa experiência me lembrou a história bíblica sobre Moisés, e a coragem que ele teve diante de um problema muito maior, ou seja, um rei tirano e a missão de conduzir os filhos de Israel para fora da escravidão do Egito. Tal como demonstrou Moisés, ainda que evitar tarefas difíceis pareça mais fácil e menos arriscado, tomar a decisão correta sempre tem a força e o poder de Deus apoiando cada passo.

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