Aprendi na Escola Dominical da Ciência Cristã que, como diz a Bíblia, Deus é o Espírito, e o homem é Sua semelhança. Também aprendi que isso significa que cada um de nós, na verdade, é espiritual, não material. No entanto, fiquei surpresa quando, no início de minha adolescência, um dia em que eu estava reclamando de alguma coisa com minha irmã mais velha, ela disse sem rodeios: “Você não é material”. Após minha reação inicial, dei-me conta de que fazia sentido o que ela havia dito. E à medida que pensava sobre o que ela dissera, o problema que me afligia simplesmente se dissolveu.
O conceito: “você não é material” permaneceu comigo e foi muito importante para uma cura que tive há alguns anos. Certa manhã, bem cedo, uma pessoa telefonou pedindo minha ajuda em oração. Saí da cama e fui para o escritório orar. Quando terminei de orar, não consegui levantar-me da cadeira, nem apoiar o peso do corpo sobre uma das pernas. Sabendo que Deus, o Amor divino, não era a causa da dificuldade, recusei-me a procurar um motivo para o problema e, com convicção, afirmei que minha verdadeira substância é o Espírito, e que a matéria não faz parte do meu existir como expressão de Deus. Lembrei-me da seguinte afirmação: “Nada do que possamos dizer ou crer sobre a matéria é imortal, pois a matéria é temporal e, portanto, é um fenômeno mortal, um conceito humano, às vezes belo, sempre errôneo” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 277). Neguei-me a fazer ou aceitar alguma afirmação que desse poder à dor ou à imobilidade. Ao contrário, eu quis reconhecer e honrar a Deus, o Espírito, como o único poder.
Com isso, eu pude preservar a certeza de que tinha o direito de estar bem. E assim, fui pulando em uma perna só, enquanto me vestia e tomava o café da manhã, e depois voltei para o escritório. Eu sabia ser importante não permitir que o desconforto impedisse meu trabalho de oração pelos outros. Ao ponderar que a matéria é sempre errônea, também entendi que o Espírito é sempre exato, verdadeiro e perfeito. Como expressão infinita do Espírito, eu era espiritual e só podia manifestar a mesma exatidão, verdade e perfeição.
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