Houve muitas situações em que precisei colocar meu julgamento pessoal de lado para ouvir a Deus. Uma delas aconteceu após o falecimento de minha sogra. Meu marido comprou a parte dos irmãos na casa de sua mãe. Contudo, visto que naquela época havia indícios muito fortes de que iríamos nos divorciar, ele acabou não fazendo a transferência imediata do imóvel para o nome dele, evitando, assim, que a casa entrasse em uma eventual partilha de bens.
De início, isso me deixou preocupada. Mas, em meu estudo da Ciência Cristã, eu já havia comprovado que a oração é o método mais eficaz para enfrentar todo tipo de desafios. Nessa oração, reconhecemos que Deus é o bem, sempre presente para abençoar a todos. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, Deus é definido como: “O grandioso Eu Sou; Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, todo-amoroso e eterno; o Princípio; a Mente; a Alma; o Espírito; a Vida; a Verdade; o Amor; toda a substância; inteligência” (p. 587).
Inspirada por essas ideias, passei a orar afirmando que todos nós, por sermos filhos de Deus, temos “em nosso próprio nome” — em nossa natureza espiritual como imagem e semelhança de Deus, o Espírito — aquilo que nos pertence, tal como honestidade, completude, suprimento, saúde e tudo o que manifesta o bem de Deus. Minha confiança se fortaleceu quando reconheci que, em Deus, tudo está no lugar certo e em perfeita ordem; que no Princípio divino ninguém pode estar na posse de algo que pertença a outra pessoa.
O versículo da Bíblia que nos exorta a lançar “…sobre ele [Deus] toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5:7) me fez perceber que não há paz mais profunda do que reconhecer que, em qualquer situação adversa, podemos confiar totalmente em Deus, compreendendo que Ele é supremo e todo-atuante, e que Sua ação só pode proteger cada um de Seus filhos.
Pouco tempo depois, por conta de uma situação relacionada a um empréstimo financeiro que um de meus cunhados estava pleiteando, foi necessário transferir a casa rapidamente para o nome de meu marido. Fiquei muito grata, pois entendi que esse foi o resultado harmonioso da oração.
Posteriormente, quando meu marido e eu nos divorciamos, nossos bens, inclusive essa casa, entraram na partilha. Eu estava em paz, porque compreendia que, na realidade divina, não pode haver interferência da vontade humana — nem minha, nem de meu marido — para influenciar a justiça divina. Com a certeza de que somente Deus promove a justiça, eu sabia que a decisão da juíza refletiria a ação imparcial de Deus. Eu não precisaria temer nada com relação à partilha dos bens.
Por decisão judicial, todos os nossos bens foram distribuídos de maneira harmoniosa e justa, beneficiando igualmente a mim e meu ex-marido. O que mais me alegra nessa experiência é ter comprovado que deixar a vontade pessoal de lado, e reconhecer que a vontade de Deus é a única sendo feita de maneira ininterrupta e constante, resulta em bênçãos para todos.
Agradeço a ajuda recebida de um praticista da Ciência Cristã, que orou comigo durante esse período. Também sou grata pelos ensinamentos de Cristo Jesus, do modo como aprendo na Ciência Cristã, os quais firmam nossa compreensão nas justas e protetoras leis de Deus.