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Original para a Internet

Arar o solo de nosso pensamento

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 24 de novembro de 2025


Alguém que não esteja familiarizado com o trabalho agrícola, ao ouvir as exortações de Jeremias: “…Lavrai para vós outros campo novo…” (4:3) e de Oseias: “…arai o campo de pousio…” (10:12), talvez se pergunte o que isso tem a ver com sua vida. Do modo como foram usadas pelos dois profetas hebreus, o objetivo dessas ordens irrefutáveis foi o de despertar os ouvintes e fazê-los sair da inércia improdutiva de sua maneira de pensar e de seu vazio modo de viver.

Qualquer pessoa que deseje pensar nessas recomendações como maneiras de obter melhores resultados, poderia se perguntar onde, em seu modo de pensar e de viver, talvez exista um terreno mental que ainda não tenha sido arado, ou que seja insuficientemente arado, como, por exemplo, a procrastinação ou a ineficiência. Acaso está fazendo menos do que é capaz? Sem dúvida, ao orar com disposição e expectativa, a fim de compreender como colocar em prática aquelas ordens, a pessoa encontrará algum pensamento de inércia que pode ser substituído por uma atitude mais ativa.

Muitos daqueles que já são adeptos sinceros da Ciência Cristã deixaram passar uma ou mais oportunidades e postergaram a filiação À Igreja Mãe ou a uma igreja filial. Nos casos em que o estudante dessa Ciência poderia se filiar, visto sua frequência regular aos cultos dominicais e reuniões de testemunhos, e sua confiança nos ensinamentos da Ciência Cristã, existe ali um “campo de pousio” a ser arado, semeado e recuperado para dar frutos em abundância. Um dos inevitáveis componentes da verdadeira gratidão pelos benefícios recebidos com o estudo e a aplicação da Ciência Cristã é o crescente desejo de participar individualmente do gratificante trabalho em conjunto que é realizado na igreja, algo que é possível para os que se filiam à igreja.

“Lavrar o solo” pode significar um trabalho de análise e pesquisa, oração ativa e reflexão sobre a Bíblia, as obras da Sra. Eddy e os periódicos da Ciência Cristã. Para aqueles que se qualificam para a filiação à igreja, mas ainda não deram os passos nessa direção, talvez seja preciso lavrar mentalmente mais a fundo, para arrancar as ervas daninhas do erro. Tudo aquilo que precisar ser desarraigado fica evidente logo no início desse empreendimento espiritual, ou é revelado à medida que a oração prossegue. Livrar-se daquilo que tende a interferir no crescimento espiritual abre espaço para que as sementes do bem sejam plantadas e dá liberdade para que conceitos corajosos brotem e prosperem.

Chegar a uma consciência mais clara consiste em desenterrar e abandonar características errôneas, tais como egoísmo, estagnação, negligência e ignorância, bem como ódio, insatisfação e raiva. É imperativo que mantenhamos contínua e cuidadosa vigilância para termos a certeza de que não resta nenhum vestígio de erva daninha onde o pensamento mortal tenha sido inadvertida ou conscientemente negligenciado. O solo deve ser corretamente preparado e adubado, para que seu fruto seja bom.

A Sra. Eddy pergunta: “Estamos nós limpando os jardins do pensamento, arrancando as ervas daninhas da emoção descontrolada, da maldade, da inveja e das contendas?” Mais adiante, ela declara: “As ervas daninhas da mente mortal nem sempre são des­truídas na primeira arrancada; elas reaparecem, como o joio devastador, para sufocar o trigo que está brotando” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 343).

A pureza e a amorosa bondade melhoram o solo mental; e precisamos da correta dedicação, aliada a um firme propósito, para arar e plantar. As mudas florescem livremente em uma mentalidade plenamente imbuída de ideias vitais e vigorosas, bem como do desejo de participar da rica recompensa de servir na igreja. Aquilo que é cultivado prospera no solo regado, adubado e livre de empecilhos; e isso é verdade também para o vivo desejo de servir, para a semente recém-germinada que os pensamentos de gratidão plantaram. A ideia em desenvolvimento, envolta em uma determinação esclarecida e vigilantemente nutrida pelo correto desejo e esforço, leva a um novo crescimento.

Para os estudantes da Ciência Cristã nessa fase de desenvolvimento, pode e deve haver uma prova visível do desejo íntimo de expressar gratidão pelo aumento do bem que essa religião trouxe ao seu modo de vida. Uma profunda e genuína gratidão é demonstrada ao vencer toda tentação de negligenciar um dever ou postergar o pagamento de uma dívida para consigo mesmo e para com a humanidade, e ao vigorosamente unir-se de todo o coração à atividade coletiva como membro de uma igreja. É um reconhecimento do laço de fraternidade na Ciência divina.

É espiritualmente proveitoso fazer uma autoanálise — uma silenciosa sessão de perguntas e respostas no próprio pensamento. Em quietude mental, fazer uma análise honesta e agradável de nossas perspectivas e objetivos, com o desejo sincero de ser guiado, revela e proporciona objetivos mais elevados.

Existe alguma hesitação em se filiar à Igreja de Cristo, Cientista? A Sra. Eddy escreve: “Teu avanço no percurso talvez provoque inveja, mas também atrairá respeito” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 452). A natureza divina e dinâmica do Cristo atrai irresistivelmente aqueles que, com humildade, buscam a indispensável orientação e o desdobramento da ideia correta.

No caso de uma estudante da Ciência Cristã, o raciocínio que a levou a se filiar a uma igreja resultou da leitura de duas situações no discipulado de Pedro. Uma é o relato no Evangelho de João, no qual Simão Pedro, diante da pergunta de Jesus aos discípulos: “…Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?”, respondeu com estas palavras: “…Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna…” (6:67, 68). A outra, no Evangelho de Lucas, fala de Pedro negando por três vezes sua comunhão com Jesus. O relato termina assim: “Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente” (22:62).

A estudante em questão percebeu que estava progredindo, quando compreendeu que a Ciência Cristã é a Ciência do Cristo e tem “as palavras da vida eterna”, e que, portanto, não poderia escolher outro caminho. Ao mesmo tempo, teve a certeza de que estaria negando que a Ciência Cristã é o caminho verdadeiro, a menos que ativamente atestasse sua aliança com essa Ciência.

Em seguida, depois de essa estudante da Ciência Cristã ter sido aceita como membro da igreja, ela leu e ponderou mais a respeito de outra conversa mais profunda e impressionante entre Cristo Jesus e Simão Pedro. Após Simão Pedro afirmar por três vezes seu amor pelo Mestre, Jesus salientou que o amor deveria ser ativamente demonstrado, e ordenou a Pedro que apascentasse suas ovelhas (ver João 21:15–17).

Para dar de comer e beber aos que têm fome e sede da Verdade sanadora, devemos empregar o método científico do Cristo, de cultivar o pensamento e fazê-lo render frutos. Ser membro de uma igreja oferece infinitas oportunidades para atuações isentas de ego, permitindo que cada um atenda com mais eficácia às necessidades do gênero humano. Assumir tais tarefas não é trabalho árduo, pois o amor as torna leves.

A Mente divina, sempre em sua eterna atividade de distribuir o bem, estimula o coração receptivo a arar o campo e torná-lo produtivo. Essa mesma Mente, Deus, ininterruptamente mantém Sua benevolência vigilante e apoia o trabalhador de maneira contínua, acompanhando-o até a conclusão satisfatória de uma tarefa correta.

Quando o Cientista Cristão reconhece que é uma sugestão mental agressiva que o impede de arar e plantar com produtividade, e que tenta privá-lo de um ganho de origem divina, ele também compreende como se defender desse erro. A certeza de que um passo obediente de progresso não pode resultar em penalidade, nem trazer uma bênção apenas parcial, é a propulsão espiritual que o habilita a lavrar seu campo mental.

A filiação À Igreja Mãe e a uma de suas filiais conduz ao plantio que traz abundante colheita. Aceitar as tarefas associadas a ser membro de uma igreja, em sagrada fraternidade, envolve o privilégio purificador do autoconhecimento e do desprendimento do ego. Colhemos mais realizações espiritualmente científicas. A Sra. Eddy afirma: “Os frutos naturais da cura pela Mente na Ciência Cristã são harmonia, amor fraternal, crescimento espiritual e atividade espiritual” (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos, p. 213). 

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