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Original para a Internet

Como posso ajudar?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 2 de outubro de 2025


 Você já se encontrou em meio a uma situação angustiante e ficou sem saber exatamente o que fazer? Talvez tenha ouvido sem querer uma discussão acalorada ou tenha visto alguém alcoolizado se comportando de maneira agressiva. Ou talvez tenha percebido alguém lutando contra uma doença ou incapacidade.

Mesmo sem ter nenhuma responsabilidade pelo que estiver acontecendo, não é fácil testemunhar uma situação incômoda. Quando os problemas batem à porta de nossa consciência, podemos nos perguntar: “Existe alguma maneira de eu ajudar?”

Por sermos a imagem e semelhança do Amor, Deus, temos o impulso natural de querer trazer paz e resolução onde quer que enxerguemos desarmonia. Mas, às vezes, pode ser que fiquemos na dúvida de poder fazê-lo, ou talvez achemos que não é da nossa conta.

Na Ciência Cristã, aprendemos que não somente podemos ajudar, mas temos o dever de levar paz e cura à humanidade, como o mestre Cristo Jesus ordenou a seus seguidores. Ele disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15); “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8).

Algumas pessoas querem e precisam de ajuda, mas outras podem não aceitar nenhuma interferência ou talvez estejam muito assustadas ou furiosas para pensar com clareza. Aprendi que, quando nos sentimos sem chão ou de mãos amarradas em uma situação como essas, temos de nos voltar a Deus em busca de respostas, como recomenda a Bíblia. Com humildade, podemos perguntar a Deus sobre se, o que, quando e como ajudar nosso próximo. A Bíblia orienta: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5, 6).

Como é reconfortante saber que estamos seguindo a orientação de Deus, e não estamos tentando resolver o problema por meio do limitado conhecimento humano. A Mente divina que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-amorosa dá as respostas. Sempre que reconhecemos a onipresença de Deus e prestamos atenção à Sua voz, podemos esperar, cada vez, uma resposta que traz cura. A Bíblia diz: “E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei” (Isaías 65:24).

Tudo o que Deus criou é “muito bom”, como declara Gênesis 1:31. Deus é infinito, por isso não existe nada que Ele não tenha visto ou que Lhe seja desconhecido. Podemos confiar, portanto, em que tudo aquilo que precisamos saber, nós o sabemos por meio da Mente divina, que é outro nome para Deus. Por ser o reflexo da Mente, o homem expressa a inteligência, o amor e o poder de fazer o bem a todo momento e em todas as situações. Nunca estamos separados da grande sabedoria e orientação de Deus.

Certa vez, um casal que conhecemos estava no banco de trás de nosso carro. Meu marido e eu estávamos no banco da frente. De repente, eles começaram a discutir aos gritos, acusando e criticando um ao outro. Meu marido e eu nos olhamos em aflição. Meu primeiro instinto foi repreendê-los pelo comportamento inadequado, mas achei que não era da minha conta e que eles provavelmente retrucariam me dizendo isso.

Então percebi que eu estava reagindo a uma mentira a respeito do homem de Deus, em vez de ser obediente ao Primeiro Mandamento, na certeza de que não existe poder separado de Deus e de Sua lei de harmonia. Por isso, procurei ouvir a Deus, na expectativa de uma resposta pacífica. Veio-me a ideia de escrever em um pedaço de papel os primeiros dois versos do poema e hino “A oração vespertina da mãe”, de Mary Baker Eddy: “Gentil presença, gozo, paz, poder, / Divina Vida, reges o porvir” (Hino 207, Hinário da Ciência Cristã, trad. © CSBD).

Sem olhar para trás, estendi a mão e lhes entreguei o papel. Um deles o pegou e imediatamente a gritaria parou. Houve paz e tranquilidade. Um de cada vez, os dois se desculparam com muita suavidade e mansidão. Foi maravilhoso ver o retorno da verdadeira natureza deles como amorosos filhos de Deus. O resto do dia com eles foi alegre e harmonioso.

Em outra ocasião, minha família e eu fomos a um resort de praia nas ilhas Bahamas. Vimos muita alegria e gargalhadas entre as famílias que ali estavam, e fiquei muito grata por testemunhar tamanha harmonia. Mas toda essa alegria foi interrompida abruptamente, quando uma menina teve o que pareceu ser uma convulsão e caiu na calçada de concreto, batendo a cabeça. O silêncio caiu sobre a multidão que se reuniu ao redor da garota inconsciente. Todos pareciam tristes e assustados com o que acabara de acontecer. A equipe de emergência foi chamada, mas estava demorando para chegar.

Eu sabia que o que havia presenciado não era de Deus. Lembrei-me de uma declaração tranquilizadora do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy: “Esta é a doutrina da Ciência Cristã: que o Amor divino não pode ser privado de sua manifestação, ou objeto; que a alegria não pode ser convertida em tristeza, porque a tristeza não tem domínio sobre a alegria…” (p. 304).

Enquanto estávamos ali parados, minha família e eu, minha filha se virou para mim e perguntou: “Mãe, você não pode fazer nada?” Por eu ser praticista da Ciência Cristã — alguém que, quando solicitado, ora com as pessoas para a cura — minha filha tinha a certeza de que eu poderia ajudar.

A Sra. Eddy deixa claro que, em geral, os Cientistas Cristãos não devem orar por alguém sem sua permissão, portanto, eu estava seguindo essa regra naquele caso. Mas a confiança no bem, manifestada por minha filha com a pureza de uma criança, me fez perceber que devia haver uma solução, independentemente daquilo que os sentidos físicos estavam apresentando. Afastei-me da cena para me voltar a Deus de todo o coração, a fim de acalmar meus próprios pensamentos e ouvir Sua orientação. Perguntei humildemente: “Pai, há algo que eu possa fazer aqui?”

A resposta veio instantaneamente: “Sim!” Fiquei muito feliz ao ouvir isso, e perguntei: “Pai, o que eu preciso saber?”

Mais uma vez, a resposta do Todo-poderoso veio instantaneamente: “Tudo o que você sabe sobre Mim também é verdade sobre Meus filhos”. Esse foi um lembrete para eu pensar com clareza a respeito da verdade sobre Deus e Sua criação. Estaria eu permitindo que uma imagem de doença, emergência ou medo se sobrepusesse àquele profundo sentimento de gratidão e harmonia, o qual havia vivenciado momentos antes? Eu sabia que podia orar por mim mesma, para me manter firme na certeza sanadora vinda de Deus e, assim, ser testemunha de seu efeito.

Assim como aconteceu com o casal no carro, percebi que eu não precisava consertar uma pessoa com problemas. O que precisava ser corrigido era aquilo que eu estava aceitando como uma realidade separada de Deus. Comecei a afirmar em oração que Deus nunca fez a doença, nem qualquer outro mal, portanto, este não fazia parte de Seu reino. Isso silenciou meu medo e me ajudou a encontrar um senso de paz a respeito da situação. Orar dessa maneira me ajudou a perceber que todas as pessoas já estão eternamente sendo cuidadas por Deus, e que era meu privilégio compreender e aceitar a verdade desse grande fato naquele momento.

Tudo aquilo que não é verdade a respeito de Deus não pode ser verdade a respeito de nenhum de Seus filhos, criados à Sua imagem e semelhança. Essa é uma verdade universal a respeito de todas as pessoas, em todos os lugares. Fiquei tão inspirada pela realidade espiritual de que Deus, o bem, está totalmente no controle, que eu não mais pude aceitar como real aquela imagem de doença ou acidente.

Eu não estivera orando especificamente pela menina, mas quando voltei para junto de minha família, os socorristas já estavam tirando a menina da maca, pois seus dedos haviam começado a se mexer e ela estava de olhos abertos.

Imediatamente todos, inclusive a menina, voltaram a rir alegremente. Fiquei muito grata por essa rápida reviravolta para a menina e sua família. Também fiquei grata pela lição que aprendi a respeito de não deixar que minha compreensão da realidade fosse definida pela aparência de desarmonia, qualquer que fosse seu nome ou natureza. No livro-texto da Ciência Cristã, lemos: “…nada de desarmonioso pode invadir o existir, pois a Vida é Deus” (Ciência e Saúde, p. 228).

Por isso, quando encontramos problemas em nosso meio, mesmo que ninguém tenha pedido nossa ajuda, sempre há algo que podemos fazer. Podemos voltar nosso pensamento inteiramente a Deus e confiar nEle para nos ajudar a ver a paz que nunca pode ser perdida.

Como a Sra. Eddy nos diz: “Amados Cientistas Cristãos, conservai vossa mente tão repleta da Verdade e do Amor, que o pecado, a doença e a morte nela não possam entrar. É evidente que nada se pode acrescentar à mente que já está cheia. Não há porta pela qual o mal possa entrar, nem espaço que o mal possa ocupar na mente que já está preenchida pelo bem. Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estais completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estais em segurança, mas dessa forma são beneficiados todos aqueles sobre os quais repousam vossos pensamentos” (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos, p. 210).

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