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Original para a Internet

Mesma velha história, inspiração novinha em folha

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 3 de novembro de 2025


“E lá vamos nós”, pensei. “Daniel na cova dos leões… de novo.”

Eu estava na reunião semanal de testemunhos na filial local da Igreja de Cristo, Cientista, e a leitura dos trechos da Bíblia começou com essa conhecida história. Ouvi essa história diversas vezes na Escola Dominical da Ciência Cristã durante a infância e a adolescência, e quando adulta contei essa história aos meus próprios alunos da Escola Dominical. Ao longo dos anos, a história foi incluída em inúmeras Lições Bíblicas semanais do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, e foi lida muitas vezes em cultos da igreja.

Como eu conhecia a história tão bem, senti a tentação de “me desligar”, durante o culto. Mas, ao invés disso, orei: “Ok, Deus. Ensina-me algo novo”. Então, prestei bastante atenção aos trechos lidos.

Dario, rei da Babilônia, promoveu Daniel, um estrangeiro cativo, a primeiro presidente — o que deixou com inveja outros altos funcionários da Babilônia. Esses homens tentaram encontrar algo contra Daniel e, quando não conseguiram, decidiram armar-lhe uma cilada. Eles sabiam que Daniel orava a Deus três vezes ao dia, então convenceram o rei a estabelecer um novo decreto, tornando ilegal para qualquer pessoa orar a qualquer deus por trinta dias.

Daniel, porém, não deixou de orar. Seus rivais contaram ao rei sobre a infração cometida por Daniel, e lembraramao rei que não lhe era permitido mudar a lei. Consequentemente, Daniel foi jogado na cova dos leões. No dia seguinte, o rei correu para o local e encontrou Daniel ileso. Deus o havia protegido. Tiraram Daniel da cova, e o rei emitiu um decreto de que todos, em seu reino, deveriam adorar ao Deus de Daniel (ver Daniel, capítulo 6).

Quando a leitura terminou, tive uma nova inspiração — que contei aos presentes, assim que o Leitor nos convidou a relatar testemunhos de cura pela oração ou fazer comentários sobre a Ciência Cristã. Comentei que eu nunca havia notado que a história menciona diversas vezes que a lei não podia ser mudada — nem mesmo pelo rei. Aparentemente, o rei não teve opção, teve de jogar Daniel na cova dos leões, pois não podia alterar o decreto que ele mesmo tinha assinado. Mas, depois que Daniel é retirado da cova, o rei emite um novo decreto que contradiz o primeiro. “De algum modo agora ele tem autoridade para emitir um novo decreto, e tchazam — um novo decreto entra em vigor”, foi o que chamou minha atenção naquela noite (se bem que provavelmente tenha se passado algum tempo entre os dois decretos).

Esse pensamento me inspirou. Pensei no fato de que leis físicas podem parecer decretos invioláveis. Podemos ser levados a acreditar que uma doença tenha de seguir seu curso ou que uma condição mental seja incurável — e não há nada que possamos fazer. Mas, quando paramos de atribuir poder a essas leis físicas e depositamos nossa fé exclusivamente na lei onipotente de Deus, o Espírito, encontramos nossa liberdade.

Após eu ter feito meu comentário, outro membro da congregação contou sua nova inspiração sobre Daniel. Como estávamos na época da Páscoa, ele havia notado similaridades entre Daniel e Jesus. Ambos infringiram leis injustas. Daniel sabia da nova lei do rei, mas escolheu orar a Deus assim mesmo. Jesus curou no sábado, em oposição à interpretação da lei judaica por parte das autoridades religiosas. Nenhum regulamento humano podia impedir Daniel ou Jesus de servir a Deus. Ambos foram condenados a morrer de maneira cruel — Jesus na cruz e Daniel em uma cova de leões. Na sequência, ambos foram encerrados — Daniel na cova, e Jesus em uma tumba — um recinto fechado por uma grande pedra, como para selar seu destino (ver Daniel 6:17 e Marcos 15:46), mas ambos venceram o que parecia ser morte certa. Os leões não causaram mal a Daniel, e Jesus, com sua ressurreição, provou a toda a humanidade e para todos os tempos que a morte não é a realidade que parece ser.

Depois do comentário desse frequentador, outra pessoa falou sobre sua inspiração recente em relação ao rei Dario. Ela sempre imaginara que o rei tivesse simplesmente passado a noite andando de um lado para o outro, preocupado com Daniel. Mas, durante a leitura, ela notou que a Bíblia dizia que o rei passou a noite jejuando. Ela percebeu que ele também tivera uma noite de oração. Assim como Daniel estava orando na cova dos leões, o rei estava orando à sua própria maneira.

Eu nunca havia percebido a conexão entre Daniel e Jesus, e não tinha notado que o rei havia jejuado. Eu havia pedido a Deus uma nova ideia, e Ele respondeu à minha oração de maneira abundante! Saí daquela reunião de testemunhos transbordando de inspirações novinhas em folha. Humildemente agradeci a Deus por me mostrar que sempre há algo mais a aprender — mesmo quando achamos que já ouvimos uma história inúmeras vezes.

Aprendi mais ainda sobre Daniel ao escrever este artigo. Eu tinha a tendência de pensar em Daniel e a cova dos leões como uma história sobre segurança e proteção, mas agora vejo o quanto ela tem a ver com o conceito de lei. Os inimigos de Daniel acreditavam que conseguiriam prendê-lo tornando ilegal sua obediência à “lei do seu Deus” — mas os planos deles malograram. Como Mary Baker Eddy comenta: “A lei de Deus alcança e destrói o mal em virtude do fato de que Deus é Tudo. …

“A lei de Deus está em três palavras: ‘Eu sou Tudo’; e essa lei perfeita está sempre presente para repreender qualquer alegação de que exista outra lei” (Não e Sim, p. 30).

Aguardo ansiosamente a próxima vez em que uma história conhecida conste na Lição Bíblica, pois sei que a Mente infinita, Deus — como um caleidoscópio mostrando imagens sempre cambiantes — me mostrará vislumbres novos, inspiradores.

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