Quando eu tinha vinte e poucos anos, comecei a trabalhar em um supermercado bastante conhecido em Montevidéu, Uruguai. Um vizinho meu, que trabalhava lá e ocupava uma boa posição, havia me recomendado ao gerente. Fui contratado para um cargo em que uma das tarefas era descarregar caixas e sacos muito pesados (cada um com até 45kg, aproximadamente) e guardá-los em uma câmara de refrigeração.
Com o passar do tempo, os problemas nas costas começaram, juntamente com outras questões de saúde. Procurei um médico, porque em alguns momentos eu sentia uma dor muito forte. Como não tive nenhuma melhora, desisti do tratamento. Houve um dia em que eu não consegui sair da cama, nem mesmo me mexer. Continuei a suportar essa dor por muitos anos.
Em 2008, recebi o diagnóstico de hérnia de disco, que eu associei àqueles tantos anos que passei carregando muito peso. Uns dois anos depois, conheci a Ciência Cristã, quando minha esposa comprou um exemplar de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, em uma feira cultural na minha vizinhança. Depois que o livro já havia passado algum tempo em nossa estante, eu o li — de capa a capa. Comecei a encontrar respostas para muitas perguntas, e a frequentar uma igreja filial da Ciência Cristã, em minha cidade.
O estudo diário das Lições Bíblicas semanais, que se encontram no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, e a leitura de todos os escritos da Sra. Eddy e das edições mensais em espanhol dO Arauto, me ajudaram a adquirir uma melhor compreensão a respeito da minha relação inquebrantável com meu Pai-Mãe Deus. Eu também assisti a muitas conferências da Ciência Cristã que ocorreram aqui no Uruguai, e fiz o Curso Primário de duas semanas, o qual aborda a cura na Ciência Cristã e é ministrado por um professor autorizado.
A hérnia de disco ainda era um desafio, mas todo o estudo me ajudou a orar para ouvir a Deus por meio do meu senso espiritual. A Sra. Eddy nos diz, em Ciência e Saúde: “A doença é sempre provocada por um falso senso mantido no pensamento, não destruído. A doença é uma imagem exteriorizada do pensamento” (p. 411).
O tempo foi passando, e fiquei amigo de uma pessoa que trabalhava com a venda on-line de móveis e antiguidades, e que precisava de um local com mais espaço. Ele encontrou o lugar perfeito e, quando chegou a hora da mudança, pediu-me para ajudá-lo. Esse meu amigo não tinha muitas pessoas com quem contar, então é claro que eu concordei.
Nós levamos duas semanas para terminar tudo, pois foi necessário muito esforço físico. Eu havia contado a ele sobre o problema com as minhas costas e, a certa altura, enquanto levantávamos todas aquelas coisas pesadas, ele me perguntou: “O que aconteceu com a hérnia de disco — onde foi parar?” Subitamente, percebi que toda a dor havia desaparecido. E nunca mais voltou. Graças a Deus!
Uma afirmação em Ciência e Saúde diz: “O sonho da doença acaba quando se compreende que a doença é formada pela mente humana, não pela matéria, nem pela Mente divina” (p. 396).
Ao longo dos anos, eu havia levado essas palavras muito a sério. E elas me curaram.
Álvaro Vallarino
Montevidéu, Uruguai