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Original para a Internet

Fui curada de crises de ansiedade

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 27 de janeiro de 2025


Sempre procurei estabelecer padrões elevados em tudo o que fazia e me esforçava com perseverança para alcançar determinados objetivos. Sou grata por ter obtido êxito em diversas áreas, profissionais, atléticas e pessoais. O senso de realização, no entanto, muitas vezes durava pouco, acompanhado da incômoda impressão de “não ter sido suficiente”.

Embora a Ciência Cristã tenha aprofundado o que eu compreendia a respeito de minha identidade, ajudando-me a ver que os talentos e habilidades que temos são aquilo que Deus nos dá por sermos Seu reflexo, algumas vezes sucumbi à tentação de pensar que o mérito pelas realizações era exclusivamente meu. Como resultado, em certas ocasiões eu sentia muita pressão para me destacar, para fazer mais, e me considerava responsável por resolver problemas de relacionamento com outras pessoas.

Essa pressão provocava crises ocasionais de ansiedade. Em abril do ano passado, quando meu marido e eu nos preparávamos para uma viagem ao exterior para assistirmos a um casamento, em uma muito desejada viagem à Terra Santa, a ansiedade ficou especialmente agressiva. Como o problema não cedeu de imediato depois de eu orar sozinha, telefonei para uma praticista da Ciência Cristã e pedi que me ajudasse em oração.

A praticista e eu oramos, compreendendo que eu não tinha uma mente pessoal propensa à ansiedade, mas sim refletia a serena e imperturbável “mente de Cristo” (1 Coríntios 2:16). Orei diligentemente para compreender que eu expresso a Mente única e infinita, ou seja, Deus, e procurei me libertar do senso pessoal de um ego separado de Deus.

Ao referir-se à importância de rejeitarmos o senso material de ego, Mary Baker Eddy escreveu: “A renúncia ao ego, a tudo o que constitui um homem material, assim chamado, e o reconhecimento e a realização de sua identidade espiritual como filho de Deus, é a Ciência, que abre as próprias comportas do céu; de onde o bem flui por todos os canais do existir, limpando os mortais de toda impureza, destruindo todo sofrimento e demonstrando a verdadeira imagem e seme­lhança” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 185).

A afirmação “demonstrando a verdadeira imagem e semelhança” chamou minha atenção. Para a pergunta egocêntrica da mente mortal: “Por que deveria eu lutar por elevados níveis de realização, apenas para dar toda a glória a Deus?” a resposta é: porque para isso fomos criados, para dar glória a Deus! É por isso que estamos aqui! Esse é o eterno propósito da imagem e semelhança de Deus, é o caminho para a satisfação e alegria duradouras. Fazer menos do que isso — buscar ou exigir um senso pessoal de glória — rebaixa nosso verdadeiro propósito. É isso o que queremos?

À medida que continuei a orar, percebi que precisava compreender com mais clareza que o homem não tem duas experiências, duas identidades — uma divina e outra humana. A única vivência do homem é espiritual, divina — agora e a cada momento. A seguinte afirmação de nossa Líder confirma que minha individualidade é, de fato, uma manifestação do único Deus infinito, a Mente: “O Ego único, a Mente única, o Espírito único chamado Deus, é a individualidade infinita que provê toda forma e beleza e que reflete a realidade e a natureza divina no homem espiritual individual e nas coisas espirituais e individuais” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 281).

O praticista e eu conversamos sobre atribuir a Deus todas as ações de minha experiência; isto é, reconhecer que a Mente divina — e não a mente ou o ego humano — é a fonte de toda atividade correta. Eu podia reconhecer a supremacia da onipresença e onipotência da Mente divina, desviando o pensamento do ego humano, voltando-me em direção a Deus, e seguindo Sua orientação. Isso exigiu humildade e disciplina espiritual contínuas, especialmente quando os sintomas desafiadores pareciam intensificar-se. Dormir tornou-se difícil. Ficou mais difícil realizar tarefas diárias que precisavam ser feitas. Às vezes, parecia um pesadelo.

Certo dia, ao cantar hinos do Hinário da Ciência Cristã, a seguinte frase do Hino 148 me veio ao pensamento: “Com o Pastor à frente, / Não hei de tropeçar” (Anna L. Waring, alt.). Essa afirmação me chamou a atenção e pensei: “Esse belo hino afirma que não posso tropeçar. Por quê? Porque meu Pastor — Deus, o Amor sempre presente e onipotente — está ao meu lado. Aqui e agora”.

Decidi aceitar esse fato espiritual. Tomei cada mentira do senso material que clamava por ser aceita, e que alegava falta de saúde, de paz, de domínio, de clareza de pensamento, e as eliminei uma por uma, compreendendo que não eram reais e não tinham poder. Eu sabia que meu Pastor estava comigo, dando-me força para tomar essa posição. Senti a força e a clareza espirituais resultantes dessa compreensão.

Na semana seguinte, quando meu marido e eu viajamos para o exterior, para o casamento de nosso amigo, eu me mantive firme nessas ideias espirituais. Certa manhã, no entanto, fiquei tão paralisada mentalmente que não consegui me levantar. Deveríamos sair do hotel naquela manhã para uma viagem de carro de várias horas até outra cidade. Liguei para a praticista no meio da noite, no horário dela. Depois de me assegurar a respeito de minha liberdade fundamentada e sustentada em Deus, ela disse que me levantasse, fizesse as malas e ligasse novamente em dez minutos. Pensei que não conseguiria fazer isso. Mas compreendi o papel fundamental da obediência em nosso crescimento espiritual, diante da exigência de agirmos de acordo com as verdades espirituais que conhecemos, e me levantei.

Apoiada no Amor divino, com seu poder e graça sempre presentes, fiz a mala e ajustei o celular para tocar em dez minutos, para eu ligar para a praticista.

Pouco antes de o celular tocar, ocorreu-me o pensamento claro e firme de que a imposição de um senso de identidade centrado na Celia pessoal, era o pesadelo. E eu poderia livrar-me dele — agora! Eu sabia que essa era uma mensagem angelical de Deus, uma exigência divina para que eu despertasse do sonho dos sentidos materiais, a crença de que temos uma identidade separada de Deus.

Esse foi o ponto final. Senti que estava curada. O senso de intensa angústia e desamparo sumiu. A completa liberdade mental ocorreu em poucos dias e permanece até hoje.

A disciplina espiritual de renunciar a um senso pessoal de identidade, tendo em vista minha verdadeira natureza como a amada semelhança de Deus, exigiu vigilância diária. Mas a bênção desse trabalho — um senso mais amplo de paz e domínio, além da alegria de glorificar a Deus em cada pensamento e ação — é o objetivo mais desejável e a mais elevada realização a que podemos aspirar.

Celia Herron Waters
Bellevue, Washington, EUA 

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