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Original para a Internet

O Princípio: muito mais do que um conjunto de regras

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 21 de agosto de 2025


Uma das mais conhecidas definições de Deus, na Bíblia, é “Deus é Amor”. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz que o Amor, como sinônimo de Deus, “…transmite a mais clara ideia da Deidade” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 517). Nesse livro, a autora dá ao mundo uma profunda e inspirada definição de Deus: “O grandioso Eu Sou; Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo‑sábio, todo‑amoroso e eterno; o Princípio; a Mente; a Alma; o Espírito; a Vida; a Verdade; o Amor; toda a substância; inteligência” (Ciência e Saúde, p. 587).

Passei muitos anos me aprofundando nessa definição de Deus. Foi muito importante na minha caminhada de crescimento espiritual e cura. Recentemente, porém, acho que fiz um novo e valioso amigo ao focalizar o Princípio como nome, ou sinônimo, de Deus.

Quando não inicia com letra maiúscula, princípio é considerado como uma verdade fundamental que pode servir de base para uma forma de crença ou conduta. É um conceito muito usado em tópicos relacionados à lei, à ciência, à ética e à metafísica. Quando usado pela Sra. Eddy para explicar a Ciência Cristã, o termo Princípio, com letra maiúscula, assume o significado único de sinônimo de Deus. Em um artigo sobre o uso de maiúsculas, ao falar sobre os sinônimos de Deus, ela escreve: “O Princípio divino inclui todos eles” (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos, p. 225).

Essa simples afirmação me ajudou a perceber que o termo Princípio significa muito mais do que minha concepção infantil de ser simplesmente um conjunto de regras. O Princípio unifica e é todo‑inclusivo; o Princípio revela nossa salvação e eterno progresso espiritual.

Compreender o Princípio também fortalece minha compreensão a respeito dos outros sinônimos de Deus. O exemplo mais óbvio é o que esse termo me diz sobre o Amor. Um dos eventos mais dolorosos da vida é passar pela aparente perda do amor, seja pelo rompimento de uma relação, seja pelo falecimento de um ente querido. Compreender o Princípio tem ajudado muitas pessoas a superar a perda, direcionando-as a Deus — o Princípio divino, o Amor — como a fonte de todo o bem, e isso as ajuda a encontrar a salvação e a felicidade.

No Antigo Testamento, o amor de Deus era frequentemente retratado como variável, inconstante e, às vezes, imprevisível. Cristo Jesus deu início a uma nova era e mostrou que Deus é nosso Pai em quem podemos confiar, a própria fonte de nossa existência. Por meio dos ensinamentos de Jesus, constatamos que Deus, o Princípio divino, é o Amor que envolve Seus filhos, confortando-os de modo inabalável. A Sra. Eddy se referiu desta forma a esses novos ensinamentos de Jesus: “Nosso Mestre não ensinou mera teoria, doutrina ou crença. Foi o Princípio divino de todo o verdadeiro existir, que ele ensinou e pôs em prática” (Ciência e Saúde, p. 26).

Vejamos algumas maneiras pelas quais constatei que esses ensinamentos e nossa compreensão de que Deus é o Princípio divino, o Amor, se relacionam com nosso dia a dia.

O Princípio constrói confiança

Alguns dos problemas mais limitadores e debilitantes do gênero humano não são as coisas ou os eventos em si, mas sim o medo, as dúvidas e as preocupações. As pessoas têm milhares de pensamentos todos os dias e muitos são de medo. É possível reverter esses pensamentos negativos com a compreensão de que o Princípio é o fundamento da existência. O Princípio nos serve de base, por assim dizer, porque pode e deve se tornar nosso ponto de referência para pensarmos com clareza.

Mais especificamente, como pode Deus, o Princípio, mudar nosso pensamento de negativo para espiritualmente positivo e construir a confiança em Deus? Em primeiro lugar, o Princípio é divino, portanto, o apoio que sentimos não está no mero esforço nem na capacidade humana. As pessoas oferecem conselhos e tentam nos tranquilizar, mas, quando sentimos, em espírito de oração, a presença do governo de Deus, sabemos que estamos em segurança sob Seus cuidados, sentimos isso e confiamos nisso. Deus, o Princípio, não é um fato estático ou um conjunto de regras, mas é, para sempre, uma força irrefreável para o bem, e nela podemos confiar.

Algo com o qual muitas pessoas se preocupam é se terão suas necessidades atendidas, e se estarão seguras e bem cuidadas. Individualmente, as pessoas procuram ter recursos suficientes; no mundo como um todo, elas buscam a paz e a estabilidade para o próprio país. Em última análise, uma melhor compreensão do Princípio trará prosperidade e paz, porque o Princípio é a base de todo progresso e pensamento correto. O Princípio traz às pessoas e ao mundo a cura que transforma.

Gosto muito da sensação de confiança que encontro nas palavras poderosas e tranquilizadoras das Escrituras. Aqui está um exemplo do livro do Apocalipse: “Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus” (12:10).

No trabalho de cura de Cristo Jesus, vemos a evidência de que a presença do Princípio destrói as obras do mal e nos dá a orientação e proteção divinas. Podemos confiar no Princípio.

O Princípio cura mágoas pessoais

Você já se sentiu ofendido, menosprezado ou ignorado? Isso dói! O culpado pode ser definido como senso pessoal. O remédio é permitir que o senso espiritual, a consciência de nosso relacionamento com Deus, nos inunde com o poder do Princípio divino, o Amor.

Esse senso espiritual fez com que Jesus perdoasse até mesmo aqueles que o crucificaram. Ele certamente deve ter compreendido que Deus é o Princípio divino, o Amor, e elevou o pensamento acima do ressentimento, do ódio e da amargura.

Jesus nos deu uma clara compreensão da benignidade de Deus em suas demonstrações de que Deus é o Amor. O Princípio nos dá a garantia de que o amor de Deus está sempre ao nosso alcance e é inesgotável. A Sra. Eddy se refere ao Amor divino, que Jesus ensinou, compreendeu e provou, como “o Princípio vivificante do Cristianismo” (ver Escritos Diversos 1883–1896, p. 144).

O Princípio nos dá uma estrutura segura para curar

Quando confiamos uma dificuldade a Deus, queremos realmente saber desde o início que o problema será resolvido. Certo dia, quando comecei a me sentir mal, eu entendi melhor a ideia de que o Princípio divino nos dá uma estrutura espiritual para a cura. À medida que uma nuvem de pensamentos negativos e sintomas físicos de desconforto começaram a me dominar, percebi que, para que a doença me afetasse, ela teria de ter um plano, um propósito ou uma estrutura.

Enquanto procurava ideias a respeito de Deus como o Princípio, de repente me dei conta de que Deus estava me protegendo: Ele estava me dando uma estrutura espiritual, um propósito divino de boa saúde e bem-estar. Compreendi que a doença — por não ter um poder governante — não tinha a capacidade de se organizar, nem propósito algum, nem capacidade para me atacar. Ao sentir o abraço do Princípio divino, o Amor, fui mental e fisicamente libertado, curado do medo e dos sintomas.

A experiência da cura nos proporciona uma doce confiança, pois graças a ela compreendemos melhor que o Princípio governa absolutamente tudo. O livro-texto da Ciência Cristã nos exorta: “Mantém perpetuamente este pensamento — de que é a ideia espiritual, o Espírito Santo e o Cristo, que te habilita a demonstrar, com certeza científica, a regra da cura baseada em seu Princípio divino, o Amor, que está por baixo, por cima e em volta de todo o verdadeiro existir” (Ciência e Saúde, p. 496).

Certa vez, como praticista da Ciência Cristã, vi esse poder protetor do Princípio ajudar uma senhora que havia se mudado e caíra na entrada da nova casa. Ela não conseguia movimentar a mão e estava sentindo muita dor. Pouco tempo depois de receber o tratamento da Ciência Cristã, a dor diminuiu, mas a senhora ainda não tinha liberdade de movimento. O Princípio veio me socorrer, por assim dizer, quando percebi, com minhas orações, que Deus nos mantém em nosso lugar de direito.

O erro a ser corrigido era a crença de que essa paciente se sentia deslocada, após ter se mudado para um novo lugar. O Princípio divino jamais faria com que nos sentíssemos deslocados ou perdidos. Quando compreendi essa verdade, o telefone tocou e a pessoa relatou que o movimento da mão havia voltado. Ela sentira os ossos da mão voltando ao lugar e já conseguia movimentá-la livremente. O Princípio do ajustamento, o bem de Deus, trouxe-lhe a liberdade.

Compreender o Princípio abre novas portas à verdadeira natureza, plano e propósito de Deus. No sermão, A ideia que os homens têm de Deus, a Sra. Eddy diz: “À medida que nossas ideias a respeito da Deidade progridem para concepções mais corretas, aceitamos os dois terços restantes do plano divino de redenção — isto é, o homem salvo da doença e da morte” (p. 12).

O Princípio inclui todas as qualidades de Deus, portanto, seu plano sempre é o de se desdobrar de maneira amorosa, expressando a inteligência da Mente, o júbilo do Espírito e trazendo os resultados da Verdade. O Princípio é o oposto da teoria humana. Não é vago nem teórico. O Princípio nos dá permanência e poder. Dá estrutura aos nossos pensamentos, para que possamos praticar a Ciência do Amor com mais confiança e curar como Jesus curava.

À medida que desaparece o conceito de que o Princípio seja meramente um conjunto de regras, podemos ter um senso mais amplo de Deus: o Princípio dá permanência à saúde e ao bem-estar; é nossa base e nos dá consistência; dá-nos a certeza de que o amor que todos desejamos nunca cessará. O homem, por ser ideia de Deus, nunca está fora ou separado da lei e da ordem divinas. Nada está acontecendo que não seja governado pela lei amorosa do Princípio.

Agora tenho uma compreensão ainda melhor de Deus e tenho a certeza de que o Princípio é meu legislador, minha alegria, e é o Autor do plano mestre para mim, para todo o sempre. Amém.

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