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Original para a Internet

Oração e proteção

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 28 de julho de 2025


Diz o ditado que a extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus, e sempre constatei que isso é verdade. Ao longo dos anos, tive muitas provas da presença e socorro imediatos de Deus em tempos difíceis em minha vida. Uma ocasião, em particular, se destaca.

Sendo, há muitos anos, membro do comitê, bastante ativo, de serviços institucionais da igreja que frequento, uma vez por semana eu prestava serviços voluntários em várias instituições penais no sul da Califórnia. Certa noite, enquanto ia de carro para uma fazenda prisional — uma instituição penal de segurança mínima — eu estava orando em preparação para o culto da Ciência Cristã que lá realizávamos semanalmente, no qual eu desempenhava diversas funções.   

Ao orar, reconheci que todos são receptivos ao que é pregado nesses cultos, pois a mensagem transmitida não é pessoal, mas, sim, a Palavra de Deus. Essa pregação é feita por meio de sermões constituídos de trechos da Bíblia e do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy. Em minha oração, reconheci também o todo-poder de Deus, o Amor, e o fato de que o homem de Deus — cada um dos filhos de Deus — é amado e amoroso, porque é o reflexo divino, puro e isento de pecado. Confiando na verdade dessas ideias, mantive a expectativa de um culto harmonioso. 

Na rodovia, ao se aproximar a saída na qual eu deveria virar, percebi que uma van estava bem atrás de mim. Quando virei na saída, a van também virou, e continuou a me seguir bem de perto. Parei no acostamento, pensando que a van fosse seguir adiante, mas, em vez disso, ela parou bem atrás do meu carro. Muito rapidamente, o motorista abriu a porta do meu carro, me puxou para fora e me empurrou para dentro da traseira da van, onde havia um grande pufe. Ele me empurrou para cima do pufe, e vi um facão em uma bainha presa em seu cinto. 

 Embora ele estivesse visivelmente alcoolizado ou drogado, eu não estava com medo. As orações que eu fizera haviam me preparado, e estava calma, sabendo que sempre estamos protegidos ao servirmos a Deus. Fitei o homem nos olhos e reconheci que ele estava sob uma única influência: a de Deus. Em realidade, ele era filho de Deus, o homem puro e isento de pecado, criado por Deus. Reconheci também que a falsificação — o homem pecador e mau — não era criação de Deus. O único homem que existe e está presente em todo lugar é o homem criado por Deus, e esse era o único homem que eu podia enxergar.     

Veio-me ao pensamento esta declaração de Ciência e Saúde: “Aquela mesma circunstância que teu senso sofredor considera ameaçadora e aflitiva, o Amor pode converter em um anjo que acolhes sem o saberes”
(p. 574). Naquela ocasião, que parecia representar um grande perigo, senti apenas a presença do Amor divino, e disse ao homem que eu estava a caminho de um culto religioso na fazenda prisional, para o qual eu não podia chegar atrasada. Com isso, ele passou para o lado e disse: “Saia daqui!” Voltei para meu carro, dirigi para o presídio e calmamente desempenhei minhas tarefas no culto, com imensa gratidão por essa prova da proteção e presença do Amor divino.

Já ponderei sobre essa experiência várias vezes ao longo dos anos, e compreendi que aquele homem também havia sido protegido — de perpetrar um ato que era contrário à sua verdadeira natureza como o reflexo da bondade e pureza de Deus. Sinto que, por essa razão, aquela experiência deve ter sido fundamental para ele. E, para mim, ressaltou a importância de orar diariamente para enxergar a natureza do Cristo em todas as pessoas. Essa é uma defesa segura, por meio da qual nos armamos com a “couraça da justiça” e o “capacete da salvação” (ver Efésios 6:14, 17).

Sou imensamente grata por essa demonstração do cuidado infalível de Deus para conosco e pelas muitas outras provas de Sua onipotência e de Seu poder sanador, as quais tenho tido ao longo dos anos por meio do estudo e da prática da Ciência Cristã. 

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