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Original para a Internet

Por que escrevo para os periódicos da Ciência Cristã?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 17 de novembro de 2025


Durante minha infância e juventude, o correio tradicional era o único sistema que possibilitava enviar e receber mensagens escritas, e todos os dias eu ficava muito ansiosa para ver o que havia na caixa de correio. Será que havia uma carta ou um pacote de meus avós, o cartão postal de um amigo que estava em viagem, uma revista, alguma notícia importante, ou aquele aparelho eletrônico que eu encomendara algumas semanas antes? Cada dia era uma surpresa ansiosamente esperada.

É claro que nem sempre havia só coisas boas na caixa de correio. Às vezes, ela continha cobranças ou avisos inesperados, más notícias de entes queridos e, no meu caso, artigos que eu havia enviado para A Sociedade Editora da Ciência Cristã e que estavam sendo devolvidos. Aliás, foram 17 devoluções antes de meu nome aparecer impresso em um testemunho de cura. Nessas ocasiões, eu não ficava muito feliz com o correio do dia! E ainda levou mais dois anos para meu primeiro artigo ser publicado.

O que me fez continuar, depois de 17 devoluções? Foi esta declaração da Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy: “Se meus próprios alunos não dispõem de tempo para escrever a Deus — quando se dirigirem a mim, eu me sentirei inclinada a enviar essas cartas a Ele, o Pai que temos em comum, por meio do The Christian Science Journal; assim eles cumprirão a obrigação moral que lhes cabe, de fornecer algum material de leitura para o órgão de nossa denominação. Penso eu que, se ponderassem sobre a missão universal que o Amor divino nos confiou, em prol do sofrido gênero humano, eles colaborariam com mais frequência para as páginas desse ágil veículo do pensamento científico; pois ele alcança um vasto número de sinceros leitores e buscadores da Verdade” (Escritos Diversos 1883–1896, pp. 155–156).

Eu me imaginei na época da Sra. Eddy, querendo lhe escrever para contar meus desafios, experiências e curas, e relatar como o movimento da Ciência Cristã estava atuando em minha comunidade. Quando li essa declaração, entendi que a Sra. Eddy teria simplesmente enviado minha carta aos redatores dos periódicos. Então, dei-me conta de que eu mesma poderia enviar minha correspondência aos redatores — e de que tinha a obrigação moral de fazê-lo.

Apesar de tantas devoluções, veio-me ao pensamento algo que me deu esperança e um senso de estar servindo à Causa da Ciência Cristã. Era o fato de que, ao escrever, ou seja, ao ponderar de modo cristãmente científico e, em seguida, colocar no papel as ideias espirituais que me ocorriam, eu me mantinha em oração, atenta às necessidades do mundo. Isso me ajudava a enfrentar essas necessidades, elevando e curando primeiramente meu próprio pensamento. Com o objetivo de colocar por escrito minha experiência e inspiração, eu fortaleci minha compreensão espiritual que, de modo natural, se estende para além da minha própria experiência e alcança pensadores no mundo todo. Ao compreender isso, percebi que não só eu sou abençoada, mas a humanidade também, simplesmente pelo pensamento, em espírito de oração, focado em uma ideia ou necessidade. Logo, essa bênção se estende à humanidade, independentemente de minhas palavras serem publicadas ou não.

Prestando mais atenção à segunda parte da declaração da Sra. Eddy, mencionada acima, damo-nos conta de que nos foi confiada, pelo Amor divino, a missão universal de abençoar e curar, e um modo de fazer isso é por meio dos artigos e testemunhos com os quais contribuímos. Cada uma das publicações da Ciência Cristã é um “ágil veículo do pensamento científico” que alcança os “sinceros leitores e buscadores da Verdade”. Isso significa que o ato de escrever não se resume apenas a relatar nossas experiências ou pensamentos, mas pode ter como foco o desejo de atender à necessidade do gênero humano.

Então, podemos nos perguntar: qual é a necessidade atual, e como cada um de nós pode oferecer à humanidade, por meio dos artigos e testemunhos que escrevemos para essas publicações, as respostas espirituais e científicas que ela está buscando?

As 17 devoluções parecem insignificantes diante dessa pergunta, não é mesmo? A persistência e a humildade prevalecem, quando estamos dispostos a deixar de lado o ego pessoal, com o profundo desejo de abençoar toda a humanidade. Em Escritos Diversos lemos: “Um pouco mais de graça, um motivo purificado, algumas verdades ditas com ternura, um coração abrandado, um caráter mais manso, uma vida consagrada, podem restaurar a ação correta do meca­nismo mental, e fazer com que o movimento do corpo e da alma esteja de acordo com Deus” (p. 354).

Escrever não só requer muita graça divina, mas também desenvolve em nós essa graça. Purifica nossos motivos e, com isso, aprendemos a não escrever sobre algo que não compreendemos nem demonstramos na vida prática. Referindo-se ao aspecto humano de uma questão, expressando-se com ternura e de coração, trazemos à tona a receptividade em cada um que seja inspirado a ler nosso artigo, e frequentemente isso resulta em cura. E, sem dúvida, pode “restaurar a ação correta do meca­nismo mental, e fazer com que o movimento do corpo e da alma esteja de acordo com Deus”. O apoio em oração ao nosso artigo, quando este é enviado À Sociedade Editora da Ciência Cristã e quando é publicado, traz naturalmente relatos de cura.

Não é este o verdadeiro motivo para escrever: ajudar cada um a perceber e sentir o ajuste propiciado por essa ação correta e científica? Trata-se de dar refrigério ao pensamento — fazendo com que deixe de se basear na matéria e se fundamente no Espírito. Curar o corpo, o coração, o pensamento, fazendo com que tudo esteja em harmonia com Deus, o bem. Sim, é esse mesmo o motivo! E todos nós somos capazes de fazer isso por meio do nosso raciocínio espiritual que, então, transmitimos naquilo que escrevemos.

Deus dá a cada um de nós as ideias, o teor e a maneira individual de nos expressar. E mesmo que nossas contribuições tenham passado por centenas de idas e vindas, para alterações e melhoras, antes de a primeira ser publicada, vale a pena o esforço de cumprir a “obrigação moral que [nos] cabe, de fornecer algum material de leitura para o órgão de nossa denominação”. Isso abençoa a nós, abençoa nossa igreja, abençoa o mundo.

Jesus disse: “…de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel; e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:6–8).

Todos nós recebemos a graça divina. Todos nós, a partir dessa graça, podemos dar!

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