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O homem nunca está solitário

[O texto em inglês dêste editorial é encontrado à página 109]

Da edição de julho de 1954 dO Arauto da Ciência Cristã


Algumas pessoas acham difícil viver sòzinhas, estar a sós com seus pensamentos. Outras anseiam pela presença daqueles que se foram ou dos que residem em lugares longínquos. Por ocasião de aniversários, ou na época do Natal, ou em outras épocas do ano, aqueles que não têm parentes ou amigos chegados, são, às vezes, acabrunhados pela compaixão de si mesmo, pela solidão e pelo desespero.

Descobrimos na Bíblia interessantes casos que mostram como os homens venceram tais discordantes sugestões mentais. Quando despertados dêstes sonhos insensatos, aperceberam-se da presença do Amor divino e encontraram-se na companhia imediata dos anjos consoladores e amigos dêsse mesmo Amor. Desapareceram, então, o desespero, a solidão e a compaixão de si mesmo, e seguiram-se grande júbilo e realização.

Durante longa permanência no deserto, onde se embrenhara a fundo para sondar-se a si mesmo, Moisés apascentou o rebanho de Jetro, seu sogro. Sem dúvida, passou muitas horas em oração e meditação. Finalmente, a solidão, a compaixão de si mesmo e a condenação de si mesmo foram vencidas a tal ponto que Moisés se achou preparado para ouvir a voz de Deus e a ela obedecer. Aí, então, prosseguiu na sua grande missão de tirar os filhos de Israel do cativeiro e conduzi-los à terra prometida. No seu serviço a outrem, Moisés encontrou fôrça e libertação das crenças na solidão e no desespero que o haviam mantido em escravidão mental.

Jesus amiúde se retirava para um lugar quieto e lá permanecia em solidão, mas não solitário, para comungar com seu Pai-Mãe, o Amor, e Seus angélicos mensageiros. E quando voltava de tal convívio, a solidão, o desespero, o medo, a doença, o pecado e a morte fugiam diante de sua consciência outorgada pelo Cristo. Na sua autobiografia Retrospection and Introspection (Retrospecção e Introspecção) nossa venerada Líder, Mary Baker Eddy, escreve a respeito de Jesus (pág. 91): “Para os discípulos que êle havia escolhido, seu ensinamento imortal era o pão da Vida. Quando Jesus se achava com êles, um barco de pesca se tornava um santuário, e a solidão se povoava de santas mensagens do Pai de todos.”

Àqueles que vangueiam no deserto da solidão e da dúvida, a Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã. leva a promessa da libertação imediata destas condições depressivas. Ela manda que nos ergamos da poeira — do falso sentido de que há vida na matéria — e recebamos com gratidão o conforto e a companhia dos mensageiros angélicos do Amor. A Christian Science ordena que defendamos nossos pensamentos contra a crença mortal na solidão, na separação e na privação, com o mesmo cuidado com que trancaríamos nossas portas à aproximação de ladrões, e que demos boa acolhida em nossa consciência tão só aos pensamentos construtivos da presença do Espírito. Esta Ciência nos revela nossa verdadeira identidade — filiação eterna no Espírito — e nossa inseparável relação sociável com tôdas as ideias espirituais de Deus.

No livro Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), Mrs. Eddy escreve (pág. 259): “O homem não é absorvido na Divindade, e o homem não pode perder sua individualidade, porque reflete a Vida eterna; nem é tampouco uma ideia isolada e solitária, porque representa a Mente infinita, a soma de tôda substância.” Aqui, pois, está a base firmados na qual podemos começar a destruir tôdas as sugestões de solidão e separação, e sustentar com persistência que não há perda de identidade espiritual; não há morte; não há isolação ou separação; não há fim para a perfeição completa do homem como representação de tôda substância verdadeira.

Lemos no Livro dos Salmos (68:5, 6): “Pai de orfãos e juiz de viuvas é Deus, no seu lugar santo. Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões.” A compaixão de si mesmo, a solidão e o amor próprio estão entre os grilhões que prendem os homens, e são quebrados pelo esquecimento de si mesmo, pela gratidão e pelo serviço à humanidade.

De quando em quando, encontramos aqueles que se queixam de não terem amigos ou parentes, e que não podem compreender por que não têm a companhia de que outros parecem gozar. Disseram-lhes que se fizessem companheiros das ideias de Deus para lograr a solução, mas ainda insistem em querer a verdadeira companhia humana. Perguntamo-lhes que espécie de amigos gostariam de ter, e respondem: “Daqueles que são afáveis, atenciosos, alegres, amorosos, cooperativos, desinteressados, ordeiros e generosos.” Que darão em troca? Expressarão as mesmas qualidades de pensamento que procuram nos outros? Se assim fôr, já terão por companheiros as ideias de Deus, e corretas relações humanas hão de seguir-se, como o dia segue a noite.

Disse um sábio (Provérbios 18:24): “O homem que tem amigos haja-se amigàvelmente, e há amigo mais chegado do que um irmão.” O Cristo sempre-presente, a própria natureza e o poder de Deus expressados, é êsse amigo. Sempre que o indivíduo reconhece e manifesta o Cristo com consistência e regularidade, encontra o verdadeiro sentido de lar, ou céu, já estabelecido em proveitosa companhia humana e em relações harmoniosas e construtivas.

Todo Cientista Cristão tem dois companheiros, duas ajudas infalíveis, para vencer as crenças na solidão, na dúvida, na compaixão de si mesmo e na tristeza. São êles nossos livros-texto, a Bíblia e o Science and Health. À medida que aprendemos a conviver com êsses amigos através de nossas Lições Bíblicas da Christian Science, como as que se acham no Christian Science Quarterly (Livrete Trimestral da Christian Science), e por outros meios, o pensamento se purifica e se esclarece. Encontramo-nos, então, na companhia de uma multidão de pensamentos angélicos que trazem rico fruto à nossa vida e experiência diárias. Aprendemos, por êsses livros, a viver conôsco mesmos, com o verdadeiro sentido de nós mesmos, e com o universo divino de incontáveis ideias de cooperação e amizade. O cultivo silencioso e a apreciação crescente dêstes companheiros, conduzirão inevitàvelmente a relações humanas mais felizes e mais harmoniosas que as que podem ser logradas de qualquer outra maneira.

Tomemos hoje a resolução de viver segundo os preceitos da Christian Science. Indaguemos constantemente de nós mesmos, “Que posso repartir das minhas ilimitadas posses espirituais?” e não, “Que posso obter dos outros?” Isto nos manterá tão ocupados em ajudar a satisfazer às necessidades do nosso irmão, que jamais, nem por um momento, desanimaremos ou nos faltará a verdadeira companhia, e seremos enriquecidos também de outras maneiras necessárias.

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