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A Mente, Deus, fonte do pensamento verdadeiro

Da edição de janeiro de 1956 dO Arauto da Ciência Cristã


A Bíblia, a carta norteadora da vida do cristão, assinala o grande fato espiritual que Deus é Mente. Lemos, por exemplo, no livro de Daniel (2:20, 21): “Seja bendito o nome de Deus desde o século até ao século, porque dêle é a sabedoria e a fôrça; ... êle dá sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos.” como só há um Deus, e Êle é Mente, só pode haver, e só há, uma Mente verdadeira. Esta, sendo Deus, é infinita. Sendo infinita, é suficiente para todos. Não indicou o Mestre que Deus era a sua Mente única e que esta Mente era a única fonte de seus pensamentos e atos de cura, quando declarou (João 14:10): “As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o pai, que está em mim, é quem faz as obras”?

O cérebro e os nervos não são a Mente, mas apenas uma ilusão material da mente. Portanto, o cérebro e os nervos jamais podem ser a fonte dos pensamentos verdadeiros, ou a morada, o instrumento, ou canal, ainda que só por certo tempo, da Mente, Deus. “pensa o cérebro, e sentem os nervos, e há inteligência na matéria?” pergunta Mary Baker Eddy, á página 478 do livero–texto da Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy á sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã., Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras). Com convicção baseada na significação espiritual tanto do velho como do Novo Testamento, Mrs. Eddy inicia a sua resposta com um retumbante “Não, não se Deus é verdadeiro e o homem mortal mentiroso”. E prosseguindo, ela acrescenta: “Como pode a inteligência morar na matéria, quando a matéria carece de inteligência e os lóbulos cerebrais não podem pensar? A matéria não pode desempenhar as funções da Mente.” Adiante ela declara (ibid., pág. 488): “só a Mente possui tôdas as faculdades, tôda a percepção e compreensão.”

Deus, Espírito — não a matéria, nem o cérebro, nem os nervos —é a Mente única, logo, a única consciência verdadeira, a única inteligência verdadeira. Portanto, só Deus, Espírito — não a matéria — vê, ouve, sabe, age. As faculdades de ver, ouvir, saber, agir, pertencem exclusivamente ao Espírito, Deus. Não podem originar–se na matéria nem ser nela ou por ela expressadas. Têm a sua origem em Deus e, juntamente com as Suas qualidades, são por Êle desenvolvidas e individualizadas para formarem a sua idéia composta ou reflexo, o homem espiritual individual — o vosso verdadeiro eu espiritual e o meu. Deus vê, e o homem espiritual é a expressão da visão de Deus. Do mesmo modo, só a Mente ouve, e a idéia da Mente, o homem espiritual, é a expressão do ouvido da Mente. A Mente sabe, e o homem existe.

O homem espiritual individual é a idéia da Mente que tudo sabe, a expressão substancial de Deus como oni–ação, a essência da realização do Amor. Por isso, o homem de Deus não precisa de uma mente pessoal própria para ver, ouvir, agir, criar ou realizar, e por conseguinte não a tem. A Mente, Deus, faz tudo isto, e o faz com perfeição. Nas palavras do salmista (Salmo33:9): “[Deus] falou, e foi feito.”

Cada um de nós deveria frequentemente fazer a si mesmo esta pergunta: “Estou considerando Deus como a minha Mente única e demonstrando, assim, o meu verdadeiro eu como a manifestação necessária e incessante daquela Mente — a evidência espiritual e, portanto, perfeita, de que a Mente existe? ou estou permitindo que as sugestões agressivas e hipnóticas da mente mortal, o suposto contrário da Mente única, Deus, me induzam ao êrro de crer que um cérebro seja a minha mente, e que esta mente falsas me apresente como um mortal, sujeito a falsas sugestões da mente mortal, tais como o medo, o ódio, a cobiça, a limitação, a doença, a debilitação da mente, o pecado e a morte?” De modo convincente, Mrs. Eddy nos exorta (science and Health,pág. 249): “Aceitemos a Ciência, abandone mos tôdas as teorias baseadas no testemunho dos sentidos, renunciemos aos modelos imperfeitos e aos ideais ilusórios; e tenhamos, assim, um Deus único, uma Mente única, e esta perfeita, produzindo seus modelos de excelência.”

Compreendendo Deus como a sua Mente única, um praticista da Christian Science — e todo estudioso desta Ciência é, em certo grau, um praticista — jamais será subjugado pela agressividade, pela odiosidade, sutileza, ou tenacidade das crenças mortais. Tôdas as crenças mortais originam–se na mente mortal e são tão irreais como a sua fonte. Porém a mente mortal replicaria, com maldosa intenção, primeiro, que ela é verdadeira e, segundo, que suas falsas crenças são verdadeiras; que estas falsas crenças se originam em nós e constituem os nossos pensamentos — pensamentos que, para o bem ou para o mal, podem ser transmitidos a outros. As armas da propaganda no presente esfôrço mundial de apossar-se das mentes dos homens, são forjadas dos ismos e das ologias das crenças ocultas de que existem mentes numerosas e pensamentos transmissíveis.

Esta agitação não se acalmará até que os mortais, primeiro individual e depois coletivamente, aprendam a obedecer ao primeiro Mandamento (Êxodo 20:3): “Não terás outros deuses diante de mim” — mandamento que, segundo o mostra a Christian Science, pode ser traduzido assim: “Não terás outra Mente senão a Mente única e exclusiva, Deus. Uma Mente única, Deus, anula tanto a crença em mentes numerosas como as consequências dessa crença — transmissão de pensamento, influência mental, hipnotismo e outras formas de magia e feitiçaria.

Na verdade, do que esta e tôdas as épocas necessitam, é de pensadores, de pessoas que, de maneira positiva e clara, esposem o ponto de vista de que Deus é a Mente única, a sua Mente única, a Mente única verdadeira de cada um, e que, sem resistência nem hesitação, deixem que todo pensamento seja o glorioso modelo da Mente divina e não a sugestão grotesca, aviltante e frustrante, da mente mortal. Aquêles que com firmeza consideram Deus como sua Mente única, sabem que a paz, a alegria e a vida abundante não são coisas de que o homem tenha consciênica mas de que não tenha o gôzo. Para êles, ao contrário, o saber e o ter, a percepção e o gôzo, a capacidade e a oportunidade, a necessidade e sua satisfação, estão no sempre presente ponto da coincidência, da demonstração. Isto é porque a Mente coexiste com o bem que ela exige e fornece, e ambos são tão coexistentes e inseparáveis como o são o sol e seus raios.

O que cada um deve atingir e manter é a constante percepção de que, no plano espiritual, o homem existe para sempre como perfeito modelo da Mente, e que, por isso, em realidade, não pode existir, nem existe, como mortal desnorteado e medroso que necessite de uma mente pessoal própria. O fato espiritual é que a Mente única de uma idéia é a fonte única, a causa única, e o governador único daquela idéia. Tal é a irrevogável lei divina do reflexo, do efeito que não tem qualidade que não seja derivada de sua causa, da idéia que não está sujeita a nenhuma autoridade além da que emana de sua fonte. Na medida em que fôr compreendida e obedecida, esta lei entrará irresistìvelmente em vigor nos assuntos humanos, anulando as falsas leis do ocultismo que se apresentam sob a forma de carência e de guerra, de desordem corporal, de êrros de pensamento e de ação, de menosprêzo mundial às leis e à bôa ordem.

À medida que ampliamos e esclarecemos o nosso reconhecimento e a nossa demonstração de que Deus é a nossa Mente única, despojamo-nos dos andrajos estorvantes do materialismo, tecidos das múltiplas falsas crenças em deuses numerosos, em mentes pessoais e em poderes ocultos. Então, na proporção em que formos fiéis à realidade e lei divinas, revelamo-nos como espiritualmente sempre fomos, como somos agora e seremos sempre, e não como pessoas corpóreas dotadas de mentes pessoais que podem ser confusas, desanimadas, medrosas, manobradas, mesmerizadas, que podem manobrar e mesmerizar, serem ávidas, sensuais, maldosas, soberbas, teimosas, ambiciosas ou invejosas. Em vez disto, revelamo-nos em nosso sempre existente estado espiritual como expressões do poder da Mente, da atividade da Mente e da sabedoria da Mente — como reflexos verdadeiros do Ego-Deus, constituidos das gloriosas e imperecíveis qualidades do Espírito.

No Apocalipse de S. João (7:13-17) lemos: “Êstes que estão vestidos de vestidos brancos, quem são e donde vieram? E eu disse–lhe: Senhor, tu sabes. E êle disse-me: Êstes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. ... Não mais terão fome, nem mais terão sêde; nem sol nem calma alguma cairá sôbre êles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de seus olhos tôda a lágrima.”

Para aquêles que com perseverança e inteligência consideram Deus como sua Mente única, o vestir-se dêsses vestidos brancos da consciência e da identidade à prova de sugestões, pecado, doença, destruição, não é uma probabilidade remota, mas sim uma possibilidade sempre presente. Em verdade, é hoje que devemos começar a despir-nos do homem velho e a nos vestir do novo, a fazer de Deus a nossa Mente única e deixer que esta Mente faça de nós seus perfeitos modelos de excelência.

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