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A Missão de Nosso Jornal

Da edição de outubro de 1956 dO Arauto da Ciência Cristã


Seja-nos permitido, por um momento, lançar a vista sôbre um grande jornal, não através de olhos que vêem apenas papel e tinta, propaganda e circulação, notícias e público, mas através dos olhos de uma vidente espiritual, Mary Baker Eddy. Que viu ela? Viu a oposição da mente carnal ao Cristo. E mais: viu uma resposta àquela oposição. Hoje detemos aquela resposta em nossas mãos —The Christian Science Monitor.

No transcurso da história lemos, aqui e ali, acêrca de alguns homens e mulheres inspirados por Deus, que puseram em dúvida um conceito material de vida, que estranharam como uma coisa tão ilógica, tão inexplicável como um mundo bom e mau, construtivo e destrutivo, que vive, mas morre, poderia ser realidade.

Aqui e ali, alguns dêles romperam a evidência material e vislumbraram um mundo em que não há tais contradições. Há cêrca de dois mil anos antes, veio o homem Jesus, que disse, de fato: “Vivo no mundo do Espírito.” E êle ensinou aos homens que também êles poderiam tornar-se conscientes dêste mundo espiritual. E, cêrca de dois mil anos mais tarde, veio Mrs. Eddy, que penetrou a fundo os ensinamentos de Jesus. Ela baseou sua descoberta da Christian Science na mesma premissa de que tudo é Espírito; não há matéria. Sôbre esta premissa fundou a igreja da Christian Science, escreveu o livro-texto Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras) e as regras e os estatutos da igreja no Manual of The Mother Church (Manual da Igreja-Mãe), e estabeleceu os periódicos da Christian Science para que os homens possam aprender a Verdade, na própria lingua dêles.

Que método específico divisou nossa Líder, para interpretar contraditórios modos de ver mundiais, partindo do ponto de vista do universo espiritual e do homem espiritual? Que meio pôs ela em nossas mãos para apresentar êste mundo do Espírito numa forma prática? Que meio mais poderoso haverá para alcançar o pensamento de tôda a humanidade, que um grande diário internacional?

Êsse meio, pois, é o que está à nossa disposição — meio, entre outros, que nos foi dado pela Descobridora e Fundadora da Christian Science, depois de anos de oração e de uma vida de desapêgo. Foi êste um dever cumprido de modo superlativo, cumprido não só na letra, mas também no Espírito.

Devemos nós, nêste vasto auditório, investigar a missão de The Christian Science Monitor? Que êsse jornal está logrando êxito, até certo ponto, em sua missão, pode-se ajuizar pelas provas visíveis que se encontram hoje no mundo. Essas provas são apresentadas quase sempre por pessoas que se apressam em declarar que não são Cientistas Cristãos. Oxalá pudessem os próprios Cientistas Cristãos apresentar idênticas provas de estima dêste mensageiro, e fazê-lo com vivacidade espontânea igual.

No meu próprio campo, as Ilhas Britânicas, talvez uma das mais fortes barreiras a vencer é o tempo que se escoa na entrega do jornal. Mas o tempo e a distância estão justamente entre as coisas que Mrs. Eddy esperava que The Christian Science Monitor viesse a vencer — primeiro em consciência, depois de fato. Quando tal suceder na sua ordem, seremos capazes de demonstrar maior presteza em tudo que fazemos.

Atentemos numa das facetas pelas quais nossa Líder foi levada a fundar o Monitor, destinado a espalhar a Ciência, que é indivisa. Que perfeita aniquilação do tempo, e até da distância. Não pode haver verdadeiro senso de fraternidade, se vós estais aqui e eu lá do outro lado, e se o tempo é necessário para nos reunir. É muito mais provável que o tempo nos separe. A fraternidade se baseia numa idéia divina; e as idéias não estão sujeitas ao tempo. Acaso algum de nós necessita de tempo para entrar, em pensamento, em sua própria casa? Necessito eu de tempo para amar? Acaso o Amor necessita de tempo para me alcançar? Não! Então, The Christian Science Monitor, se visto, em verdade, como idéia, será visto como estando livre de qualquer restrição de tempo. Se, entretanto, apreciamos êsse jornal pura e simplesmente como um diário — um grande diário se assim vos apraz — então êle estará sujeito à contagem material do tempo e até da despesa.

Sinto-me hoje um tanto cheio de perguntas. Em sua maioria, são dirigidas a mim mesmo em busca de uma resposta. Consideramos nós o Monitor um meio de cura não só mundial, mas também individual? Não com a freqüência que seria necessária, penso eu. Porém, lede-o cuidadosamente com o único propósito de descobrir exatamente quanto êle está diretamente ligado à idéia de curar, quero dizer, de curar fìsicamente. Também não estou restringindo meu exame ao artigo religioso da página de The Home Forum. Em Science and Health, Mrs. Eddy escreve (pág. 411): “A causa produtora e base de tôda doença é o medo, a ignorância ou o pecado.” O medo quase sempre é quanto ao futuro, e em grande parte a êle estão ligados êstes dois arqui-impostores, o “se” e o “quando”.

Muito poucos jornais, mesmo os mais conceituados, podem resistir à tentação de esmiuçar o futuro e predizer dificuldades. Aflições, velhice, incapacidade e a maioria das doenças podem ser devidas ao medo. Eis aqui, para curá-las, um jornal que não baseia o futuro em dificuldades, mas na certeza construtiva, positiva, de que Deus, o bem, governa. Buscai esta atitude positiva na próxima edição que lerdes. Não ficareis decepcionados. Ela lá está e terá iniciado sua missão curativa muito antes de a próxima edição ter sido encaminhada à rotativa — terá começado sua cura no momento em que o articulista alinhou seus pensamentos com o Amor que abençoa. Ver o que o mundo chama de notícias através das lentes da Verdade, que elimina o medo, é curar o medo, e, dêste modo, curar a doença.

A carência, a limitação, as oportunidades perdidas e a falta de harmonia, podem ser devidas à ignorância. Além disso, não se trata aqui de limitar vossa aceitação do Monitor como um agente de cura a um boato. Fazei a prova! Encontrareis, página após página, assuntos que dissipam a ignorância. Se eu sei como o meu próximo vive, pensa e trabalha, e êle, por sua vez, sabe como eu vivo, certamente que êsse conhecimento em vez de nos apartar uns dos outros, nos une. Pode ser, ainda, que cada qual prefira o seu próprio modo de viver; mas pelo menos, teremos construído um alicerce sólido de fraternidade e compreensão. Estas duas qualidades significam paz para o mundo. Significam, também, expansão, liberdade e concórdia. Onde, então, com elas na consciência, pode a carência, a limitação e a falta de harmonia, encontrar acesso ?

O pecado é, muito amiúde, uma sugestão entretida, em vez de rejeitada. Desde o próprio início, The Christian Science Monitor não ignorou aquilo que era nocivo e destrutivo, mas tem tido por missão enobrecer o pensamento. O sórdido, o errado e o inútil, também se encontram nessas colunas, não para ser explorado, mas para ser destruído. Submetei isto também à prova!

Que dizer, então, acêrca da nossa parte? Concordamos com a missão, mas simplesmente desejamos felicidade ao missionário? O lenço com que se acena do cais ao missionário que parte em viagem é um gesto afetuoso, mas não passará de simples gesto, se não houver apoio. Dar apoio ao nosso maravilhoso jornal exige muito mais do que o acenar de um lenço. Requer estudo, aplicação, coragem e a certeza de que estas coisas e coisas maiores do que estas estão dentro de nossa capacidade.

Na minha terra, temos um misterioso grupo de pessoas chamado os “tais”. São os “tais” o povo que devia estar fazendo algo a respeito de alguma coisa, talvez conduzindo um bonde fora de horas, reparando calçadas, e assim por diante. Temos êsses “tais” até em nossas igrejas da Christian Science na Inglaterra. Nêste caso, o misterioso “tais” geralmente é a diretoria da igreja, que devia estar fazendo algo ou, mais usualmente, que fêz algo que não devia ter feito.

The Christian Science Monitor também tem os seus “tais”, que muito por êle deviam fazer. Pergunto a mim mesmo se há, aqui, algum dêsses “tais”? Sim, há vários milhares dêles. Constam os “tais” dos que deviam encontrar mais tempo, cada dia, para ler o Monitor, para ponderar e curar por meio da influência vivificante daquêle jornal. O “tal” que devia fazer alguma coisa a respeito, é aqui o degas. Não poderia ser também qualquer um de vós?

Apliquemos ao nosso jornal as seguintas palavras de nossa Líder (Miscellaneous Writings, p. 319): “O objeto a ser logrado oferece ampla oportunidade para a mais grandiosa realização à qual os Cientistas Cristãos podem dirigir sua atenção e sentir-se sòzinhos entre as estrêlas.” Que liderança! Que missão! E quando lhe obedecemos, que êxito nos aguarda!

Se quisermos receber a bênção que o Monitor oferece a tôda a espécie humana, necessitamos, primeiro, de um amplo conceito do que significa abençoar. Abençoar parece, freqüentemente, um ato um tanto restritivo, quase ritualístico, com significação definida, religiosa. Mas vêde Deus como o bem, e então o reconhecimento e a concessão do bem, quer para si mesmo ou para outrem, são uma verdadeira bênção. É religião praticada no seu nível mais alto e mais científico. Examinai alguns aspectos da bênção que diretamente se aplicam ao Monitor. Um dicionário definiu o verbo “abençoar” em parte como “fazer feliz; conferir prosperidade ou felicidade a”.

Tomemos qualquer exemplar do Monitor e vejamos se essa missão de conferir felicidade e prosperidade está sendo cumprida; refiro-me a uma edição qualquer. Não selecionemos. As colunas de anúncios, por exemplo, são um modêlo direto e contínuo desta bênção. Êsses anúncios são escolhidos por sua faculdade de fazer saber que um indivíduo, ou um serviço, ou uma mercadoria, pode ampliar o alcance de sua utilidade construtiva e de serviço eficiente e conferir um sentido correto de prosperidade àqueles que estão dispostos a obrar recìprocamente.

Podemos ir muito além e ver nos anúncios as qualidades de integridade, honestidade, serviço, beleza e muitas outras em expressão ativa. Visto nesta luz, o menor anúncio é, em essência, um reconhecimento do propósito e da demonstração de Mrs. Eddy, um propósito a ser traduzido pràticamente. Abençoar tôda a humanidade, é tão amplo que abrange não só os que anunciam serviços ou integridade, mas também os que lêem o anúncio.

É tão proveitoso tomar os escritos de nossa Líder e descobrir com que consistência e firmeza ela mantém o motivo e a razão de seu movimento perante seus pensamentos e suas orações; como ela reconhece o poder que anima sua descoberta e a inspiração de sua liderança.

Voltemos, por breves instantes, à declaração de Mrs. Eddy, “A causa produtora e base de tôda doença é o medo, a ignorância ou o pecado,” e associemos a ela o que nossa Líder diz acêrca da descoberta por ela feita da Ciência divina (Retrospection and Introspection, pág. 32): “Era o evangelho da cura, na sua missão humana designada por Deus, que levava nas suas alvas asas, segundo minha compreensão, ‘a beleza da santidade’,— isto é, as possibilidades da introspecção, do conhecimento e da existência espirituais.” Ligando estas duas passagens uma a outra, é fácil ver o remédio que já existe para atender à necessidade. Haverá algo que nos possa negar a alegria de identificar The Christian Science Monitor com aquêle simples propósito de curar e abençoar?

Para aquêles de nós que olham para além dos feitos puramente jornalísticos, o Monitor parece menos um grande jornal e mais um grande missionário de cura. Podemos olhar para as mesquinhas necessidades do mundo, as falsas pretensões que o infernizam, e compreendemos, então, que dispomos de um remédio completo, quando tomamos The Christian Science Monitor. Temos a faculdade de fazê-lo; mas para conferirmos esta grande bênção precisamos ter abundante amor, dar apoio ilimitado e partilhar, até certo ponto, da convicção da mulher que enviou êsse jornal para sua missão — missão que é nossa, hoje, como foi dela, quando fundou o Monitor.

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