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O Incentivo na Christian Science

Da edição de outubro de 1956 dO Arauto da Ciência Cristã


Para fazer uma jardinagem perfeita, é preciso semear, plantar, podar, cultivar e amar de tal maneira a beleza e a fragrância das flores que, ao desabrocharem, transformem o jardim num encantamento de cores e de perfumes. As ervas daninhas são eliminadas logo que descobertas pelo jardineiro, que as arranca e destrói. Além disso, independente de qualquer ação por parte do jardineiro, o tapete de belas flores vai dominando as ervas daninhas. Dessa maneira, torna-se menos trabalhoso seu extermínio. Elas não encontram, entre as flores, espaço para se desenvolverem.

Assim também na Christian Science, devemos saber que o bem, em se tratando de realidade, deve ser cultivado pelo que é, até à exclusão do mal. A aplicação da Ciência não é uma questão de beleza sobrepujando o feio e o sórdido, e sim de provar que, sendo a beleza um atributo da Vida, o feio e o sórdido são desprezíveis. Regozijarmo-nos porque o Amor é onipotente, sem um único elemento de ódio, é estudar e empregar a Christian Science por amor a Deus, para a Sua glória. Mas empregar a Christian Science ùnicamente num contínuo esfôrço de eliminar o mal poderá resultar numa sensação de vazio e, sobretudo, numa impressão da realidade do mal.

Na opinião do articulista, uma das mais bonitas sentenças de Mary Baker Eddy encontra-se no Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), página 279: “É o amor a Deus, e não o medo do mal, o incentivo na Christian Science.” Porque o mal não é uma coisa ou um fato, mas uma maneira falsa de pensar, cuja única esperança de reconhecimento é convencer-nos de sua importância e, assim, atrair para si maior atenção. As flores do jardim é que são importantes, e não as ervas daninhas. Da mesma forma, o amor, a alegria, a beleza e a santidade é que são importantes, e não o medo, a moléstia e o mal.

A Christian Science é muito simples; é de uma praticabilidade sempre possível. Isto quer dizer que pode ser empregada agora e por todos, da criança ao sábio. A Ciência pode ser experimentada, porque não são apenas as palavras que produzem prova, nem mesmo o entendimento humano que aplicamos às palavras. O simples fato de ser a Christian Science a verdade é que permite a apresentação de prova.

A freqüente relutância da mente humana em pôr a Christian Science à prova decorre do fato da Ciência Divina, ao ser progressivamente revelada, conduzir ao total desaparecimento da matéria, ou seja, à ascensão. Como vencer essa relutância? Provando ser verdadeira a Ciência. Assim, outros, e eventualmente todos os homens, hão de se esforçar de bom grado no sentido de ter a Mente “que houve também em Cristo Jesus”, e êles farão as obras que êle fez até mesmo a ascensão.

Jesus mostrou claramente o caminho da Ciência. Disse simplesmente (Mateus 18:19, 20): “Se dois de vós concordarem na terra acêrca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio dêles.” Esta bela promessa é tão poderosa, tão verdadeira e inquebrantável atualmente como no dia em que foi feita. Esta promessa, pois, poderá bem fornecer o incentivo, o motivo, para petição. Se pedirmos em nome, ou natureza, de Deus através do Seu Cristo, só poderemos pedir aquilo que constitua o mais grandioso, limpo e claro desejo do coração. Temos do Mestre a promessa de que se pedirmos dessa maneira, certamente havemos de ser atendidos. Ter semelhante desejo, semelhante motivo e incentivo, é ter uma medida com a qual verificar todo pensamento, tôda ação.

O pensamento que impulsiona o desejo puramente espiritual pode ser considerado a voz de Deus falando agora, como sempre, simples e diretamente à consciência receptível. Se o pensamento material parece impedir, retardar ou adulterar nosso motivo, incentivo e ação, a fôrça do desejo divino de rejeitar o êrro está sempre presente. Sem essa medida útil e prática de regular o pensamento, a santidade tenderia a permanecer teórica e impraticável, sem nenhuma aplicação nas nossas necessidades correntes.

Considerando a promessa de Jesus, faríamos bem lendo o versículo que a antecede: “Tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” Se o que se pede é terreno, então o céu há de parecer sujeito à terra. Mas se o pedido, se o incentivo, fôr desligado da terra, se incluir um desejo de conhecer Deus, de fazer Sua vontade, refletir Sua natureza, então há de se compreender que o céu é acima da terra.

A verdadeira oração nunca é negativa. A verdade é sempre positiva, afirmativa. Tem de ser assim, afim de corresponder á promessa do Mestre. Cada indivíduo faz um pedido diferente: uns desejam mais compreensão, outros almejam espiritualidade, uma vida mais completa, maiores oportunidades. De acordo com a sinceridade do pedido, o incentivo da Christian Science domina sempre a consciência.

Há muitos anos, o articulista pediu que lhe fôsse possível aprender a amar como Cristo Jesus amou, não de maneira sentimental, emotiva, possessiva, ciumenta; não sòmente dirigindo seu amor aos objetos humanos de sua afeição, como um holofote dirige os seus raios, mas como uma irradiação que a todos abençoa.

Com o decorrer dos anos, à medida que tem deixado que sua oração seja atendida, tem adquerido em sua experiência a compreensão de que o amor com o qual o Mestre amou foi o mesmo amor com o qual êle curou, alimentou e regenerou as multidões, e com o qual êle conseguiu até mesmo ressurreições e ressurgiu, êle próprio, da sepultura.

A oração deve sempre ser acompanhada de coragem. Se oramos, sabendo perfeitamente que a petição já tem a sua resposta na Ciência, devemos aceitá-la, não de acordo com a vontade humana, mas como Deus a ordena. Talvez exija o Mar Vermelho, talvez o deserto, talvez até maiores provações. Mas provas da Ciência nos conduzem inevitàvelmente à ascensão.

Louvemos Deus, não pelo que esperamos que Êle nos proporcione, mas pelo que Êle fêz e pelo que está fazendo agora. Louvar e orar são bem a mesma coisa. Nós O louvamos nos Salmos, nós O louvamos na Oração do Senhor, nós O louvamos em nossos hinos, oramos a Êle a tôda hora, diàriamente, através dos estudos dos escritos da nossa Líder. Nós O louvamos e oramos ao fazermos a nossa leitura dos periódicos da Christian Science e ao freqüentarmos os serviços da igreja.

As ervas daninhas de moléstia, loucura, carência e morte serão destruidas, não ao procurarmos êrros, mas ao plantarmos as flores da oração, do louvor, e tendo sempre em mente o fato de que agora todos os homens são na realidade filhos e filhas de Deus. Então será constatado que o mandamento do Mestre: “Curai os enfêrmos, purificai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios,” conforme registrado no Evangelho de Mateus (10:8), não significa um apêlo para o pensamento negativo, e sim uma realização positiva e atual.

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