Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

“Aí estava eu”

Da edição de outubro de 1956 dO Arauto da Ciência Cristã


O senhor me possuiu no princípio de seus caminhos. ... Quando preparava os céus, aí estava eu. ... Então eu estava com êle por aluno; e eu era cada dia as suas delícias, folgando perante êle em todo o tempo” (Provérbios 8: 22—30). Eis palavras de sabedoria do livro de Provérbios. Mas quão oportuno recordá-las em reconhecimento e aceitação da preexistência do homem e da sua coexistência com o seu criador.

Antes de conhecer a Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã., muitos de nós provàvelmente, aceitavam a crença, geral entre cristãos, de que a vida começa aqui e podemos esperar pela imortalidade espiritual no além. A Christian Science nos mostra que tudo que tem começo tem que ter fim e que o que fôr imortal tem que ser eternamente imortal.

Para o pensamento pouco esclarecido, a idéia de preexistência traz pouco conforto espiritual ou inspiração. O que podem os mortais saber, ou mesmo teorizar sôbre essa idéia, se seu raciocínio consegue apenas remontar aos macacos e moléculas ou à transmigração? No entanto, na Christian Science, a revelação de Deus, Princípio, como a verdadeira origem, causa e lei governatriz do homem e do universo traz à luz a causa espiritual e a eterna continuidade do efeito perfeito.

Como Cientistas Cristãos, reconhecemos um Deus infinito como causa única e criador único, e o homem como Seu efeito. Tôda causa, portanto, deve ser Espírito, e o efeito espiritual. A Mente infinita tudo inclui e, assim sendo, nada pode existir fora dela. Tudo que é incluído na infinidade, inatingível pelas limitações de tempo e espaço, sempre existiu, existe, e sempre existirá. A infinidade jamais começou. Dessa maneira, nunca houve um tempo em que o homem individual, como idéia completa e perfeita da Mente infinita, deixasse de existir. Êle não precisava ser feito do nada. Compreender isso corretamente é compreender alguma coisa da preexistência.

É muito importante para nós compreender inteligentemente a nossa preexistência; é, mesmo, tão importante quanto compreender a nossa imortalidade. A preexistência está incluída em nossa imortalidade; faz parte dela. Jesus não disse: “Antes que Abraão fosse feito eu era.” Não. Êle disse (João 8:58): “Antes que Abraão fosse feito, eu sou.” Êle conhecia a continuidade de seu verdadeiro ser e podia declarar (João 8:14): “Sei donde vim, e para onde vou.”

Mary Baker Eddy diz no Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), página 189: “O firme e verdadeiro conhecimento que tinha o manso Nazareno da preexistência, da natureza e da inseparabilidade de Deus e o homem,— fê-lo poderoso.” Terá, algum de nós, suficiente “firme e verdadeiro conhecimento ... da preexistência, da natureza e da inseparabilidade de Deus e o homem” que o torna poderoso? Se não tem, qual a razão? O poder está sempre na idéia correta espiritual, e esta idéia correta do verdadeiro conhecimento em relação à preexistência e da coexistência e inseparabilidade de Deus e o homem nos é revelada na Christian Science agora. Não é, pois, imperativo que ponderemos isso e recorramos ao que possa nos renovar a vida, trazer grande confôrto, ânimo e deleitosa inspiração?

No Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), Mrs. Eddy declara (pág. 557): “A Ciência divina dispersa as nuvens do êrro com a luz da Verdade, e levanta a cortina e mostra que o homem não nasce e jamais morre, mas coexiste com seu criador.” “Que não nasce”, “que coexiste com seu criador”! Se não percebemos o que isso significa em relação à nossa preexistência, estamos certamente descuidando algo de que precisamos tomar conhecimento.

Quem não tiver bastante conhecimento sôbre a preexistência para reconhecê-la e aceitá-la com alegria tem que ter um conceito muito incompleto ainda da sua existência imortal e não pode, por conseguinte, regozijar-se naquela glória que Jesus teve com o Pai “antes que o mundo existisse” (João 17:5). Se não tivemos essa glória com Deus em nossa preexistência, jamais a poderemos ter. Nosso Pai-Mãe Deus, o infinito Amor divino que é Princípio imutável, não conhece mudança nem sombra de variação.

Recordemos outra vez aquêle estimulante desafio a todos nós — de sair da escuridão do materialismo para a gloriosa luz que revela o esplendor do nosso ser imortal. “A Ciência divina dispersa as nuvens do êrro com a luz da Verdade, e levanta a cortina e mostra que o homem não nasce e jamais morre, mas coexiste com seu criador.” Que sensação maravilhosa ver suspensa essa cortina, retirado êsse véu, e nos conhecermos, nossa verdadeira, nossa imortal individualidade, como coexistente com nosso criador! A Ciência divina nos revela essa coexistência agora, para nosso esclarecimento, encorajamento e feliz liberdade. Vamos reclamá-la e demonstrá-la.

Que não nasce e jamais morre —é esta a verdade em relação ao homem, e para compreendê-la e demonstrá-la, temos que remontar à preexistência do homem e reivindicar tudo que a ela pertence. Temos que reivindicar a continuidade da perfeição que pertence a cada um de nós como reflexo perpétuo da Mente perfeita, a emanação do Amor divino.

É importance começar corretamente. Ponderemos, pois, sôbre a causa espiritual e, com respeito e exultante gratidão, demonstremos o que uma compreensão da origem espiritual do homem significa para nós. Dêsse ponto de partida, cada um de nós pode declarar, com “Meu antecedente, como idéia e reflexo de Deus, é inteiramente satisfatório. Sou o efeito da causa espiritual ùnicamente. Minha natureza, portanto, é inteiramente espiritual, semelhante a Deus, perfeita e completa. Sempre foi, é agora, e sempre será. Minha origem é a perfeição, e a continuação desta perfeição é minha imortalidade.”

Mrs. Eddy nos mostrou que a visão verdadeira que nosso Mestre tinha da perfeição espiritual e eterna do homem foi a base do seu maravilhoso ministério de cura. Não deveríamos todos achar tão confortante quaõ encorajador desviarmo-nos da falsa evidência do senso material, ponderar a origem e a eterna perfeição do homem, identificando-nos e o próximo com essa perfeição? A perfeição é a verdade do nosso ser, e é poderosa!

Devemos nos esforçar, constantemente, em ver-nos através das lentes do Espírito. Quão animadoramente nossa Líder expõe isto em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea), página 129: “Quão engrandecido é o homem visto através das lentes do Espírito, e quão contraposta sua origem no pó, e como êle avança para o seu original, jamais separado do Espírito!” Ver nós mesmos, o universo e tôdas as coisas não mais “através de lentes escuras”, mas através da lente do Espírito, há de dissipar a névoa do sonho-de-Adão, e a realidade de tôdas as coisas virá à luz.

A Bíblia relata que de um redemoinho Jó ouviu a voz de Deus dizendo-lhe (Jó 38:3, 4): “Perguntar-te-ei, e tu me ensina. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.“ Esta exigência divina, não está ela se fazendo ouvir agora, pedindo uma correta compreensão e reconhecimento de nossa preexistência e coexistência com o nosso Criador?

À medida que tudo que essa exigência inclui fôr se revelando ao nosso pensamento, passaremos a poder responder com inteligência àquela momentosa pergunta, “Onde estava tu?” com jubilosa convicção (Jó 38:7): “ ‘Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam’, aí estava eu.”

Senhor, “aí estava eu”!

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / outubro de 1956

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.