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O Resplendor da Alma

Da edição de abril de 1956 dO Arauto da Ciência Cristã


A Christian Science
Nome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã. mostra como cada um de nós pode ver e experimentar beleza e formosura em sua vida por meios espirituais, não materiais. Ela ensina que a beleza não deve ser procurada na matéria e nas condições materiais, porque estas são irreais, uma vez que Deus, Alma, é Tudo, e, no Seu infinito resplendor, se encontra a plenitude da perfeição refletida. A espiritualidade é o caminho para a verdadeira realização, e não a materialidade. Espiritualidade não significa frialdade, mas sim inteireza, e, quando nos volvemos das ilusões do sentido material para os fatos da Alma, ganhamos em vez de perdermos e experimentamos redenção, não privação.

As vidas daquêles que abandonam um falso sentido material de existência e aceitam Deus, Alma, como sua Vida, não são áridas, mas cheias de alegria e produtivas, porque a Alma derrama sôbre todos o resplendor da beleza e da imortalidade e a todos comunica a glória do ser espiritual. Tôda a vasta criação da Alma é perfeita e reflete imperecível beleza divina. Nada pode desfigurar essa formosura, pois não há outro poder que o Amor divino, e, por conseguinte, nada existe capaz de estragar ou de destruir o que Deus criou.

A côr é um atributo da Alma, e seus matizes divinos iluminam todo o universo. As côres infinitas da Alma são imarcescíveis e imperecíveis, e nada pode toldar-lhes a beleza ou nublar-lhes os matizes, porquanto Deus é sua fonte. Não pode haver côres sombrias nas criações de Deus, que jamais perdem sua louçania e beleza. A descrição que se encontra no livro do Apocalipse, referente à grande cidade, a santa Jerusalém, não é um quadro simbólico da beleza e formosura espirituais da perfeita consciência divina? A cidade está descrita como tendo "a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente" (Apocalipse 21:11).

Um Deus perfeito jamais poderia criar fealdade. A Mente perfeita tem de expressarse em idéias perfeitas, e as formações da Alma têm de ser harmoniosas e simétricas. Tôdas as identidades encontram-se na Alma e são seu reflexo imutável. Como explicar, então, a aparente fealdade, deformidade, e decadência que parecem apresentar-se tão freqüêntemente? A Christian Science ensina que, desde que não são formações da Alma — desde que não são criadas por Deus — não são reais, mas têm apenas uma existência aparente como ilusões dos sentidos físicos, assim chamados. Sua natureza ilusória é descoberta e destruída pelos factos da Alma. No livro Science and Health With Key to the scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), Mary Baker Eddy escreve às páginas 243, 244: “Visto que Deus é bom e a fonte de todo ser, Êle não produz deformidades morais ou físicas; portanto, tais deformidades não são reais, mas sim ilusões, a miragem do êrro. A Ciência divina revela êstes grandes fatos. Sôbre tal base Jesus demonstrou a Vida, nunca temendo o êrro nem lhe obedecendo, fôsse qual fôsse sua forma."

Uma vez que a Alma é Deus, só pode haver uma Alma, e o reflexo da Alma é o homem e o universo. Do ponto de vista humano, temos que reivindicar essa Alma divina como nossa e refletí-la cada vez mais em nossa experiência. É necessário um esfôrço constante e consagrado para purificar e espiritualizar o pensamento, expressado num modo de pensar santo e num modo de viver limpo.

Quando, mediante o sentido espiritual, percebemos mais claramente que Deus é nossa Alma, e refletimos, assim, mais completamente a beleza da santidade, divisamos cada vez mais a beleza infinita que nos rodeia. A terra de que estamos conscientes tornar-se-á mais linda para nós à medida que nosso sentido espiritual se desenvolve. Notaremos mais as variações da luz, os matizes da côr, a grandeza das montanhas, o esplendor da água, a beleza das árvores, a formosura das flores, ao passo que nossa compreensão da Alma aumenta. Mrs. Eddy diz no Science and Health, à página 264: "À medida que os mortais adquirem conceitos mais corretos de Deus e do homem, inumeráveis objetos da criação, até então invisíveis, se farão visíveis." Podemos, então, repetir, com maior compreensão, as palavras dela no livro Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), a respeito das belezas do universo sensório e dizer com ela (pág. 87): "Amo sua promessa; e conhecerei algum dia a realidade e substância espirituais da forma, luz e côr daquilo que agora percebo obscuramente; e com tal conhecimento ficarei satisfeito."

A infinita beleza espiritual nos cerca por todos os lados. Não temos, por assim dizer, tanta necesidade de embelezar o mundo quanto de expressar mais acêrca da Alma, e nesta irradiação nos tornarmos mais conscientes da verdadeira beleza que existe. Não temos, principalmente, que tornar bela a matéria. Por mais bela que pareça aos sentidos materiais, a matéria sempre é um conceito errôneo e está separada da verdadeira beleza. A côr viva da rosa não está naquêle objeto material. Sue delicada fragrância, sua graciosa forma, a profundeza de sua formosura, residem na Mente, não na matéria, e, somente quando reclamamos e aceitamos essa Mente, Alma, como nossa, começmos a lobrigar a verdadeira beleza que é o resplendor da Alma divina. Para um mortal, cujo sentido da Alma não está desenvolvido, a rosa não tem atrativo. Para outro mortal, cuja maior espiritualidade lhe permite refletir a Alma de modo mais completo, a rosa é irresistìvelmente bela. Tôda beleza e formosura estão em Deus, a Alma do homem, nunca na matéria.

A beleza da Alma é eterna. O resplendor da Alma divina é uma formosura imortal, que jamais envelhece, jamais decai, mas se revela para sempre em novas e mais elevadas perspectivas de resplendor espiritual e magnificência divina. À proporção que espiritualizamos nosso pensamento, nossa pureza crescente se irradiará a todos em tôrno de nós. A glória áurea que o sol derrama sôbre todos os esplendores da terra, simboliza o governo do Alma. A Alma lança sôbre todos que ela avista, seu resplendor de formosura.

Nesta luz sublime, nosso senso de inimigos, tal como todos os pensamentos feios, desaparece, enquanto sôbre nossos amigos aparece uma auréola maior de formosura. À medida que irradiamos a beleza da Alma, nosso lar se reveste de crescente encanto e graça, e não mais permitimos que as sombras da pobreza e da deterioração permaneçam. No resplendor da beleza da Alma nossas igrejas cintilam com luz mais clara, fulguram com maior vigor, são enriquecidas com uma côr mais quente.

Esforçando-nos constantemente por espiritualizarmos o pensamento e concebermos o parentesco que existe entre o homem e Deus, vemos com clareza cada vez maior o glorioso resplendor da Alma, sua beleza e majestade eternas, sua luz e formosura ininterruptas, refletidas em resplendente côr e forma primorosa. Então, a paz e a nobreza da Alma se mostrarão na brandura de nossa expressão facial; a alegria e felicidade da Alma fulgurarão através de nossos sorrisos e dos tons de nossas vozes; a graça e elegância da Alma encontrarão expressão no apuro e no donaire de nosso traje e de nossa aparência; a doçura e pureza da Alma serão visíveis na cortesia e graciosidade de nosso procedimento.

Quem expressou a beleza da Alma melhor que Cristo Jesus? Suas obras de cura, sua nobreza, sua fôrça infalível, sua cortesia, a beleza e a graça de suas palavras, eram o resplendor da Alma, Deus. Uma pessoa que conheceu nossa amada Líder escreveu a respeito dela no livro We knew Mary Baker Eddy, Second Series (Conhecemos Mary Baker Eddy, Segunda Série), às páginas 14, 15: "A palavra 'transparência' parece a melhor para exprimir minha lembrança da aparência pessoal de Mrs. Eddy.. .. Considero um acontecimento abençoado o ter eu visto êste resplendor da Alma, esta glória da imortalidade deixada intacta pelo tempo."

No esfôrço por apreender mais dêste resplendor da Alma, podemos orar com maior compreensão nas palavras do Salmista (Salmo 90:16, 17): "Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sôbre seus filhos. E seja sôbre nós a formosura do Senhor, nosso Deus."

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