Jesus estava bem familiarizado com a letra da lei judáica, a qual havia estudado a fundo desde a infância. O relato bíblico nos diz que, aos doze anos, foi achado "no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os" (Lucas 2:46). O relato continua: "Todas os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas."
Tão grande era o respeito de Jesus à lei, que, no seu Sermão da Montanha, chegou até a declarar com grande autoridade (Mateus 5:18): "Até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido." Nesse capítulo, Jesus freqüentemente citava a letra da lei, mas teve o cuidado de salientar a importância do espírito, que está por trás dela, e a necessidade de observar tanto o espírito como a letra. Por exemplo, depois de referir-se à lei que proíbe o assassínio, Jesus disse: "Eu, porém, vos digo, que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juizo." Posteriormente, deu a injunção positiva de amarmos os nossos inimigos. E a lei que proíbe o adultério, êle a expandiu para que incluisse o julgamento pela impureza de pensamento.
Paulo, aludindo à fraqueza da letra apenas, escreveu aos Coríntios (II Cor. 3:6): "A letra mata, e o espírito vivifica." E Mary Baker Eddy, a devota seguidora de Jesus, também foi capaz de penetrar a letra da lei e compreender o espírito em que a lei devia ser lida e observada. Por conseguinte, quando Mrs. Eddy escreveu o Manual of The Mother Church (Manual da Igreja-Mãe), confiava em que seus discípulos não só iriam familiarizar-se bem com a letra dêsses ses regulamentos, mas também os compreenderiam, de modo que uma pronta observância da letra e do espírito seria aceita como requisito para o bom êxito do trabalho de igreja e o de cura.
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