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Deus e o Homem

Da edição de outubro de 1961 dO Arauto da Ciência Cristã


De um modo teórico geral, a ciência e a filosofia estão de acôrdo que todos os efeitos conduzem, finalmente, a uma causa primária única, mas quanto à natureza dessa causa não estão de acôrdo. E no entanto, em tôrno dêsse ponto fundamental giram a compreensão do universo e o bem-estar da humanidade.

As ciências materiais, que partem da suposição de que a realidade, soma total de todo efeito real, seja material, acreditam que a causa primária de tôdas as coisas seja algum poder físico. Elas afirmam que a disposição ordenada do universo visível deve-se tão só ao funcionamento de leis físicas. Esta suposição atribui à inteligência—o oposto do físico—um papel secundário e parece explicar que ela é meramente uma propriedade da matéria, que mora nela e depende dela. A Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã. esclarece essa confusão, fornecendo provas visíveis de que a inteligência, a Mente divina, ou Deus, é primária, que ela é a única causa eternamente ativa, o poder governante de tudo o que existe.

A verdade sôbre a causa primária e seu efeito é a verdade sôbre a criação, que inclui o homem. O raciocínio da Christian Science no que concerne à causalidade começa com o fato obvio de que a causa primária inclui o poder de expressar-se a si mesma. Esta expressão de si mesmo, ou efeito, está completamente identificada com sua fonte. Por isso, a causa primária é criadora, e seu efeito, ou resultado, é sua própria semelhança.

A causa, se é primária, também é uma só e única; ela não pode ser limitada em local, duração, ou ação; ela é infinita e eterna. Por ser eterna, ela não tem nenhum elemento destrutivo e portanto é inteiramente boa e perfeita. Sua expressão também é ilimitada em presença, permanência e perfeição, e êsse efeito infinito é sua manifestação plena, ou reflexo.

Essa causa eterna, ou criador, não pode ser uma fôrça material ou mecânica, pois forçosamente deve ter existido antes daquilo que aparenta ser uma criação material finita; de fato, ela existe e funciona de todo independente da matéria. A existência mesma da inteligência, da consciência e da harmonia sugere que a natureza da causa criadora é a própria Vida, a origem e a essência de tudo o que realmente existe. A causa primária, portanto, não tem corpo material, mas apesar disso não deixa de ser inteiramente identificável em têrmos de sua própria natureza espiritual. A Christian Science dá a resposta plenamente satisfatória, porque pode ser provada, por sua revelação de que a causa primária é Deus. A definição plena de Deus é dada pela Descobridora e Fundadora da Christian Science, Mary Baker Eddy, no livro Science and Health with Key to the Scriptures—Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras—(p. 465) nestas palavras: "Deus é Mente, Espírito, Alma, Princípio, Vida, Verdade, Amor, incorpóreos, divinos, supremos, infinitos." Deus é o criador e o sustentador de Seu efeito infinito ou expressão, o universo espiritual que inclui o homem real ou espiritual.

Que é êsse homem espiritual? Perguntemos: O que é que realmente nos atrai uns para os outros? Não serão as belas qualidades morais que constituem o caráter de um homem bom que está caminhando para a expressão mais completa de sua verdadeira ou perfeita entidade espiritual, entidade da qual, no melhor dos casos, o mortal material não é senão a representação inadequada e falsa?

A Bíblia registra o anseio contínuo da humanidade pela compreensão da verdadeira natureza de Deus e do homem. Essa busca, evidenciada pelo crescente reconhecimento da natureza espiritual da Deidade, está relatada no contexto da história dos israelitas, os mais bem conhecidos monoteístas da antiguidade.

Visto que Deus é a causa única e o criador único, a natureza de Deus determina a natureza da própria realidade. A natureza de Deus pode ser provada, e êsse fato tira-a do reino da especlação filosófica e da teorização religiosa e põe-na fora do alcance das doutrinas feitas pelo homem e a coloca no reino da verdade.

A Verdade existe por si mesma e se sustenta por si mesma; ela é substância eterna. Ela inclui tudo o que é real, tudo o que de fato é poder, e nada mais. Compreender a maravilhosa bondade e a seqüência ininterrupta da Verdade é amála e desejar viver por ela.

A Verdade não pode abençoarnos a não ser que nos demos conta dela e cedamos a seu apêlo. Fazer com que nos demos conta da Verdade é função do Cristo. A palavra grega Christos, traduzida "Cristo", significa "o ungido" ou, nesta aplicação, a Palavra ungida ou mensagem de Deus. Mrs. Eddy explica que "Cristo é a idéia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana" (ibid., p. 332).

Anunciar o Cristo e provar a verdade sôbre Deus e o homem que o Cristo inclui era a missão de Cristo Jesus. Seu caráter puro, divino, e sua compreensão da verdade sôbre o ser estabeleceram para todos os tempos o mais alto conceito sôbre o homem, e dêsse modo êle mereceu o reverencioso título de Guia. Êle provou a realidade exclusiva daquilo que Deus criou, curando os enfermos, os mentalmente doentes, os moralmente depravados; mudando a carência em abundância e restaurando à vida os mortos. Êle disse: "Aquêle que crê em mim, também fará as obras que eu faço" (Bíblica inglêsa, João 14:12).

O Princípio divino, origem das obras de cura que Jesus fazia e fonte do poder que as apoiava, foi descoberto por Mrs. Eddy na segunda metade do século dezenove. Essa descoberta, baseada como está num Princípio divino claramente definível, é Ciência, que pode ser ensinada, percebida e demonstrada. Mrs. Eddy denominou-a Christian Science e explicou-a plenamente em têrmos adequados à nossa época, no livro-texto Science and Health e em seus outros escritos. Desde então, a Christian Science tem encontrado aceitação por parte de muitos pensadores em quase todos os países do globo.

A Christian Science ensina que Deus é Mente divina a que o homem é Sua idéia. Como não há senão um Deus infinito, em realidade não há senão uma espécie de homem: o homem espiritual, perfeito, imortal. Embora êste fato espiritual básico seja contraditado pelo testemunho do sentido material, pode ser claramente compreendido pelo sentido espiritual.

Num dos belos cantos religiosos do Livro dos Salmos (8:4-6) a pergunta, "Que é o homem para que dêle te lembres? e o filho do homem, para que o visites?" é respondida nestas palavras enaltecedoras: "Fizeste-o [o homem] pouco menor do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fizeste com que tenha domínio sôbre as obras das tuas mãos; e sob seus pés tudo lhe puseste." E, em Science and Health, sob o título marginal "Discernido o homem de Deus", a Christian Science ensina (pp. 258, 259): "Pelo sentido espiritual podeis discernir o coração da divindade, e começar assim a compreender na Ciência o têrmo genérico homem. O homem não é absorvido na Deidade, e o não pode perder sua individualidade, porque reflete a Vida eterna; nem é êle uma idéia isolada, solitária, pois representa a Mente infinita, a soma de tôda substância."


Avisos sôbre conferências vindouras encontram-se na página 65 (à direita).

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