A alegria que o mundo associa aos Cientistas Cristãos e dêles espera, não é uma espécie de felicidade superficial. É um resultado inevitável do provar a Ciência do ser.
Quando Jesus disse: “A vossa alegria ninguém poderá tirar” (João 16:22), êle não estava falando de sorrisos superficiais nem de divertimentos superficiais, mas daquela alegria profunda e íntima que resulta do saber que o homem é filho amado de Deus.
Em “Não e Sim”, Mrs. Eddy faz uma declaração que por certo, levou muitos a esquadrinharem seus corações. É a seguinte (p. 20): “O Amor sempre-presente deve parecer sempre ausente ao sempre- -presente egoísmo ou sentido material.” Uma alegria vacilante e a falta de gratidão só podem então ser atribuídas, em última análise, ao egoísmo —à preocupação com um falso sentido do pseudo eu, nosso próprio, ou de outros.
Mas, às vezes, o coração exclama: “Mas eu dei tudo; é inútil! Minha obra não é apreciada; meu afeto não é desejado; meus motivos são desvirtuados.” É aqui que devemos lembrar-nos da presença eterna do Amor divino. “Conhecidas de Deus são tôdas as suas obras” (Atos 15:18; adaptação ao inglês). A Mente, que, ela mesma, é Amor, compreende suas idéias porque a tôdas criou. “Por tua vontade são e foram criadas” (Apocalipse 4:11).
Assim, nossa necessidade é conhecer melhor o homem criado por Deus, é renunciar aos esforços e aos desejos que a mente mortal talvez diga serem nossos, e persistir em declarar que aquilo que Deus nos diz é verdadeiro a respeito de nossa própria individualidade espiritual. “Embora nossas primeiras lições mudem, se modifiquem, se ampliem, seu núcleo se renova constantemente”, assegura-nos nossa Líder em Retrospection and Introspection — Retrospeçção e Introspecção — (pp. 81, 82).
Não importa qual a soma de verdade que tenhamos conhecido, não importa quão claramente tenhamos visto o homem perfeito, não importa quão perto nos tenhamos sentido junto de Deus, Amor divino, a lição é sempre para que conheçamos mais. E sempre haverá mais, porque Deus é infinito. E neste conhecimento da perfeição reside a alegria.
A articulista experimentou grande desenvolvimento pelo estudo atento dos sete sinônimos de Deus, usados por Mrs. Eddy na página 465 do livro Science and Health — Ciência e Saúde — e pela anteposição das palavras “um só” (“uma só”) a cada um dêles. Uma só Alma, portanto uma só consciência divina; uma só Mente, portanto uma só inteligência perfeita; uma só Verdade, portanto um só julgamento e um só relato; um só Amor, portanto uma só fonte de inspiração; um só Espírito, portanto uma só presença; uma só Vida, portanto uma só ati- vidade; um só Princípio, portanto um só governo. Saber que há uma só espécie de homem, o homem criado por Deus; uma só espécie de lar, a consciência de estar sempre na presença do Pai-Mãe; uma só espécie de testemunho, a evidência do sentido espiritual, é perceber que nossa alegria está fortalecida.
Numa ocasião em que a articulista se sentia como que debaixo de uma pesada núvem, ela esforçou- -se por descobrir o que é que tinha a pretensão de estar exercendo pressão sobre ela — condenação, decepção, ou... De repente ela parou e declarou, “Ora, eu não posso estar debaixo de coisa alguma a não ser debaixo do Amor de Deus.” E com isso veio a luz da alegria, que foi aumentando à medida que ela continuava a considerar as únicas condições ou circunstâncias sob as quais o homem poderia estar. Um dos versículos mais confortadores que ela achou ao procurar as referências relacionadas com as palavras “sob” ou “debaixo de” foi (Rute 2:12): “O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.”
Novamente a lição da unidade! E como é maravilhoso que, conquanto essencialmente a mesma, é sempre nova. Em verdade, nossa Líder escreve (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea p. 195): “Sabe-se, por fim, que a Christian Science não é nenhuma miserável prestidigitação ideal, pela qual nós, pobres mortais, esperamos viver e morrer, mas sim um novo fôlego profundo que tomamos de Deus, por quem e em quem o homem vive, se move e tem seu ser imorredouro.”
Não deveríamos considerar cada experiência em que aprendemos mais a respeito de Deus e Seu homem, cada momento em que declaramos compreensivamente alguma verdade, como um fôlego novo que a Christian Science nos está dando da Vida mesma? E, por certo, podemos exigir, visto que Mrs. Eddy descreve a Christian Science como “um novo fôlego profundo que tomamos de Deus”, uma constante renovação de inspiração e uma alegria sustentada em nossas vidas.
Os resgatados do Senhor tornarão, e virão a Sião com júbilo: e alegria eterna haverá sôbre as suas cabeças: gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.— Isaías 35:10.
