Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Sejamos Gratos Recebedores

Da edição de abril de 1968 dO Arauto da Ciência Cristã


A maior parte das pessoas aceita a verdade da afirmação de Cristo Jesus citada pelo Apóstolo Paulo: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:35). Mas alguns podem não saber quanto somos abençoados aprendendo como receber corretamente e podem não compreender que requer tanto amor e desprendimento ser um grato recebedor como ser um grato doador.

Muitas vêzes nos limitamos em dar porque não aprendemos primeiro a receber com espírito correio. A Ciência Cristã ensina que o homem, o reflexo de Deus, o Amor, é o recipiendário necessário da abundância do bem de Deus e recebe espiritualmente tudo o que o Amor divino dá. Receber com amor envolve um elevado sentido de dar, o dar gratidão, que espontâneamente reconhece a infinita provisão de Deus para o homem e sempre nos enriquece. Em Ciência e Saúde, de Mrs. Eddy, lemos (p. 3): “Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então nos aproveitaremos das bênçãos que temos e assim estaremos preparados a receber mais. A gratidão é muito mais do que uma expressão verbal de agradecimento. Os atos exprimem mais gratidão do que as palavras.”

A medida que vemos que todo bem vem de Deus, que dá a todos imparcialmente, não somos tentados a invejar. Nem somos tentados pelo orgulho, êsse falso sentido procedente do egoísmo, a recusar presentes ou qualquer forma de ajuda que possamos usar corretamente. Quando a sabedoria dirige, aceitamos os mesmos com gratidão, reconhecendo o bem que se origina no Amor divino. Lemos em parte de um hino do Christian Science Hymnal (Hinário da Ciência Cristã, hino n° 224):

O bem, de onde possa vir,
a fonte tem em Ti;
pois tudo tenho sem medir
se Deus é Deus para mim.

Uma vez que o Cientista Cristão sabe que sua herança espiritual é inexaurível, é natural para êle viver constantemente na expectativa de receber o bem. Êle sabe que, tanto quanto o sol, o bem não é uma possessão pessoal. É apenas a assim-chamada mente carnal, egoística, que nos desejaria fazer acreditar que somos criadores pessoais dependentes de nossa própria engenhosidade humana para prover suprimento e bem-estar.

O bem nunca se origina na matéria ou em mortais; de fato, não há um bem material. Lemos na Bíblia (Tiago 1:17): “Tôda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança.”

Nosso Mestre, Cristo Jesus, foi o mais grato recebedor que o mundo já conheceu. Éle reconhecia indubitàvelmente a importância de ser grato e esperava o bem em tôda parte. Às vêzes expressava graças a Deus antes que a necessidade humana tivesse sido atendida. Antes de ressuscitar a Lázaro do túmulo, êle disse (João 11:41, 42): “Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves.”

Os pais deveriam gravar em seus filhos, mesmo quando ainda pequeninos, a importância de dizer “Muito obrigado”. Quando êles instilaram nêles que é o Amor divino que supre a êles todo o bem, e que precisam ser sempre gratos por tudo o que recebem, transformam-se em mulheres e homens gratos. É normal e natural para crianças serem humildes e agradecidas, ansiosamente aceitando qualquer amor que se lhes ofereça.

A afirmação de Jesus, que encontramos em Lucas (18:17): “Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará nêle”, poderia muito bem ser parafraseada “Quem não receber o reino do bem humildemente como uma criança, como vindo diretamente de Deus, não está preparado para receber os seus benefícios.”

Quando a autora era uma estudante nova de Ciência Cristã, ela aprendeu que o verdadeiro suprimento sempre vem a nós por meio de idéias espirituais. Não é a vontade de Deus que qualquer um de nós tenha falta de qualquer conceito necessário. Ela aprendeu também que o verdadeiro suprimento é espiritual, e vem sempre diretamente de Deus, mesmo quando êsse suprimento pareça vir a nós humanamente, por meio de muitos canais diferentes.

Por compreender a verdade encontrada no hino já mencionado neste artigo, tornou-se possível a ela ver que mesmo quando suas necessidades foram atendidas através de presentes de parentes e amigos, a verdadeira fonte do amor que trouxe êsses presentes era o Amor divino. Assim foi-lhe possível aceitálos com alegria, sem nenhum pensamento de orgulho ou de falso senso de obrigação. Às vêzes, por exemplo, quando não tinha dinheiro para reabastecer seu guarda-roupa, o amor sempre atendia às necessidades com roupas atraentes. E mesmo que fossem usadas, estavam sempre em excelentes condições e muitas vêzes aquilo que pessoalmente também teria escolhido.

Quão grata e próxima de Deus se sentia! À medida que sua gratidão aumentava, ela pôde dar a outros a mesma ajuda que havia recebido.

A autora sente agora que é muito recompensador ser capaz de ajudar a outros, mesmo que seja em pequenas coisas práticas, mas será sempre especialmente grata por ter aprendido a receber com espírito correto. Realmente é uma bênção ser capaz de dar, mas é também uma bênção ser capaz de receber com gratidão, alegria e humildade, o que o Amor divino tem para oferecer.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 1968

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.