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Reservemos Tempo para Orar

Da edição de janeiro de 1971 dO Arauto da Ciência Cristã


Qual, poderíamos perguntar, seria uma porção razoável de tempo para dedicar diàriamente ao estudo da Ciência Cristã? Respondemos: “Tanto tempo quanto seja necessário para manter nossa demonstração de consciência espiritual.” Mrs. Eddy declara ( Miscellaneous Writings — Escritos Diversos, p. 230): “O êxito na vida depende do esfôrço persistente, do aproveitamento melhor de momentos, mais do que de qualquer outra coisa.” E acrescenta: “Se desejamos ter êxito no futuro, devemos aproveitar ao máximo o presente.”

O despertar espiritual é uma experiência individual e é o objetivo supremamente importante de nossas vidas. Através da dedicação ao estudo e à prática da Ciência Cristã, emergimos gradativamente do sonho sensório de vida na matéria, para a liberdade radiante da compreensão espiritual. Isso requer tempo e esfôrço devotado de cada estudante dessa Ciência.

Os ensinamentos de Cristo Jesus eram todos dirigidos ao indivíduo. Ensinou que cada um deve pedir, se deseja receber. Procurar, se quer encontrar, e bater, se a porta deve ser aberta. Jesus mostrou que o reino de Deus, ou a consciência espiritual, está dentro em nós e será encontrado sòmente através do esfôrço individual persistente. Podemos receber ajuda de outrem, tal como na escola um aluno de matemática é ajudado por seu professor; mas conseguir compreensão, quer seja de matemática, quer seja de verdades espirituais, é nossa própria responsabilidade. O Mestre nos mostrou o caminho para o reino, e a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mrs. Eddy, é nossa Líder divinamente inspirada. Mas todos têm de palmilhar cada passo do caminho.

O pedido de que cada estudante da Ciência Cristã execute sua própria parte, é proferido por nossa Líder (ibid., p. 127): “Uma coisa desejei supremamente, e de nôvo peço sèriamente, a saber, que os Cientistas Cristãos, aqui e em tôda parte, orem diàriamente para si mesmos; não verbalmente, nem de joelhos, mas mentalmente, com mansidão e insistência.”

Reservando-nos o tempo para vigiar e orar, podemos superar a tentação de ficarmos doentes ou de sermos pecaminosos, empobrecidos ou decrépitos. Não importa desde quando estudemos a Ciência, nossa vigilância e oração continuam a ser uma necessidade diária, uma atividade alegre e constante. Presentemente, não superamos nossa necessidade humana de comida e bebida diárias. Nem tampouco superamos nossa necessidade de sustento espiritual diário.

O articulista percebeu, através de longa experiência, que quando põe o estudo sistemático diário da Ciência Cristã em primeiro lugar, como uma obrigação, tôdas as outras responsabilidades se encaixam no devido lugar. As nossas horas matutinas dedicadas a Deus devem estabelecer um padrão para o dia inteiro. Os Cientistas Cristãos, sabendo que Deus é Princípio, têm de ser naturalmente disciplinados e cumpridores da lei. Uma atitude sistemática ajuda a coordenar as atividades do dia. Reservar-se tempo para si mesmo é ser fiel a si mesmo. Nossa Líder cita estas linhas de um escritor de hinos sacros, Horatius Bonar ( Miscellaneous Writings — Escritos Diversos, p. 338):

Sê fiel a ti mesmo
se a verdade queres ensinar ;
tem de vibrar a tua alma
se a outrem queres alcançar;
só um coração transbordante
dará aos lábios o dom de se expressar.

Reservando tempo para nós mesmos, para estudo e oração, podemos amealhar tesouros no céu, como o Mestre ordenou, enriquecendo espiritualmente não só a nós mesmos, mas a todos os que se voltam a nós em busca de ajuda. Precisamos, entretanto, primeiro ajuntar a semente para nós mesmos, se queremos semear para outros. Negligenciar o nosso bem-estar espiritual é, num certo sentido, negligenciar a todos. A ignorância do eu deixa-nos expostos ao inimigo, à usurpação do sentido pecaminoso. Sòmente pelo sentido espiritual podemos dar-nos conta da verdade protetora desta declaração do Salmista (Salmos 18:2): “O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a fôrça da minha salvação, o meu baluarte.”

São necessários tempo e esfôrço devotado para equipar a fortaleza da consciência humana. Os atacantes formam uma legião. A apatia, o desânimo, o ressentimento, o mêdo e a dúvida gostariam de passar em massa por nossos portais desguarnecidos. Para impedir isso, demos atenção diária às nossas defesas espirituais, Cristo Jesus declarou (Mateus 24:43): “Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fôsse arrombada a sua casa.”

A Ciência Cristã ensina que a afirmação devotada da verdade e a negação do êrro são partes importantes de nosso armamento espiritual contra a má prática mental, ou sugestões agressivas de qualquer espécie. Devemos afirmar, mental e audìvelmente, a totalidade de Deus e a perfeição do homem. Devemos negar inteligentemente tudo o que é dessemelhante de Deus, o bem, inclusive tôda consciência mortal, a matéria, a doença, o pecado e a morte. Essa é a verdadeira oração. Oramos por nós quando nos ajustamos “mentalmente, com mansidão e insistência” aos sérios apelos de nossa Líder, feitos através de seus escritos, a todos os seus alunos.

Estamos defendendo nossa herança espiritual, quando permanecemos na luz da consciência espiritual. Aí a escuridão da animalidade não nos pode alcançar. Êsse fato é retratado de maneira primorosa no poema de Mrs. Eddy, Christ and Christmas (Cristo e o Natal). Sob o título “Procurando e Encontrando” (p. 17), uma gravura mostra uma mulher sentada a uma mesa, lendo a Bíblia Sagrada. Perto dela, há uma vela acesa. Perto e atrás de si, uma serpente enrodilhada está pronta para dar o bote. Entretanto, a mulher e a Bíblia estão envoltas pela luz que passa através de uma clarabóia. A serpente, na escuridão, não a toca. O articulista vê nisto a luz, ou revelação da Ciência divina, na qual o mal não pode penetrar. A Ciência Cristã revela que a serpente, ou o mal, é o sentido corpóreo ou a crença falsa.

Como estudantes de Ciência Cristã, é nosso privilégio permanecer na luz da compreensão espiritual. Nosso eu real ou individualidade não é governado pelo sentido corpóreo, mas pela Alma, e diàriamente necessitamos reconhecer isso.

É necessária a consagração espiritual para que nos reservemos tempo, periòdicamente, para afastarmo-nos de nossos assoberbantes deveres humanos. Temos de entrar em nosso aposento mental e fechar a porta. Então podemos saber que a oração em secreto é recompensada abertamente. Vemos os sinais que se seguem — inspiração, animação, atividade sem esfôrço, cura espiritual — à medida que nossa habilidades latentes são postas em liberdade. No tranqüilo santuário do Espírito, mantenhamos audiência com nosso Pai-Mãe Amor. Então nossa graça e zêlo recém encontrados alcançarão a todos.

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