Os estudantes de Ciência Cristã descobrem que à medida que declaram e afirmam as verdades espirituais acerca do ser real, científico, essa atividade por si só os compele a condenar e negar o mal, ou o erro. Eles têm de provar que a onipotência de Deus exclui a possibilidade de um poder secundário, oposto ou divisório. À medida que aceitarem e aplicarem essa verdade em sua experiência individual, eles compreenderão que seu pensamento não pode ser mesmerizado ou superado pelas ameaças do mal.
Cristo Jesus não era influenciado pelas maquinações da mente mortal, uma mente separada de Deus. Por isso era mais perspicaz quanto às insinuações da mente mortal, imediatamente as reconhecia pelo que eram, e as rejeitava. Ele para sempre denunciou o mal impessoal (o erro) com estas conhecidas palavras, que dirigiu aos seus adversários: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe aos desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade” (João 8:44).
Talvez pareça mais amável, ou ao menos mais fácil, continuar meramente sabendo que apenas o bem existe. Mas isto é apenas a metade do trabalho a ser feito. Jesus demonstrou o poder curativo que consiste em afirmar a totalidade e bondade de Deus, e negar o mal. Esse método certamente está sendo provado hoje em dia, na vida dos Cientistas Cristãos ativos.
Mrs. Eddy faz esta declaração clara e concisa: “O erro não condenado não é anulado. Devemos condenar a pretensão do erro em todas as fases a fim de provar que ele é falso, e portanto, irreal” (Message to The Mother Church for 1901 — Mensagem para A Igreja Mãe, 1901, p. 15). Não aparece uma pessoa, ou pessoas, nessa afirmação. Em outra parte ela escreve: “O mal é uma qualidade, não um indivíduo (Não e Sim, p. 23).
O Cristo, a Verdade, rejeita tudo o que é dessemelhante de Deus. Jesus não se preocupava em ofender as pessoas, quando se esforçava para destruir o erro. Se quisermos seguir suas ordens temos de seguir seu exemplo. Uma posição corajosa abre o caminho para os outros. Problemas não resolvidos mostram falta de vontade em tomar posição a favor da Verdade. Para nosso crescimento em direção ao Espírito, é essencial provar que o mal é irreal, e que como filhos de Deus, estamos livres dele.
Não há dúvida de que uma tomada de posição firme e deliberada contra as intromissões da mente carnal exige coragem, bem como confiança na proteção de nosso Pai celeste em favor de nossa posição. Não importa quão sinceros sejam nossos motivos, qualquer apelo a um sentido material de bondade resulta na necessidade de refazer nosso trabalho ou no mínimo no adiantamento de nosso progresso. O erro se repetirá e aumentará, se não for combatido.
O pensamento guiado pelo Princípio divino nunca é influenciado a perdoar o mal por razões de conveniência, ambientes confortáveis, associações afins, relações familiares, condições económicas ou outras pressões. O Princípio não transige. Nem nós. O Amor divino sempre indicará o caminho e preparará cada passo.
Nunca é tarde demais para se fazer oposição ao mal ou o erro. Embora o mal, independente do nome que lhe seja atribuído, nunca seja verdadeiro, no exato momento em que é tomada a posição, ele se torna menos poderoso no pensamento do indivíduo e na mesma proporção reduz a crença que o mundo tem no poder do mal. Essa é uma tarefa primordial do estudante de Ciência Cristã.
A Verdade sempre é adequada para romper a crença noutro poder ou noutra mente separada de Deus, a Mente divina, onipotente, única. Muitos Cientistas Cristãos têm provado que numa emergência, a tomada de posição em favor da Verdade traz a vitória. O aspecto maravilhoso é que a Verdade funciona com mais eficiência do que podemos prever. Em alguns casos todo o rumo da vida foi mudado.
A própria experiência de Mrs. Eddy provou ao seu movimento a importância de expor a natureza enganosa do mal. A publicação de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras foi difícil e demorada e tinha de fato chegado a um impasse, até que ela foi divinamente impelida a incluir em seus escritos suas observações sobre o assunto do magnetismo animal.
Nunca poderemos ser suficientemente gratos a Mrs. Eddy por ter exposto a todo o mundo a ausência de poder do mal e o fato de estarmos isentos dele. O estudo e aplicação diária de seus escritos nos deixa mais alerta a não dar atividade, poder ou presença aos métodos dissimulados do mal, mas a elevar-nos em pensamento, expelindo-os assim completamente. O desconforto e ódio que às vezes aparecem quando o mal é rejeitado e exposto como impessoal e irreal, sempre resulta em progresso e melhor compreensão. O erro deve ser condenado. Então o bem necessariamente ocorre.
