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Um Convite aos Serviços da Igreja

Da edição de abril de 1973 dO Arauto da Ciência Cristã


Que conforto, que jubiloso despertar, deve ter sido para os discípulos quando, depois de labutarem sem resultado com suas redes de pescar, avistaram pela primeira vez, Cristo Jesus, o amado Mestre, nas praias do Mar da Galiléia! Parecia que eles haviam se esquecido temporariamente do mandado de seu Mestre quando ele primeiro os convocou a deixar suas redes e a segui-lo: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19). Eles haviam visto doentes serem restaurados à saúde, pecadores serem reformados, e mortos, ressuscitados à vida. Tudo isso deve ter sido para eles prova irrefutável de que a promessa bíblica do aparecimento do Messias estava sendo cumprida. No entanto, quando seu Mestre foi traído, entregue nas mãos dos judeus e crucificado, eles perderam temporariamente de vista o Cristo, sua verdadeira filiação espiritual com Deus. Depois de um período de espera que certamente deve ter sido angustioso para eles, voltaram às suas redes, mas em vão. Haviam labutado a noite toda, mas sem resultado.

Com que ternura, com que amor cheio de perdão Cristo Jesus recebeu seus discípulos quando eles voltaram para a terra! Todo o impacto, a própria santidade daquele momento acha-se registrada na simples linguagem bíblica: “Ao saltarem em terra viram ali umas brasas e em cima peixes; e havia também pão. (.. .) Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? porque sabiam que era o Senhor” (João 21:9, 12).

Acaso esse relato bíblico não contém para nós uma profunda lição, se pensamos na preparação dos serviços das igrejas da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tyann sai’ennss.? Essa preparação não se limita aos Leitores e aos indicadores, se bem que eles desempenhem um papel importante no todo, mas é uma tarefa na qual cada membro da igreja acha-se virtualmente empenhado. E prepararmo-nos para os serviços é um feliz e recompensador privilégio. Se esse trabalho for feito com fidelidade, ocorrerão curas em nossos serviços, atrairemos à nossa porta os estranhos, e nossas igrejas crescerão.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve (p. 25): “A divindade do Cristo tornou-se manifesta na humanidade de Jesus”. Quão verdadeira é essa declaração à luz do relato bíblico da reunião entre o Mestre e seus discípulos às margens do mar da Galiléia após a sua ressurreição! Sua mais elevada demonstração, que provou que o Cristo não podia ser detido em uma tumba, mas que tinha poder sobre a morte e a tumba, não lhe dava sensação de superioridade sobre seus discípulos, ao ponto de negligenciar as próprias necessidades humanas deles. Até o momento exato de sua ascensão ele persistiu em aplicar à cena humana os muitos e maravilhosos aspectos da idéia-Cristo.

Ao preparar-nos para nossos serviços de igreja, precisamos tanto da divindade do Cristo como da humanidade de Jesus. À medida que nos conscientizarmos de que o Cristo é a presença do poder de Deus, é a atividade do Amor divino na consciência humana, seremos capazes de atender às necessidades humanas de nossos visitantes. O amor que manifestamos, a compaixão que flui de nossos corações, as palavras certas ditas a um novo visitante, no momento oportuno — são provas de que aprendemos algo a respeito do Cristo. Quanto mais compreendermos como ministrar com a idéia-Cristo, maior será nossa utilidade em uma igreja filial.

Nossos serviços na igreja proclamam a Verdade, que desafia os ensinamentos da falsa teologia. Hoje, como outrora, a demonstração da cura divina é tolhida por meio de uma falsa crença de que o Cristo é uma pessoa a quem devemos seguir, em vez de a natureza divina que devemos viver e demonstrar. Devemos compreender claramente a diferença que a Ciência Cristã faz entre o Cristo, a idéia espiritual ou o reflexo de Deus, e Jesus, o mensageiro humano da Verdade. Então estaremos preparados para difundir a mensagem de cura do Cristo, a Verdade, e para atrair os corações receptivos a realizar as obras que o Mestre requeria de seus seguidores.

O Amor a Deus e ao homem, e o reconhecimento honesto das bênçãos que recebemos por meio do estudo da Ciência Cristã, nos preparam para convidar conhecidos e estranhos a assistir aos serviços da igreja. Um convite pessoal é sempre o meio mais eficaz. Estou certo de que todos nós podemos fazer mais nesse sentido, do que já fizemos no passado.

Precisamos analisar nossa hesitação em convidar os estranhos. Estaremos permitindo que a desconsideração, a indiferença, ou a timidez controlem nosso pensamento? Se buscarmos mais a fundo, veremos que é o sentido material, pessoal, que causa essa resistência antinatural. Talvez hesitemos em dizer aos outros que eles podem ser curados na Ciência Cristã, porque nós mesmos ainda não resolvemos todos os nossos problemas. Então devemos abrir os olhos para as bênçãos que já recebemos, e ser mais gratos.

À medida que a verdade do ser remover a base material de nosso pensamento e reconhecermos a presente perfeição do homem como idéia de Deus, alegremente convidaremos o estranho, contribuiremos para o êxito dos serviços de nossa igreja, e apoiaremos a causa do Cristo.

O serviço de uma igreja da Ciência Cristã é um acontecimento de máxima importância. Traz à toda a comunidade a mensagem do Cristo. Se essa mensagem chega à comunidade e dá frutos abundantes, depende certamente de quão bem nos preparamos, na condição de membros da igreja, para assistir aos nossos serviços. Temos as palavras animadoras de Mrs. Eddy em sua Message to The Mother Church for 1900 (Mensagem a A Igreja Mãe, para 1900, p. 15): “Viestes hoje à festa do Amor, e vos ajoelhais ante seu altar. Que estejais vestidos com a veste nupcial, nova e antiga, e que o toque da orla dessa veste cure o doente e o pecador!”

Assistamos, sempre, aos serviços de nossa igreja, imbuídos do espírito do Cristo, de modo que possamos ir ao encontro dos outros, com amor abnegado por toda a humanidade, estendendo-lhes, com o coração cheio de gratidão a Deus, que é o Princípio divino e que é Amor, o nosso convite: “Vinde e comei”!


Tributai ao Senhor,
ó famílias dos povos,
tributai ao Senhor glória e força.
Tributai ao Senhor
a glória devida ao seu nome;
trazei oferendas, e entrai nos seus átrios;
adorai ao Senhor,
na beleza da sua santidade.

1 Crônicas 16:28, 29

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