Muitas pessoas querem deixar de fumar. Reconhecem a servidão que acompanha tal hábito e anseiam por libertar-se dele. Muitos dos que tentaram deixar de fumar por meio de força de vontade ou de remédios materiais, não obtiveram êxito. Haverá um meio melhor de eliminar essa prática escravizante e alcançar a paz que acompanha essa libertação?
Sim, há. É voltar-se para Deus, reconhecendo que o poder de Seu Cristo, ou Verdade, liberta os homens de toda e qualquer forma de escravidão. S. Paulo sabia disso ao admoestar os Gálatas: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão” (5:1).
A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tyann sai’ennss. ensina como buscar a Deus, como conhecê-Lo melhor e como aplicar essa compreensão a fim de alcançar a liberdade. A Ciência Cristã, cuja autoridade provém das Escrituras, enfatiza que Deus, a Mente divina, o Amor, ou Espírito, tem poder infinito e governa o universo, inclusive o homem, em harmonia perfeita. O homem, a identidade espiritual de todos nós, é feito à imagem e semelhança de Deus como o afirma a Bíblia, e manifesta a fortaleza e a inteireza da Mente. Toda e qualquer forma de escravidão é contrária a Deus, ou o bem, e portanto é verdadeiramente desprovida de poder e de realidade.
Disso se segue, então, que nossa identidade verdadeira manifesta somente o bem e não pode ser vítima da mente carnal, ou mortal, e de suas pretensões de que um hábito indesejável possa ter poder inato para escravizar e para desafiar a sua correção. À medida que percebemos que o homem reflete o poder do Espírito e está dotado por Deus de alegria e vigor espirituais, está o homem preparado para resistir cientificamente ao falso desejo de fumar, e para substituí-lo pela paz e satisfação do Espírito.
Cristo Jesus sabia que o homem tem o direito divino de libertar-se. Disse ele: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Essa verdade é a compreensão de que somente Deus governa o homem. Ela dá ao homem a habilidade de manifestar a liberdade e a felicidade da Mente. E essa verdade refuta a pretensão da mente carnal de que haja prazer em fumar. O fumante que é honesto para consigo mesmo geralmente está consciente de que o aparente prazer provocado pelo cigarro é um prazer quimérico e fugaz. O verdadeiro prazer está acima da matéria e de seus liames; originase da percepção de que o Amor divino controla tudo e provê o homem de alegria, harmonia, e bem-estar incessantes.
À medida que uma pessoa for percebendo melhor que Deus é quem supre todo o bem e que o mal é impotente, ela será capaz de detectar, resistir e, por fim, destruir as várias sugestões da mente mortal que se oporiam aos esforços para deixar de fumar. Isso se consegue à medida que se afirma a onipotência do Amor e se denuncia, como irreal, qualquer hábito escravizador. Uma sugestão que é preciso rejeitar é a da procrastinação, isto é, a de deixar para mais tarde a hora de tomar uma decisão. Agora é o momento de resistir aos grilhões de um hábito errado, pois quanto mais cedo o fizermos, mais cedo obteremos a satisfação e a alegria que acompanham a vitória. O poder do Amor acha-se à disposição tanto agora como em qualquer ocasião futura.
Outra sugestão a ser negada é a de que o deixar de fumar será acompanhado de resultados desagradáveis, tais como um desejo desordenado por coisas doces, e aumento de peso. Ora, isso não precisa tornar-se verdade. Será que o Amor destruiria um hábito desagradável para, depois, punir a pessoa com conseqüências aflitivas? Não, porque o mesmo poder que desfaz um hábito pernicioso, também impedirá as más conseqüências. Quem conhece a onipotência do Amor e a impotência de tudo o que se opõe ao Amor, não estará sujeito a conseqüências aflitivas.
Às vezes, ouve-se falar a respeito da sugestão de que não se deve usar a força de vontade para resistir ao hábito de fumar, e isso é verdade, se a vontade humana é usada cegamente e por teimosia. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, afirma em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 206): “A força de vontade humana só deve ser exercida em subordinação à Verdade; senão, ela falseará o julgamento e libertará as propensões mais baixas”. É preciso mais força de vontade para fumar do que para resistir ao hábito de fumar. Opor-se a essa escravidão, apoiar-se firmemente na vontade da Mente divina que nos habilita a resistir à servidão, proporciona os resultados certos.
Alguém que deseja deixar de fumar e está disposto a fazer o esforço exigido pela Ciência Cristã, pode estar certo de obter êxito. Pode largar o desejo agressivo de fumar, graças à compreensão dada por Deus de que sua verdadeira individualidade está livre da escravidão, e está sempre sob o controle do Amor divino. O homem, por ordem divina, tem o direito de sentir “a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8:21), na qual há progresso incessante e felicidade infinita inteiramente à parte das crenças escravizantes da matéria. À medida que obtemos essa santa compreensão, nos asseguramos de estarmos livres do hábito de fumar.
