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A união da família

Da edição de junho de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


Numa Assembléia de Líderes Cristãos, realizada na cidade de Pietermaritzburg, na África do Sul, uma palestrante de destaque foi a professora Carol Cassidy. Com seus filhos já adultos, a Sra. Cassidy ficou feliz em poder retornar à sala de aulas. Ela ensina um curso de "Educação para a vida" e atua como orientadora da escola. "Com certeza, os jovens me ensinam muito", ela nos disse. "Estou constantemente aprendendo a ser mais flexível e a crescer com eles, entendendo as tendências e os desafios do mundo deles."

Em sua palestra, a Sra. Cassidy focalizou a "união na na família" e começou com uma afirmação feita numa Conferência de Bispos Anglicanos, em Londres: "A beleza da vida em família é uma das dádivas mais preciosas de Deus, e sua preservação é uma responsabilidade importante para a igreja."

A família ameaçada

A Sra. Cassidy iniciou a palestra, mostrando que a imagem tradicional da família, geralmente promovida pela Igreja, com dois pais em primeiro casamento, o pai trabalhando em tempo integral e a mãe ficando em casa, é diferente da família apresentada na Bíblia e na história. A família ampliada, com tios, avós, primos, etc., era mais a norma no Antigo Testamento e mesmo nos tempos do Novo Testamento", ela disse, "e, no Novo Testamento, encontra-se o pedido de estender o senso de família e incluir irmãos e irmãs em Cristo, independentemente do parentesco de sangue.

"A família tradicional não é mais a norma em nossa civilização e cultura ocidental, e seus valores já não são universalmente adotados", continuou a Sra. Cassidy. "Mas, se a família ruir, nossa civilização também ruirá. Jesus tinha em alta consideração os ideais de lealdade e casamento (ver Marcos 10:2–12). Atualmente, a idéia de casamento que algumas pessoas têm, é que elas cumprem um contrato até este não ser mais conveniente. Elas prometem amar-se na doença e na saúde, mas de si para si elas pensam que 'até que a morte nos separe' significa: 'eu ficarei com você enquanto você atender às minhas necessidades.'

"As mudanças na família refletem a filosofia desta época", disse a Sra. Cassidy. "Temos a filosofia modernista e a pós-moderna que exercem uma influência enorme na sociedade e na cultura ocidental. A cultura posmoderna da atualidade rejeita os fundamentos éticos e os valores morais absolutos. O pecado capital dessa filosofia é a intolerância. Tudo é verdade e nada é verdade; e, com isso, os valores cristãos são desafiados. A verdade tornou-se uma questão de gosto, e a moralidade uma questão de preferência. Você pode fazer tudo que pareça agradável. O certo e o errado tornaram-se indistintos e raramente ensinam-se os valores cristãos.

"Nossos jovens precisam entender os benefícios das escolhas morais", continuou a Sra. Cassidy. "Temos de mostrar-lhes que os valores bíblicos estão aí para proteger a felicidade deles, não para estragá-la. Certas coisas são erradas, não apenas porque a Bíblia diz que o são, mas porque elas não dão bom resultado. Nosso Criador nos deu um livro de instruções e Ele sabe o que vai funcionar para o bem e para a nossa felicidade. É preciso ensinar aos jovens as razões para um comportamento moral, precisamos ajudá-los a desenvolver uma defesa para a posição cristã."

"O perdão dentro da família é importante. A honestidade e o altruísmo também."

Arraigados na fé bíblica

A Sra. Cassidy acredita firmemente que as famílias precisam estar fundamentadas e instruídas em Cristo e na fé bíblica. Ela disse: "Os pais ainda têm a autoridade final sobre o lar. Eles podem educar seus filhos, sistematicamente, nos caminhos do Senhor, desde o momento em que eles entendem as primeiras palavras. Mesmo antes disso, os pais podem orar por eles."

Ela enfatizou a importância da devoção diária e do respeito mútuo. "As famílias precisam de disciplina", ela disse, "e as pessoas precisam saber como disciplinar. Elas precisam de instrução em comportamento e ética. Os pais precisam entender as influências da época e alertar os filhos para seus efeitos perigosos. Deveriam dar aos filhos um senso de comunidade e intimidade, sem 'acorrentá-los', por assim dizer, preparando-os para serem independentes, úteis e terem responsabilidade social."

Relacionamentos e proximidade

A Sra. Cassidy falou de como as famílias dependem de relacionamentos fortes e próximos. "Esse tipo de relacionamento", ela disse, "é favorecido por um bom casamento, baseado em princípios judaico-cristãos, e por famílias em que as diferenças e singularidades de cada membro são totalmente aceitas.

"O perdão dentro da família é importante", disse ela. "A honestidade e o altruísmo também. Precisamos ensinar nossas crianças a lidar com a raiva. Elas precisam saber que a raiva é normal, mas o que fazemos com ela é algo que precisa ser tratado de maneira cristã. Precisamos sacrificar o ego e devemos ajudar a levar a carga um do outro (ver Gálatas 6:2)."

A Sra. Cassidy admitiu prontamente que o papel da mãe, na sociedade, mudou bastante, mas ela acredita que a mãe ainda é a figura chave, que traz conforto, paz e ordem para o lar. "Com muita freqüência", ela continuou, "a mãe de hoje segue o padrão estabelecido por muitos homens — o de colocar a carreira e a realização pessoal acima das necessidades da família. Os pais de hoje são facilmente levados a acreditar que as aquisições materiais, como TVs e CDs, podem preencher o vazio criado pela ausência deles. Nada é mais importante do que a presença deles no lar e o tempo que eles dedicam aos filhos.

"As famílias precisam ter atividades em conjunto", ela adicionou. "Elas precisam celebrar ocasiões especiais e divertir-se em conjunto. Essas coisas deixam recordações. Fazer com que a pessoa se sinta especial é trabalho da família — servir um ao outro e cultivar o sentimento de ser querido e estimado. E essa responsabilidade se estende aos vizinhos, aos idosos, aos sem-tetos, às viúvas e aos órfãos (ver Tiago 1:27), pois todos fazem parte da grande família cristã."

A Sra. Cassidy disse que quando suas filhas eram mais jovens, o marido dela costumava marcar "encontros" com elas, de maneira a poder passar algum tempo em particular com cada uma delas. Ela, por sua vez, saía com o filho, e fazia alguma coisa divertida com ele. "Isso facilita maravilhosamente a comunicação com as crianças!" ela explicou. "Tal e qual nossas 'indabas' (uma palavra Zulu para reuniões)". Nos domingos à noite, a cada dois meses, tínhamos uma discussão familiar franca, sem barreiras. As crianças eram convidadas a trazer suas reclamações e pedidos especiais, tais como 'a mesada precisa aumentar', e meu marido e eu também dizíamos coisas como 'queremos que vocês tirem a mesa sem que seja preciso pedir-lhes toda vez.' Isso resolveu muitos problemas antes de se tornarem graves! Também fortaleceu o respeito e a compreensão mútua."

A Sra. Cassidy concluiu: "Acima de tudo, acredito que precisamos demonstrar uma nova reverência pelo Senhor. Orar diariamente por nossos filhos e por seus futuros cônjuges. Precisamos manter a fé cristã e os padrões bíblicos. E a Igreja precisa resgatar o conceito de família e ensiná-lo. Isso fortalecerá a família para que ela se torne a pedra angular da sociedade."

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