No ano passado, aceitei um emprego como professora adjunta numa faculdade de Nova lorque. Dava duas aulas de redação no período da manhã e trabalhava no escritório durante os intervalos. Pelo menos uns seis instrutores compartilhavam os escritórios do departamento. Eu tinha o meu junto com um colega, e nossos horários coincidiam. Ele era um instrutor novato, que estava dando aulas enquanto ainda completava os estudos.
Na ocasião, eu não estava me sentindo preparada, como professora. Eu era, e sou, quase da mesma idade de muitos dos alunos. Costumava brincar com meus amigos, dizendo que nunca havia ensinado nada, a não ser natação, a adolescentes de doze anos.
Orava diariamente, tentando compreender que Deus é a fonte da minha inteligência. Também procurava entender que os meus alunos, como filhos de Deus, têm acesso a toda a criatividade e compreensão próprias dessa inteligência universal. Volvia-me a Deus em busca de inspiração e orientação para estruturar minhas aulas, para dar as notas e para me sentir à vontade dentro da sala de aula.
Quando surgia um problema em aula, eu trocava idéias com o meu colega. Parecia que estávamos ficando amigos. Mas, algumas vezes, tínhamos profundas divergências sobre nossa filosofia de ensino. À medida que a amizade ficava mais forte, os conflitos se tornavam mais freqüentes. Notei que, quando estava com ele, eu voltava a padrões de comportamento que pensava já ter superado, como a tendência de ficar mal-humorada e de perder a calma com facilidade.
Na véspera do último dia de aula, pensei: "Sei que amanhã nós dois vamos discutir e brigar." Quase imediatamente, porém, tive a seguinte idéia: "Eu não posso saber nada, exceto que Deus me ama." O que precisava fazer era reconhecer que Deus iria dirigir minhas ações e isso curaria a situação. Essa idéia foi clara e me acalmou. E adormeci tranqüila.
No dia seguinte, depois da aula, meu colega fechou a porta do escritório e puxou uma cadeira em frente à minha mesa. Ele contou que estudava astrologia e que, quando vira que iria compartilhar o escritório comigo, ele havia feito o mapa astral de minha personalidade. Disse que, devido ao meu signo, eu era muito inteligente e voltada para as artes, mas que "estava sujeita a mudanças extremas de humor". Seus mapas astrais lhe diziam que a minha personalidade era, inevitavelmente, temperamental.
Enquanto ele falava, eu orava. Recusei-me a acreditar que o signo pudesse me obrigar a ser o tipo de pessoa que ele estava descrevendo. Eu sabia que a minha identidade fora criada e estabelecida por Deus, independente de qualquer espécie de condição ou expectativa material. Minha personalidade não sofre a influência dos astros.
Naqueles poucos momentos, toda a tensão se dissolveu. Eu já havia mencionado a ele que sou Cientista Cristã. Aproveitei a ocasião para explicar-lhe por que não seria lógico eu acreditar na astrologia — visto que adoro a Deus, que é Tudo. Dei-lhe algumas informações sobre a minha religião e um exemplar do The Christian Science Journal. Então, saí do escritório, certa de que Deus havia resolvido o problema. Meu colega mais tarde me contou que, depois de ler o Journal, sentiu-se muito tranqüilo. E aí decidiu ler o livro Ciência e Saúde, que eu lhe havia dado de presente anteriormente. E agora ele mesmo recorre a Deus.
Esse fato me fez refletir, uma vez mais, sobre a importância da oração. E ajudou o meu amigo a redescobrir seu relacionamento com Deus.: )
Nova lorque, NY, E.U.A.
