, Esher, Surrey, Inglaterra
Dozie saiu da Nigéria em 1997 para estudar no internato Claremont Fancourt, na Inglaterra. Ali descobriu seu talento inato para jogar rugby. Ele procura aproveitar todas as oportunidades de jogar, já tendo chegado a participar, numa mesma época, de até cinco equipes! Dozie começou recentemente a jogar rugby pela equipe nacional de juniores da Inglaterra.
Como você se prepara para os treinos e jogos?
Eu oro assim: ”Deus, Você vai estar comigo no campo”. Lembrome também de que vou jogar, não para impressionar as pessoas, mas para expressar a bondade, porque Deus é bom. Se você reconhece que Deus está presente, começa a refletir Sua força e rapidez durante o jogo.
Eu costumava avaliar meu sucesso no campo pela torcida. Entretanto, quando parei de pensar em jogar para mostrar-me para o público e passei a agradecer e glorificar a Deus, esse novo modo de pensar ajudou a me manter em boa forma, livre de contusões e a me divertir muito durante os jogos.
Em que você pensa quando está jogando?
Na verdade, não penso em mim mesmo. Penso nos adversários, não com o intuito de machucá-los, mas demonstrando espírito esportivo para com eles e amor pelo jogo.
O que você aprendeu jogando rugby?
Certa vez, foi feita uma seleçāo para escolha dos jogadores que participariam da equipe nacional. Alguns dias após o início da seleçāo, informaram-me que eu não faria parte da equipe. Perdi a confiança em mim mesmo.
Algumas semanas depois, fui convidado para participar de um torneio, jogando com uma equipe de jogadores internacionais. A primeira partida seria contra a equipe nacional, da qual eu havia sido cortado. No início do jogo eu ainda estava me debatendo contra a idéia da falta de confiança. Eu havia ficado no vestiário antes do jogo, pensando somente no quanto Deus devia me amar para ter-me trazido até ali. Mesmo não tendo sido escolhido para integrar a outra equipe, eu tinha conseguido participar do torneio com a equipe internacional. Então pensei: ”Para Deus eu sou muito bom, portanto sou bom o bastante para participar desta equipe”. Nos primeiros cinco minutos de jogo, a falta de confiança começou a desaparecer. Foi uma partida bastante equilibrada. Muito embora tenhamos perdido, senti-me muito bem depois do jogo.
Como a oração o ajuda na prática de esportes?
Quando comecei a jogar rugby no internato, sofri uma contusão durante um jogo. Fui levado de volta para o dormitório. Meu professor da Escola Dominical da Christian Science, que estava assistindo ao jogo, veio saber como eu estava. Meu pai, que tinha acabado de chegar para me visitar e assistir ao jogo, também veio me ver. Ambos estavam sentados na minha cama e minha perna doía muito. Meu professor da Escola Dominical começou a ler trechos de Ciência e Saúde. Fiquei ali sentado, só prestando atenção e pensando nas idéias diferentes que estava ouvindo. Logo a dor passou e fui fazer compras com meu pai. Acho que essa foi a primeira vez em que eu orei para me curar de uma contusão.
Sam joga futebol desde que começou a andar e tem jogado em bons times desde os onze anos. No ano passado, seu time ganhou o campeonato estadual e assim pôde participar da competição em nível nacional. Quando não está jogando futebol, ela está praticando salto com vara ou passando o bastão em corridas de revezamento em equipe.
Como você se prepara para um treino ou jogo?
Antes de pisar no campo, digo:
”Deus é Amor”, a fim de alinhar meus pensamentos com essa idéia. Não gosto de ficar agitada antes de um jogo, pois isso significa decair de um estado mental elevado. Gosto de pensar que existe um único nível mental, que é constante. A prática de esportes me dá a oportunidade de expressar mais daquilo que realmente sou. Na verdade, os esportes são apenas outra maneira de agir com a vitalidade e a força que vêm de Deus.
Como a oração a protege no campo de futebol?
Nunca sofri nenhuma contusão séria. Atribuo isso à minha perspectiva espiritual sobre o esporte. Normalmente, quanto mais competitivo o jogo, tanto mais as contusões passam a ser o foco das atenções. É difícil não começar a pensar em se machucar quando vemos os técnicos carregando maletas de primeirossocorros. É como se você estivesse esperando que alguma coisa ruim fosse acontecer. Mas, quando não estou com medo de me machucar, a possibilidade de sofrer contusões não entra no meu pensamento.
No começo do ano, quando meu joelho começou a doer durante uma competição, não precisei orar muito tempo para ser curada. Um mês depois, porém, voltei a sentir dor, mas ela ficou indo e vindo por algum tempo. Isso me fez perder mais ou menos um mês de treinos e jogos. Durante esse período fiz fisioterapia, mas também fiquei orando para compreender que eu nunca poderia estar separada de Deus, que nos criou a todos perfeitos e espirituais.
A dor nunca provém de Deus. Por isso, eu não poderia sentir dor. E a dor simplesmente passou. Quando voltei a participar dos treinos, sentiame como se nunca tivesse parado de jogar. Meu técnico e minhas colegas de time ficaram muito surpresos.
Em que você pensa quando pratica esportes?
Penso nas coisas que vêm do coração. Para mim, do coração emanam a paixão, a intensidade e a força. Desde quando eu era pequena, meu pai me dizia para jogar mantendo a chama do entusiasmo nos olhos. Ter paixão pela sua atividade significa querer fazer o melhor. Mas não podemos deixar que esse sentimento nos domine de uma forma egoísta.
Se considerarmos essa paixão do ponto de vista espiritual, vamos querer que todas as pessoas mostrem o melhor de si quando estiverem competindo. E isso vai tornar o jogo muito melhor.
