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A colcha de retalhos

Da edição de janeiro de 2003 dO Arauto da Ciência Cristã


Dona Gina suspirou. Não que ela não gostasse do primeiro dia de aula. Ela gostava, sim. Mas naquele ano havia tantas crianças na sua classe! Muito mais do que em qualquer outro ano. Ela começou a pensar em como dar conta de todas aquelas crianças.

Um aluno entrou e quando ela disse "Olá", ele respondeu: "Ah-Salaam Aliakim". Dona Gina não tinha idéia do que aquilo significava, mas the pareceu que ele estava dizendo "olá", só que numa outra língua. Havia alunos que falavam inglês na escola e um idioma diferente em casa. Novamente Dona Gina suspirou. Será que ela conseguiria conhecer bem cada uma daquelas crianças?

Ao chegar em casa naquela noite, Dona Gina só quis comer alguma coisa e ir para a cama. Ela não conseguia dormir, mas sabia que tinha de confiar em Deus antes de enfrentar o dia seguinte. A primeira frase de uma oração que Jesus ensinou a seus discípulos vinha o tempo todo ao seu pensamento: "Pai nosso, que estás nos céus."

"Pai", disse Dona Gina ao orar, "os céus não ficam tão longe. Os céus estão aqui, neste momento, e eu moro em Tua casa, no reino dos céus". Ela então ficou quieta, para ouvir o que Deus lhe diria. Não que Ele fosse falar com ela, como as pessoas falam. Ela ficou esperando para ouvir a manifestação do Amor de Deus, para se sentir envolvida num abraço de Deus, por meio da oração. Logo ela começou a ficar mais tranqüila. E uma simples palavra, pôs fim à sua preocupação: a palavra "Nosso".

Essa era a resposta que ela procurava. A oração diz "Pai nosso". Isso quer dizer que todas as crianças fazem parte da família de Deus. Todos têm o mesmo Pai e Mãe, Deus.

Dona Gina não ficou suspirando no dia seguinte! Ela entrou na classe carregando 30 quadradinhos de tecido. Cada aluno pegou um quadrado. Alguns hesitaram na escolha. Outros escolheram o retalho de tecido azul. Outros ainda quiseram os quadrados que traziam estampas, com flores amarelas ou corações vermelhos. Muitos escolheram retalhos com estampas de balão. Logo, todos estavam com o pano de sua preferência.

Em seguida, Dona Gina distribuiu canetas e cada criança escreveu seu próprio nome no quadrado escolhido. Muitas fizeram um desenho junto ao nome. Em seguida, devolveram os quadrados à Dona Gina. Depois disso, tiveram aula normalmente.

Naquela noite, Dona Gina sentou-se diante de sua máquina de costura e foi costura e foi costurando todos os quadrados, unindo-os uns aos outros. Ela não parou para decidir que pedaço combinaria melhor com o outro. Limitou-se a costrurá-los, e o resultado foi uma grande colcha de retalhos, formada por todos os quadradinhos.

No dia seguinte, Dona Gina reservou um canto na sala de aula para colocar a colcha. Nela estavam os quadrados com os nomes das crianças. Por baixo ela colocou um tecido acolchoado, fofinho. E por baixo de tudo ela colocou um forro. Todas as manhãs, por diversas semanas, as crianças se revezaram para aprender a costurar as três peças de tecido juntas, usando agulha e linha. Aos poucos, conseguiram completar o acolchoado.

No final do mês, Dona Gina fez uma festa. Ela trouxe um bolo cortado em pedaços, cada um com a cobertura de uma cor diferente. Também trouxe suco de frutas. As crianças ficaram entusiasmadas. Era uma ocasião muito especial.

"Hoje estamos comemorando o término da nossa colcha retalhos", disse Dona Gina. Em seguida, mostrou o acolchoado que as crianças haviam feito. Todo mundo bateu palmas.

A colcha era uma mistura de cores, desenhos e nomes. Os nomes das crianças que estavam nos quadradinhos de tecido que elas haviam escolhido! De uma certa forma, cada pedacinho de pano combinava com os outros. "Esta colcha representa o que eu vejo quando olho para vocês. Quando vocês estão juntos, formam uma linda colcha feita de muitos pedacinhos diferentes." As crianças sorriram e comeram o bolo, admirando o trabalho que haviam feito.

Elas reconheceram que, um, dois ou mesmo três daqueles pedaços de tecido sozinhos nunca formariam uma coisa tão bonita como o conjunto dos quadrados todos, com suas cores diferentes, costurados, formando uma só peça.

Daquele dia em diante, Dona Gina incentivou as crianças a aprenderem a dizer "olá" nas línguas de diversos países do mundo. O menino que havia dito "Ah-Salaam Aliakim", disse à classe que aquelas palavras queriam dizer "Vai-te em paz" no idioma farsi, que é uma língua falada no lrã. Ele também disse que a resposta a esse cumprimento é "Wah Aliakim Ah-salaam", que significa "A paz esteja contigo".

Quantas maneiras diferentes de cumprimentar os outros! E o tempo todo aquela colcha especial multicolorida ficou lá, orgulhosamente pendurada na parede.

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