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ANOTAÇÕES RELATIVAS ÀS LIÇÕES BÍBLICAS DESTE MÊS

Da edição de setembro de 2003 dO Arauto da Ciência Cristã


O conhecimento dos textos originais e a disposição de abandonar as crenças humanas (estabelecidas por hierarquias e instigadas às vezes pelas piores paixões dos homens), abrem o caminho para que a Ciência Cristã seja compreendida, e fazem da Bíblia o mapa náutico da vida, no qual estão assinaladas as bóias e as correntes curativas da Verdade” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 24). No espírito dessas palavras de Mary Baker Eddy, oferecemos as seguintes anotações relativas às Lições Bíblicas deste mês, publicadas no Livrete Trimestral da Christian Science.

1 – 7 de setembro

O HOMEM

Seja a tua mão sobre o povo da tua destra, sobre o filho do homem que fortaleceste para ti. (Salmos 80:17)

A “mão” de Deus simboliza Sua atuação, pois é com as “mãos” que se fazem as coisas. A “destra” é a mão direita, ou seja, a que tem mais destreza. Dizer que o povo de Deus é o povo da Sua “destra” significa, portanto, que foi criado com habilidade.

Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado, e cada manhã o visites, e cada momento o ponhas à prova? (Jó 7:17, 18)

“Estimes” também pode ser traduzido como “engrandeças”. O versículo cita três altitudes divinas altamente positivas com relação ao homem: “estimar ou engrandecer”, “cuidar” e “visitar”, portanto, como poderíamos considerar negativa a quarta atitude, a de “pôr à prova”? Esta também deve ter um significado muito acima do que lhe dá a linguagem comum. Ela pode significar: “provar a cada momento que o homem possui características sublimes”.

Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro refinado! ... Os nobres filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, como são agora reputados por objetos de barro, obra das mãos de oleiro! (Lament. 4:1, 2)

Na linguagem simbólica da Bíblia, o ouro representa beleza, durabilidade e, portanto, valor. O barro, em contraposição, é frágil, sem beleza especial e de pouco valor. E a comparação inclui também a diferença na arte muito mais refinada de trabalhar o ouro em vez do barro. A criação divina é comparável ao ouro e não ao barro.

8 – 14 de setembro

A SUBSTÂNCIA

O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam. (Isaías 58:11)

No pensamento hebraico, os ossos representavam a estabilidade básica do ser, da identidade fortificada por Deus. Como os hebreus viviam em uma região semi-árida, um “jardim regado” e um “manancial” perene são imagens concretas do máximo do bem.

O Deus que me revestiu de força e aperfeiçoou o meu caminho... (Salmos 18:32)

No original hebraico, o termo “aperfeiçoou” tem o sentido de “tornar completo, sadio, reto em tudo”.

Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável. (Hebreus 10:34)

Identificar-se com o movimento cristão, na época, podia significar perseguição e até o confisco dos bens, conforme mencionado nesse versículo. Os que, apesar disso, sentiam alegria, estavam conscientes do “patrimônio superior e durável” de que Cristo Jesus havia falado (ver Mateus 6:19, 20 e 19:21).

15 – 21 de setembro

A MATÉRIA

Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tomou Deus louca a sabedoria do mundo? (1 Cor. 1:20)

Paulo, o autor dessa epístola, está aqui comparando a visão material das coisas, defendida pelos sábios da época, pelos escribas e pelos que gostavam de discutir, com a perspectiva espiritual ensinada pelo Evangelho.

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mateus 6:24)

A palavra grega traduzida como “servir”, significa “ser escravo” e o original de “senhor” indica “proprietário”. Por isso, o versículo diz: “Ninguém pode pertencer a dois proprietários”. Onde nossa versão diz: “riquezas”, o original diz: “posses materiais” e a palavra inclui em si mesma a idéia de “confiança”. Por isso, o significado completo é “ser escravo da confiança em posses materiais”.

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós, sofismas... (2 Cor. 10:4)

Um comentarista diz que “fortalezas” são as posições mentais em que o pecador se entrincheira para resistir à mudança e à regeneração, como, por exemplo, justificação própria, orgulho, preconceito, hábitos, etc. O Dicionário Houaiss define assim a palavra “sofisma”: “Argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade; qualquer argumentação capciosa, concebida com a intenção de induzir em erro; enganação; logro; embuste”.

22 – 28 de setembro

A REALIDADE

Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. (Êxodo 33:18)

Moisés está sobre o monte onde vai receber os Mandamentos pela segunda vez. Já teve bastante provas do poder de Deus, na libertação de Israel. No entanto, pede a Deus para ver Sua glória, como se ainda não tivesse visto o suficiente da glória divina. Certamente, Moisés tem consciência de que a glória de Deus é infinita e ele quer ver mais, quer conhecer a Deus ainda melhor.

Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores! (Lucas 7:13)

No Antigo Testamento, nossa versão da Bíblia usa a palavra “Senhor” para traduzir o nome de Deus, Iavé ou Jeová. No Novo Testamento, contudo, o termo “Senhor”, referindo-se a Jesus, como nesse versículo, é a tradução de um termo grego (kurios), utilizado como tratamento respeitoso para qualquer pessoa de posição superior. Inclusive essa palavra deu origem ao termo “cura” utilizado para designar padres católicos. Há, portanto, uma distinção importante entre o Senhor do Antigo Testamento e o termo “Senhor” no Novo.

Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? (Salmos 24:3)

Na Bíblia, o “monte” aparece em ocasiões em que o homem faz contato com Deus. Foi em cima de um monte que Moisés foi chamado a realizar sua missão e foi sobre o monte que recebeu os Mandamentos. Foi sobre o monte que Elias ouviu o “cicio tranqüilo e suave”. Jesus foi transfigurado sobre um monte. “O monte do Senhor” tem, portanto, o significado de elevação espiritual, de revelação.

Bibliografia

The One Volume Bible
Commentary, J. R. Dummelow
The Daily Bible Study Series,
William Barclay
The Interpreter’s Bible
Commentary on the Old and
New Testaments, Jamieson,
Fausset, and Brown
Dicionário do Strong’s
Exhaustive Concordance of
the Bible

Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa, Ed.
Objetiva

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