Eu era estudante universitária, quando conheci a Christian Science. Morava em um pensionato para moças e minha colega de quarto me via estudando a Bíblia e Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy. Ela se interessou em saber mais, especialmente porque eu acabara de fazer o Curso Primário da Christian Science nos Estados Unidos (naquele tempo não havia professores autorizados no Brasil). Certo dia, ela me falou de um problema de saúde que estava enfrentando e me perguntou se a Christian Science poderia ajudá-la.
"Claro", disse eu. "Você pode pedir ajuda a um praticista. Vou lhe dar uns números de telefone."
"Mas você não fez esse curso justamente para aprender a curar?" retrucou ela. "Por que tenho de procurar outra pessoa?"
Foi nesse momento que comecei a pensar em mim mesma como praticista. Vi que tudo o que havia aprendido tinha aplicação prática imediata, não só para mim e minha família, mas também para ajudar outras pessoas. Não precisava esperar até poder me dedicar em tempo integral ao trabalho de praticista e colocar meu anúncio no Journal e no Arauto. Podia ser praticista à medida que as pessoas fossem solicitando minha ajuda por meio da oração.
Foi isso que fiz enquanto criava meus filhos e me desenvolvia em minha profissão de Assistente Social. Dedicava algumas horas por semana a atender pessoas que me solicitavam oração pela Christian Science. Contudo, relutava em tomar a decisão de me anunciar nos periódicos, pois para isso eu teria de deixar a outra profissão, de que gostava muito. Com a experiência, constatei que todo o bem que eu fazia aos outros como Assistente Social era bastante limitado, se comparado ao alcance amplo e duradouro que a ajuda espiritual por meio da Christian Science tem.
Em realidade, à medida que eu estudava mais a Christian Science e conhecia melhor a Deus, ficou cada vez mais claro que esse era o caminho para mim. Meu marido e meus amigos me incentivaram muito. Aconteceu que, depois que dei meu consentimento mental, tudo se tornou mais fácil e natural. Como era profissional autônoma, simplesmente recusei a participação em mais projetos e passei a me dedicar exclusivamente à Christian Science. Só senti alegria nessa transição.
O mesmo se deu quando, alguns anos depois, dei mais um passo de progresso e senti que devia fazer o Curso Normal, para me tornar professora autorizada da Christian Science. Senti que isso ajudaria o desenvolvimento de nossa Causa no campo de língua portuguesa, pois ampliaria as opções para quem desejasse aprender mais sobre essa Ciência tão benéfica.
Seja como praticista, seja como professora, tenho aprendido muito, todos os dias. Acho que esse aprendizado é a maior bênção que recebo desse trabalho. Cada pedido de ajuda me leva a pensar mais a fundo na realidade espiritual, obriga-me a estar mais alerta para detectar qual a premissa materialista errada que está por trás do problema e qual a premissa espiritual correta que deve ser mentalmente colocada em seu lugar. Esse trabalho mental, que é a base da oração, leva-me a uma comunhão mais constante com nosso Pai-Mãe Deus, e isso é muito bom.
