Muitas das decisões que tomamos diariamente resultam da nossa própria análise a respeito das situações. Mas, às vezes, cometemos erros que podem nos afligir ou causar estresse ou depressão. O que aconteceria se nos volvêssemos a Deus quando temos de tomar decisões?
Foi o que aconteceu aos discípulos após a ressurreição de Jesus, quando pescavam em um barco, no mar da Galileia. A Bíblia diz: “...naquela noite, nada apanharam”. Eles sentiam-se abandonados e desalentados porque seu Mestre não estava mais com eles. Eles não compreendiam que o Cristo, a mensagem divina de Deus, estava sempre à mão para revelar a verdade a cada um deles. Ainda estavam sofrendo porque achavam que haviam perdido seu Mestre. Assim, quando Cristo Jesus apareceu a eles na praia, a princípio eles não o reconheceram.
Não tendo apanhado nada depois de trabalhar durante toda a noite, o Mestre lhes perguntou: “Filhos, tendes aí alguma coisa de comer”? Quando responderam que não, Jesus lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes”. Nesse momento foram humildes e aceitaram a presença e a orientação espiritual do Cristo, a ideia incorpórea espiritual de Deus, a qual Jesus apresentava. Eles mudaram seus métodos e deixaram suas carreiras de pescadores, e, quando o fizeram, colocaram de lado o impulso de fazer as coisas de acordo com seu próprio entendimento. Perceberam a necessidade de estar mentalmente em sintonia com Deus, como Cristo Jesus fazia em todas as ocasiões. Eles compreenderam a missão sanadora que tinham pela frente e se dedicaram a ser “pescadores de homens”, sanadores e pregadores (ver João 21:3, 5-6).
Deus nunca está distante de nós.
Deus nunca está distante de nós, mesmo que sinais de estresse ou depressão pareçam nos impedir de encontrar uma solução para nossos problemas. Conforme Jesus ensinou a seus discípulos, quando enfrentamos tais desafios é bom considerar uma mudança de direção em nosso pensamento e, com toda humildade, lançar a rede “à direita do barco”, o que nos levará à solução dos problemas que enfrentamos.
Em certa ocasião, pediram-me que me mudasse com urgência do apartamento em que morava. Angustiado com essa exigência, naquele fim de semana comprei jornais e revistas locais para procurar um novo lugar para morar. Mas, antes de dar uma olhada nos anúncios, veio-me à mente que deveria orar primeiro, o que fiz. Fui guiado a procurar artigos sobre “lar” nas páginas da Internet de El Heraldo de la Ciencia Cristiana, O Arauto da Ciência Cristã em espanhol, e do Christian Science Sentinel. Encontrei ideias inspiradoras, como, por exemplo, a respeito das características da casa que estava procurando. Eu precisava de um espaço cheio da luz do sol e que inspirasse minha atividade espiritual, que fosse adequado para o meu trabalho com design de interiores e com a paz que o bem-estar traz.
Por isso, naquele fim de semana, ao invés de ler os jornais, deixei que Deus guiasse meus pensamentos. Na segunda-feira, no caminho para o trabalho, veio-me de forma insistente a ideia de usar as cores amarelo e azul na decoração. Contei ao meu irmão, com quem trabalho na área de decoração de interiores de hotéis. Ele me perguntou por que razão eu queria sua opinião e lhe contei que estava pensando em “amarelo e azul”, mas não sabia o porquê.
Encontrei exatamente o que precisava quando mudei o pensamento e aceitei a orientação da Mente divina.
No dia seguinte, novamente no meu caminho para o trabalho, vi uma fachada amarela e azul em uma das ruas que atravessei. Parei imediatamente e fui ver o local. Verifiquei que era uma casa que estava para alugar. Conversei com o proprietário e ele alugou a casa para mim naquele exato momento. A casa era espaçosa, com muita luz, apropriada para as minhas necessidades e seu preço acessível. Senti-me feliz e muito grato a Deus.
Encontrei exatamente o que precisava quando mudei o pensamento e aceitei a orientação da Mente divina. Nem precisei ler as revistas e os jornais com os anúncios imobiliários. Essa experiência me ensinou a estar sempre alerta a cada pensamento que provém de Deus. Sabia que Ele estava sempre comigo, e que Sua orientação sempre me faria sentir em meu verdadeiro lar: “a consciência do Amor” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 578).
Referindo-se aos discípulos de Cristo Jesus, Mary Baker Eddy escreve: “A ressurreição dele foi também a ressurreição deles. Ajudou-os a elevarem-se, como também aos outros, da apatia espiritual e da crença cega em Deus, até a percepção das possibilidades infinitas” (Ibidem, p. 34). Essas possibilidades infinitas estão sempre à mão e podemos vivenciá-las todos os dias.
 
    
