Em meados de 2012, meu braço direito travou e doía muito cada vez que eu tentava mexê-lo. Eu trabalho com manutenção de máquinas industriais e, apesar de eu ser o supervisor do meu departamento e não precisar utilizar os braços com frequência para efetuar minhas tarefas, meus colegas começaram a notar o problema. Então, meu chefe pediu que eu consultasse o médico da empresa, e eu concordei.
O médico me disse que eu estava sofrendo de bursite no braço direito e me receitou remédios e injeção anti-inflamatória e outros remédios. Mas, como sou estudante de Ciência Cristã, decidi não fazer uso de medicamentos e confiar apenas na oração para encontrar a cura. Entreguei o atestado médico para meu chefe provando que eu havia consultado um médico, mas tanto o chefe como meus colegas de trabalho nunca me perguntaram como eu estava tratando o problema.
Comecei a ler diligentemente a Bíblia, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, e O Arauto da Ciência Cristã, mas, apesar de ter orado por alguns meses a dor não cedeu. Quando eu não estava mais aguentando as dores e estava prestes a seguir a orientação médica e tomar a injeção e remédios prescritos, deparei-me com um artigo publicado nO Arauto de agosto de 2012 (ver pp. 19-21), intitulado “Argumentos
a favor da cura” (publicado originalmente em inglês na edição de agosto de 2012 de The Christian Science Journal, sob o título “Argue on the side of healing”). Nele, o autor encontrou a cura pela oração para um problema no braço, o qual limitava seus movimentos e o impedia de jogar basquete, esporte que praticava com frequência. Estas palavras do autor me inspiraram: “...muitas vezes pensava comigo mesmo: ‘Em primeiro lugar, como é que surgiu esse problema’? Mas não conseguia identificar a causa. Tinha de compreender que, como um filho da criação de Deus, não havia nenhuma causa ou acontecimento real que pudesse pôr em risco a minha liberdade ou que me tentasse a argumentar a favor de sua presença em minha experiência. Atribuir uma causa à dor daria legitimidade a algo que não tinha nenhuma origem na criação de Deus”.
Percebi que estava agindo como o autor desse artigo o fez a princípio. Como ele, eu também estava focando a causa do problema e, ao fazer isso, estava aceitando a realidade da doença e deixando que o medo invadisse meu pensamento. Quando fazemos isso, acabamos focando os sintomas físicos, ao invés de a verdade espiritual de que Deus é o bem infinito. Deus é Espírito e criou todos os Seus filhos à Sua imagem e semelhança espiritual. Toda a criação de Deus é perfeita. Por isso, tudo o que pensamos existir fora da perfeição divina é, na verdade, um nada, sem origem nem poder para gerar nenhuma imperfeição. Como poderia eu, então, estar sofrendo de um problema físico? Poderia haver algo capaz de me impedir de expressar a liberdade de movimentos? Claro que não. A única realidade que todos nós, como filhos de Deus, podemos vivenciar inclui a liberdade, a saúde e o bem, nunca a limitação, a doença ou o mal.
Agora eu estava determinado a não aceitar nenhuma limitação física e, além de orar, eu também fazia esforços contínuos para movimentar o braço. Conforme elevava o pensamento a Deus, os movimentos de meu braço voltavam gradativamente ao normal. Duas semanas após ler aquele artigo nO Arauto, eu estava completamente curado e desde essa época movimento o braço livremente e sem sentir dores.
Essa experiência fortaleceu a minha compreensão de que, por meio da oração, podemos sempre ir de encontro a todos os argumentos contrários à cura, sabendo que o mal, sob qualquer forma que se apresente a nós, é apenas uma sugestão mental errônea. Tudo o que não é bom é irreal, pois não vem de Deus, que é somente o bem e faz com que sejamos sempre bons. Reconhecer isso nos leva a voltar o olhar para a harmonia contínua de Deus e traz cura certa e permanente.
Rio de Janeiro
