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Nunca separados do Pai

Da edição de agosto de 2014 dO Arauto da Ciência Cristã


Um pai tem dois filhos. Um deles pede ao pai que lhe dê a parte dos bens que lhe cabe, mas os dissipa em uma terra distante. Ele passa muita fome até que, caindo em si, volta à casa do pai, pensando em dizer-lhe que deveria ser tratado como um de seus servos, pois não se sente digno de ser chamado seu filho. Mas, o pai, avistando-o ainda longe, compadecido dele, corre ao seu encontro, abraça-o e o beija. Pede aos servos que vistam o filho com a melhor roupa, coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Com alegria, ainda ordena que matem um novilho cevado para festejarem. Quando o irmão mais velho sente-se indignado por nunca ter recebido um cabrito para festejar, apesar de nunca ter abandonado a casa ou transgredido uma ordem do pai, este lhe diz: “Meu filho, tu sempre estás comigo, tudo o que é meu é teu” (ver Lucas 15:11-32).

Provavelmente você conhece essa história. É a parábola do filho pródigo. Dela, muitos ensinamentos podem ser tirados. O principal, para mim, é que ela confirma nossa filiação divina e coexistência com nosso Pai, Deus.

Às vezes, talvez nos sintamos tristes por alguma falta cometida e longe do amor do Pai, mas podemos sempre, em oração, e com arrependimento e humildade, retornar, por assim dizer, à “casa do Pai”. Nosso Pai, o próprio Amor divino, encontra-nos mesmo quando parece que ainda estamos longe da redenção. Falando metaforicamente, o Pai nos dá seu anel, confirmando que nossa filiação divina nunca foi perdida, calça em nossos pés as sandálias que mostram que não somos escravos do ego nem da materialidade e se alegra com nossa nova compreensão, a de que, em realidade, nunca estivemos separados dEle. E se, como o irmão mais velho, pensarmos que o bem a que temos direito está em jogo, a resposta que nosso Pai nos dá revela que Ele está sempre conosco, “que nosso relacionamento com Deus... é inquebrantável, pois está fundamentado em nossa coexistência eterna com Ele”, conforme Teca Manfuana Filipe explica no artigo “Um único Pai” (p. 8). Com essa compreensão, esse autor ajudou sua filha a encontrar a cura de epilepsia.

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