Um dos ensinamentos mais importantes que adquiri quando comecei a estudar a Ciência Cristã foi o de que todos temos um único e mesmo Pai, Deus. Descobri que nosso relacionamento com Deus, o Amor divino, é inquebrantável, pois está fundamentado em nossa coexistência eterna com Ele. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, descreve esse relacionamento em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Referindo-se a uma declaração de Jesus (ver João 10:30), ela explica: “ ‘Eu e o Pai somos um’ — isto é, um em qualidade, não em quantidade. Assim como uma gota de água é uma com o oceano, um raio de luz é um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, Pai e filho, são um no existir” (p. 361).
Porque somos um com o Pai, somos Sua imagem e semelhança, refletimos Sua natureza. Assim, como Deus é Espírito e é perfeito, Seus filhos são espirituais e expressam Sua perfeição. Essa compreensão ajudou-me muitas vezes e também possibilitou-me ajudar minha filha, Anette,
a encontrar cura para um mal físico.
Aos 15 anos, Anette recebeu um diagnóstico médico de epilepsia. Como estar em lugares com muitas pessoas a fazia sentir-se agitada e ter convulsões, minha esposa e eu evitávamos que ela frequentasse lugares públicos sozinha. Até mesmo estar na escola com outros estudantes podia representar um desafio. Ela não conseguia dormir se não tomasse remédios.
Encontrei a Ciência Cristã quando minha filha estava com 16 anos e quis tratá-la por meio dessa Ciência, mas, minha esposa, que segue outra denominação, preferiu continuar tratando o problema pela medicina. Para não criar conflitos na família, concordei. Anette fez tratamentos com muitos especialistas, mas nenhum deu resultado.
Percebi que deveria apoiar-me na minha compreensão e confiança de que minha filha coexiste com Deus e reflete Sua perfeição.
Ela terminou o ensino médio com muita dificuldade, pois não conseguia ler e estudar seguidamente por um longo período sem sentir ansiedade; ainda não havia conseguido cursar uma universidade e era difícil para ela trabalhar. Agora, após estar a sofrer da doença por 12 anos, ela já estava casada, mas não conseguia ter filhos, pois as convulsões, que às vezes ocorriam semanalmente, a faziam cair no chão, de forma que teve alguns abortos involuntários. Ao longo do anos, sugeri que ela se tratasse pela Ciência Cristã. Mas, agora, além da mãe, outros familiares e o marido também se opunham, e Anette sempre acabava recorrendo aos medicamentos em busca de alívio aos sintomas. Eu orava, reconhecendo que Deus é o único Criador de todos, que todos temos uma e a mesma Mente, e que na criação divina não pode haver resistência à Verdade divina.
Orei dessa forma sem desanimar, até que, certo dia, enquanto eu estava a fazer minhas orações diárias, veio-me claramente ao pensamento que havia chegado a hora de dar um fim àquele problema. Chamei Anette até minha casa e conversamos sobre algumas ideias da Ciência Cristã. Eu sabia que ela as entenderia, pois havia frequentado a Escola Dominical da Ciência Cristã por certo período durante a adolescência.
Ela estava desencorajada por estar com o problema por tantos anos, mas então pedi-lhe que lesse na Bíblia a história da senhora que havia sofrido por 12 anos de uma hemorragia, mas que se curou imediatamente, quando tocou a orla da veste de Jesus (ver Marcos 5:25-34). Também mencionei a cura de um homem que estivera paralítico por 38 anos, e que também foi curado de imediato quando Jesus ordenou-lhe que se levantasse e andasse (ver João 5:1-9). Mostrei-lhe que não importava por quanto tempo haviam sofrido, o Cristo, a ideia atemporal de Deus, a qual Jesus manifestou de forma tão completa, os havia curado instantaneamente. Expliquei para minha filha que a ideia-Cristo se expressa eternamente, trazendo cura para pessoas em todas as épocas, inclusive para ela.
Anette aceitou que eu lhe desse um tratamento pela Ciência Cristã. Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Métodos de cura inferiores e não espirituais talvez tentem fazer a fusão entre a Mente e as drogas, mas os dois não se misturam cientificamente. Por que desejar que se misturem, quando nada de bom pode vir disso?” (pp. 143-144). Com base nessa passagem, expliquei para minha esposa, minha filha e seu marido que seria melhor que durante o tratamento metafísico Anette parasse de tomar remédios e de seguir qualquer tratamento médico, e, desta vez, eles concordaram.
Em minhas orações, apoiei-me particularmente em uma passagem bíblica que relata uma ocasião em que trazem a Jesus um menino que desde a infância estivera possesso de um espírito imundo, que o fazia cair no chão, espumar, rilhar os dentes e definhar. À declaração de Jesus: “Tudo é possível ao que crê”, o pai do menino respondeu: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé”! Então Jesus curou o menino (ver Marcos 9:17-25).
Nossos filhos estão sempre saudáveis e a salvo em Deus, o verdadeiro Pai de todos nós!
Nesse relato, o menino foi curado quando o pai, mesmo ainda com medo, admitiu crer que a cura seria possível. Então, percebi que deveria apoiar-me na minha compreensão e confiança de que minha filha coexiste com Deus e reflete Sua perfeição. Por isso, ela só podia manifestar saúde perfeita. Fiquei firme na verdade de que Anette não poderia expressar outra mente além da Mente divina, Deus. Essa Mente se manifesta em harmonia constante, que nenhum suposto problema do sistema nervoso podia jamais interromper.
Os resultados desse tratamento metafísico foram rápidos. Em uma semana minha filha já conseguia dormir tranquila, sem fazer uso de medicamentos. Os sintomas tornaram-se mais amenos e esparsos. Após duas semanas as convulsões não a faziam mais cair e depois de três meses pararam totalmente. Há oito anos não tem mais nenhuma crise. Ela começou a trabalhar e está cursando a universidade. Hoje, posso dizer, com muita alegria, que Anette tem dois filhos lindos.
Quão libertador é para um pai saber que seus filhos estão sempre saudáveis e a salvo em Deus, o verdadeiro Pai de todos nós!
Sou Anette Teca Manfuana, a filha que meu pai mencionou no relato acima. Essa cura representou a libertação de muitos anos de sofrimento. Hoje não tenho convulsões e posso caminhar sozinha e livremente em qualquer lugar. Além disso, consegui dar à luz dois filhos lindos. Não tenho palavras para agradecer às orações de meu pai e a Deus por essa cura maravilhosa!
