Antes do início da Assembleia Anual, cada um dos diretores falou de diferentes locais dA Igreja Mãe a fim de estabelecer uma estrutura metafísica para a Assembleia Anual e seu tema: “O fundamento espiritual da cura pelo Cristo” (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 136). Scott Preller começou, falando diretamente do subsolo do Edifício Original dA Igreja Mãe: “Quando nossa igreja foi construída, enormes troncos de madeira foram enterrados profundamente no solo para assegurar que nossa fundação estivesse apoiada em material sólido. Até hoje, na Igreja, trabalhadores supervisionam esses troncos para se certificarem de que estejam cobertos por uma corrente de água limpa e fresca, para que não se deteriorem.
“Isso também é verdadeiro para o fundamento espiritual de nossa Igreja. Precisamos de uma corrente renovada e vital de cura, para assegurar que nossa Igreja e seu fundamento espiritual permaneçam sólidos. Exige mais de todos nós do que simplesmente o desejo de ver mais curas. Isso exige uma devoção profunda à espiritualidade que proporciona tais curas. Não seria maravilhoso se, depois da Assembleia Anual, nós todos sentíssemos algo mais do que simplesmente ter ouvido relatórios inspirativos, e que todos os membros da Igreja estão se dedicando mais a orar e a ouvir em silêncio a Deus, que houvesse uma expectativa maior das curas que podem advir de tais orações? Que nos dedicássemos a um estudo mais profundo do nosso Pastor e sentíssemos um amor profundo e sincero a Deus e ao nosso próximo? Esse, sim, é um fundamento sobre o qual vale a pena edificar!”
De dentro do Edifício Original, Allison W. (“Skip”) Phinney falou sobre o vitral “A Senhora e o Livro”, dizendo: “Sentia enorme admiração ao pensar no movimento que essa senhora e esse livro extraordinário iniciaram em todo o mundo. Estas duas igrejas magníficas, esta Original e a enorme Extensão estavam se erguendo, quase que literalmente a partir do fundamento espiritual da cura pelo Cristo. Elas estavam sendo impulsionadas por uma ideia inteiramente nova, a ideia correta a respeito de Deus, que cura. Em todas as épocas e em todos os lugares, é o mesmo Deus que eleva e cura. É o Amor imutável, é o infinito sustentador, que tem a capacidade de fazer novas todas as coisas. Nossa Igreja cresce porque está alinhada ao Princípio divino, porque é impulsionada pelo Próprio Deus”.
Margaret Rogers falou a seguir: “ ‘Segui vossa Líder somente no que ela segue o Cristo’ ” (Message to The Mother Church for 1901 [Mensagem À Igreja Mãe para 1901], p. 34), disse-nos ela, e ela realmente seguiu o Cristo por meio de constante renúncia ao ego e da dedicação total de sua vida a essa causa tão radical, para libertar a humanidade do pecado e do sofrimento de todo tipo”.
“Nós temos o Pastor que ela nos legou: a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Esses livros contêm todas as respostas de que necessitamos para aprender a ser sanadores mais eficazes nesta época e uma das principais lições que eles ensinam é que para ser um sanador melhor, é necessário que haja mais amor universal.”
No pórtico dA Igreja Mãe, Lyle Young disse: “Embora a sede da Igreja da Ciência Cristã seja aqui em Boston, a sede real desta Igreja está no coração de cada um de vocês. Assim, quer você esteja em Baguio City, nas Filipinas, em Boma, na República Democrática do Congo ou em Kansas City, aqui nos Estados Unidos, é sua prática diária da Ciência Cristã o que constitui a essência real desta Igreja”.
Robin Hoagland, a Presidente dO Conselho de Diretores da Ciência Cristã disse, na Extensão dA Igreja Mãe, que, por mais majestoso que esse auditório seja, “o mais importante é o que acontece todos os domingos e todas as quartas-feiras exatamente aqui e em todas as igrejas filiais, sociedades e grupos em todo o mundo, onde nos reunimos para participar de cultos religiosos sanadores. Cada um de nós tem uma história baseada na cura pelo Cristo para inspirar outra pessoa. Cada um de nós está fazendo a diferença. Assim como nos primórdios da Igreja Cristã, com seus poucos e fiéis seguidores, não é o tamanho da congregação que muda o curso da história, mas o espírito que há nela. Essa cura pelo Cristo é o fundamento de tudo o que somos como Igreja.”
Em todas as épocas e em todos os lugares, é o mesmo Deus que eleva e cura. É o Amor imutável, é o infinito sustentador, que tem a capacidade de fazer novas todas as coisas.
Robin apresentou os dignitários dA Igreja Mãe: Pastora Emérita: Mary Baker Eddy, Lyle Young, que também é o Secretário; Lyon Osborn, Tesoureiro; Allison W. (Skip) Phinney, Scott Preller, Margaret Rogers; Primeira Leitora: Judy Olson; Segundo Leitor: Norm Bleichman e a nova Presidente para este ano: Linda Kohler.
Linda é Enfermeira da Ciência Cristã registrada no Journal durante 30 anos, incluindo a época em que prestou serviços como diretora de uma instituição de Enfermagem da Ciência Cristã, antes de trabalhar aqui nA Igreja Mãe supervisionando as Atividades de Enfermagem da Ciência Cristã para o Campo de Ação. De 2011 até janeiro deste ano, Linda serviu como um dos fideicomissários da Sociedade Editora da Ciência Cristã.
Em seguida, Robin pediu para Linda conduzir a reunião.
Linda leu os seguintes trechos da Bíblia e dos escritos de Mary Baker Eddy:
Êxodo 15:26
Ciência e Saúde 135:24-2
Ciência e Saúde 138:17-21
Ciência e Saúde 366:29-8
Pulpit and Press [Púlpito e Imprensa] 21: 1-11Tradução do trecho de Pulpit and Press: Os Cientistas Cristãos, seus filhos e netos até a última geração, inevitavelmente amam-se uns aos outros com aquele amor com que Cristo nos amou; um amor sem egoísmo, sem ambição, imparcial e universal, que ama apenas porque é Amor. Além disso, amam seus inimigos, mesmos aqueles que os odeiam. Precisamos todos fazer isso para sermos Cientistas Cristãos em espírito e em verdade. Anseio, e vivo, para ver esse amor demonstrado. Busco e oro para que ele habite em meu próprio coração e se manifeste em minha vida. Quem se unirá a mim nesse propósito puro e fielmente se esforçará até que seja alcançado? (21:1-11)
1 João 3:18
Em seguida, a congregação orou em silêncio e depois repetiu em voz alta a Oração do Senhor. Cantaram o Hino de Comunhão, N° 299, de autoria de Mary Baker Eddy. Por meio de um vídeo, Cientistas Cristãos em Lagos, na Nigéria, conduziram o cantar do hino.
Após o hino, Linda Kohler reconheceu o trabalho da Presidente anterior dA Igreja Mãe, Bosede Bakarey, que é da Nigéria, onde mais de 200 meninas foram sequestradas enquanto estavam na escola, não muito antes da Assembleia Anual. Havíamos perguntado a Bosede se ela poderia compartilhar um pensamento de cura, e estas são suas palavras: “Nenhum filho de Deus é um sequestrado ou um sequestrador, e jamais pode estar separado da Mãe que é o Amor. Somos uma família de igreja unida, que está orando pela libertação dessas crianças, e de todos”.
COMENTÁRIOS DA PRESIDENTE DA IGREJA MÃE
LINDA KOHLER: “Quando leio os relatos sobre Jesus no Evangelho, impressiona-me a frequência com que Jesus fala que sabia de onde vinha, que ele veio de Deus. É uma coisa simples, mas é mencionado com tanta frequência que deve ser importante. Quando falamos da cura pelo Cristo, não estamos falando sobre a ideia espiritual que vem de Deus? Quando nos volvemos a Deus em oração, ouvindo-O de maneira humilde e sincera, sentimos essa presença do Cristo, e algo muda. Uma compreensão melhor de Deus corrige uma crença a que estejamos nos apegando, ou talvez nosso coração seja abrandado pelo toque do Cristo. Mas, isso não é tudo, uma vez que o que pensamos será manifestado, de alguma maneira, em nossa vida.
No sermão intitulado “Escolhei vós”, que o Conselho de Diretores nos convidou a estudar, Mary Baker Eddy diz que a Ciência Cristã é: “um influxo persuasivo, um ímpeto que não erra, um socorro sempre presente. Sua presença se faz sentir porque ela atua, e atua com sabedoria...” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 3). É nesse Cristo ativo, sempre presente, que hoje estamos pensando e nos concentrando.
RELATÓRIO DO CAMPO DE AÇÃO
Pam Herzer contou que em uma ocasião percebeu “sintomas alarmantes”, que a fizeram sentir muito medo, pois alguns membros de sua família haviam falecido desses mesmos sintomas. Ela sentia tanto medo que, embora tivesse estudado a Ciência Cristã durante muitos anos, optou por consultar um médico, que lhe deu o diagnóstico de câncer. Depois de fazer radioterapia, o médico insistiu que começasse imediatamente a quimioterapia. Ao invés disso, ela voltou a estudar a Ciência Cristã e a ler a Lição Bíblica. Ela também recebeu ajuda de seu Professor de Ciência Cristã e de “outros praticistas e professores maravilhosos”. Em um momento de crise, ela se apegou firmemente à Ciência Cristã e contou: “Naquele momento, senti literalmente um lindo véu em minha face e era quase como se eu caminhasse de um cômodo a outro em pensamento e esse véu apenas tocasse gentilmente minha face e, quando ele se soltou de minha face, eu estava na presença de Deus. Foi o Amor mais maravilhoso que jamais conhecera”. Depois de algumas semanas, e após ter se recuperado por completo, ela encontrou um dos médicos que cuidara de seu caso, o qual pareceu surpreso ao ver que ela ainda estava viva. Ela respondeu: “Sim, a Ciência Cristã me curou”.
RELATÓRIO DO COMITÊ DE PUBLICAÇÃO
Linda Kohler apresentou Russ Gerber, Gerente dos Comitês de Publicação
Mary Baker Eddy tinha plena consciência do mundo em que a missão sanadora de sua Igreja estava sendo cumprida. Era um mundo em que ela encontrou devoção extraordinária à Ciência Cristã, um mundo onde muitas pessoas ainda não conheciam essa Ciência, mas também onde imposições feitas ao público com relação à Ciência Cristã estavam se tornando mais agressivas. Ela observou em Ciência e Saúde: “A imprensa propaga inadvertidamente muita tristeza e doença na família humana” (p. 196). Penso que hoje consideramos a doença como a norma, mas os Comitês de Publicação estão trabalhando para corrigir isso. Eles estão escrevendo artigos sobre saúde sob a perspectiva da Ciência Cristã, os quais estão sendo publicados na mídia em todo o mundo, e isso está começando a dar frutos.
Russ nos deu três exemplos. Um Comitê no Canadá contou sobre uma senhora que havia lido um artigo escrito pelo Comitê para o jornal Village of Islington Times, e que havia visitado uma Sala de Leitura para conversar sobre as ideias do artigo. Na Alemanha, Michael Seek, Comitê para a Alemanha, participou de um seminário intitulado: “Jovens médicos descrevem o paciente do futuro”, e foi bem recebido. Mojisola Anjorin Solanke, a Comitê da Nigéria (Região Ocidental) conversou com um profissional que veio fazer um trabalho em seu escritório. Ele viu sobre a mesa exemplares de Ciência e Saúde, sobre o qual já ouvira falar, e estava ansioso para comprá-lo.
RELATÓRIO DO TESOUREIRO
Lyon Osborn
No artigo “Escolhei vós”, a Sra. Eddy reconheceu que o edifício da igreja representava uma demonstração notável de progresso. Mas, ela não ficou presa à realização material nem declarou que sua missão estava cumprida. Ela aproveitou a ocasião para pedir aos membros que se esforçassem ainda mais para viver a Ciência Cristã, amando a Deus supremamente e colocando em prática a Regra Áurea. “Escolhei vós” está repleto de qualidades morais e espirituais necessárias para se seguir o Cristo, tais como: mansidão, paciência, altruísmo, justiça, generosidade, fidelidade.
Em seguida, conversamos sobre a oração e, naturalmente, eles constataram quão prática é a oração e que orar não significa negligenciar algo, mas sim que a oração é um cuidado real e eficaz.
Os comentários que muitos de vocês nos enviam juntamente com suas contribuições, deixam claro que vocês se esforçam para viver essas qualidades e demonstrar a cura pelo Cristo, e eu gostaria que cada um de vocês pudesse trabalhar lado a lado com os dedicados funcionários aqui dA Igreja Mãe. Em meu próprio departamento constatei notável progresso este ano, progresso esse apoiado no encorajamento, paciência e nas orações eficazes dos colegas de trabalho. Um exemplo foi a mudança bem-sucedida para um novo software de contabilidade. Durante esse importante projeto, um dos ajustes foi mudar o ano fiscal da Igreja, que é nosso exercício contábil ou orçamental, retrocedendo-o em um mês de maneira a se encerrar em março, ao invés de em abril. Devido a essa mudança pontual, nosso último exercício fiscal cobriu um período de 11 meses, ao invés do período habitual de 12 meses.
Robin Hoagland apresentou a situação financeira da Igreja: O montante de fundos que a Igreja tem em mãos é de $713 milhões de dólares americanos. A Igreja não tem nenhuma dívida. O montante das despesas do exercício fiscal de 11 meses, que se encerrou em 31 de março de 2014, foi de $80 milhões de dólares americanos e, comparando com anos anteriores, a Igreja teria despendido $86 milhões de dólares americanos no período de 12 meses que se encerraria em 30 de abril de 2014.
A ENFERMAGEM DA CIÊNCIA CRISTÃ
Linda Kohler e Lynne Scheiern, Enfermeira da Ciência Cristã com muitos anos de experiência e que também ensina Enfermagem da Ciência Cristã, conversaram sobre a Enfermagem da Ciência Cristã. Linda disse: “Tal como o Praticista da Ciência Cristã e o paciente, o Enfermeiro da Ciência Cristã está ouvindo e orando, mas especificamente para saber o que dizer e fazer para ajudar o paciente a sentir que a presença e o cuidado do Amor divino estão exatamente ali com eles”.
LYNNE SCHEIERN: A palavra enfermeiro em inglês é nurse, que significa cuidar. Cuidar significa confortar e é aí que a enfermagem se torna tangível. Os enfermeiros da Ciência Cristã são confortadores. Nós todos refletimos as qualidades de Deus e somos capazes de expressá-las. Nós todos temos essa capacidade de cuidar, todos temos a capacidade de confortar.
LINDA KOHLER: Além disso, parte do que nos guia é a Regra Áurea que a Sra. Eddy menciona diversas vezes no sermão “Escolhei vós”: “Fazer aos outros o que desejamos que eles nos façam”.
LYNNE SCHEIERN: Como Cientistas Cristãos, quando vemos algo errado, não ficamos sem fazer nada a respeito. Algumas vezes, isso talvez signifique apenas curar nosso próprio pensamento com relação ao que nos está sendo apresentado. Em outras ocasiões, talvez possa haver uma inspiração que nos impulsione a ir mais longe. Na parábola do bom samaritano (ver Lucas 10:25-37), o samaritano não disse apenas: “Eu amo você” e seguiu seu caminho. Ele ajudou o homem, limpou seus ferimentos, levou-o a uma hospedaria e disse ao hospedeiro: “Se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar”. Essa foi uma forma maravilhosa de prover um cuidado completo, e de dar acompanhamento até que a cura estivesse completa, o que é tão importante.
LINDA KOHLER: Acho que um dos pontos que estamos tentando enfatizar hoje é que, em certa medida, todos nós somos enfermeiros, e nunca deveríamos subestimar a diferença que podem fazer as pequenas coisas que fazemos ou dizemos, não apenas para o dia de uma pessoa, mas para sua vida.
SEGUNDO RELATÓRIO DO CAMPO DE AÇÃO
Ute Keller é Enfermeira da Ciência Cristã em uma instituição que presta serviços de Enfermagem da Ciência Cristã na Alemanha. Depois de assistir a uma reunião de testemunhos nessa instituição, a qual incluiu leituras da Bíblia e de Ciência e Saúde sobre Noé e a arca, ela sentiu-se impelida a sair para uma caminhada, muito embora fosse inverno e estivesse muito frio (-12° Celsius), com muita neve no chão. Ela passou por um homem e, em seguida, foi mais adiante até a cidadezinha, e, subitamente sentiu que deveria voltar. Ela seguiu essa intuição e quando avistou novamente o homem, percebeu que ele estava sem agasalho e que estava calçado só com chinelos, em plena na neve.
Quando ofereceu-lhe ajuda, ele rejeitou bruscamente. Ela decidiu recuar humanamente e não provocá-lo. Ela conta: “Ali, parada, as ideias sobre Noé e a arca voltaram-me à mente, as de que o homem está a salvo na arca, de que Deus cuida dele, guia-o, protege-o. Veio-me também a ideia de ligar para uma grande casa de repouso com assistência médica que ficava próxima dali. Foi o que fiz e perguntei a eles se haviam dado pela falta de algum paciente. Responderam que não sabiam”. Ela contou-lhes sobre o homem e disse-lhes onde ela estava.
Talvez não associemos normalmente progresso e harmonia com as notícias diárias, mas, de fato, existe muito progresso acontecendo o tempo todo no mundo. É importante registrar esse progresso por muitas razões. Uma delas é que progresso inspira esperança.
Continuou orando para si mesma: “sentindo a presença de Deus, o amor de Deus, a orientação de Deus” e seguindo as pegadas que o homem ia deixando na neve. Encontrou-o na floresta e ele parecia mais calmo. Ela conta: “Compreendi como Deus cuida do homem e como Ele está sempre fazendo isso e que aquele homem sempre estivera a salvo, aos cuidados de Deus. Desta vez, essas ideias me impeliram a chegar mais perto dele e não mais manter distância. Toda sua atitude havia mudado. Ele estava calmo e foi gentil e cordial”.
“Ele disse: ‘Só queria ir para casa’, e eu pude honestamente responder: ‘Você já está em casa. Você está bem a salvo na arca, você está sendo cuidado pelo Amor, Deus abraça você e o sustenta’ ”. Ela pôde perceber que ele estava com frio e lhe deu seu casaco. Ele tinha também um ferimento nas costas, mas esse ferimento parou rapidamente de sangrar.
Quando estavam voltando para a cidadezinha, encontraram pessoas que estavam em um carro da instituição de assistência médica, os quais reconheceram o homem e levaram os dois à casa de repouso. Ute e o homem explicaram o que havia acontecido. As pessoas na casa de repouso disseram que “parecia um milagre”. Eles me perguntaram se eu era da instituição de Enfermagem da Ciência Cristã e eu respondi: “Sim, é onde eu trabalho”. Em seguida, conversamos sobre a oração e, naturalmente, eles constataram quão prática é a oração e que orar não significa negligenciar algo, mas sim que a oração é um cuidado real e eficaz.
Depois da entrevista com Lynne e do segundo relatório do campo de ação, Linda anunciou o Hino 175, e informou que um grupo que se reunira para um Simpósio da Igreja Viva estaria acompanhando a congregação por meio de um vídeo.
O PAPEL DE THE CHRISTIAN SCIENCE MONITOR NA CURA
Margaret Rogers apresentou três funcionários que trabalham há muitos anos para o Monitor: Marshall Ingwerson, Redator-Chefe do Monitor, Cheryl Sullivan, Redatora do Noticiário Nacional e Clay Jones, Redator-Chefe dos Editoriais.
MARGARET ROGERS: O mundo frequentemente parece um quarto de doente e muita sabedoria e discernimento práticos são necessários no mundo com o propósito de curar, ou seja, a fé no bem que pode trazer cura e progresso a qualquer situação. Esse é o propósito que Mary Baker Eddy outorgou a The Christian Science Monitor. Ela disse que havia dado o nome de “Monitor, para propagar sem dividir a Ciência que opera sem se desgastar” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 353).
MARSHALL INGWERSON: A Sra. Eddy usa o termo “Ciência”, especialmente com a letra “C” maiúscula, para se referir às leis de Deus. O progresso é uma lei de Deus, a harmonia é uma lei de Deus, a justiça e a misericórdia são leis de Deus. Talvez não associemos normalmente progresso e harmonia com as notícias diárias, mas, de fato, existe muito progresso acontecendo o tempo todo no mundo. É importante registrar esse progresso por muitas razões. Uma delas é que progresso inspira esperança. O progresso aumenta a confiança de que a cura acontece e de que mais cura é possível.
MARGARET ROGERS: Cheryl, como você se sente quando percebe que o mundo se assemelha muito a um quarto de doente, onde progresso é a coisa que está mais distante de sua mente? Como você lida com isso?
CHERYL SULLIVAN: Cheryl relatou como respondeu a um tiroteio de crianças que ocorreu em uma escola na cidade de Newtown, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, e o desafio de saber o que devia fazer. Ela sentiu-se guiada a enviar um repórter ao local, muito embora parecesse que centenas de repórteres estariam lá e que o incidente se transformaria em um circo dos meios de comunicação. Ela conta: “A única ideia à qual consegui me apegar nessa ocasião foi: ‘Estamos enviando alguém para dar testemunho do Consolador, o Confortador, nessa comunidade’ ”.
Quando a reportagem chegou, estava cheia de ternura. Para mim, foi como se uma luz estivesse brilhando sobre a situação. Eu tinha esperança de que o Confortador estivesse lá, e a reportagem do jornalista na cena do incidente validou tudo isso. Também gostaria de acrescentar que o Monitor foi o único jornal que estava lá com o objetivo de ver o Confortador em ação. É isso o que em parte significa “propagar sem dividir” a Ciência no dia a dia.
MARGARET ROGERS: Clay, sei que você tem constatado isso em todo o mundo também, que nós não estamos simplesmente levando o Confortador, mas que ele já está presente.
CLAY JONES: Os leitores do Monitor podem se unir aos repórteres para discernir a realidade espiritual na condição humana. Cheryl acabou de dar um bom exemplo sobre o que estamos falando. Isso exige muitas reportagens especiais e os leitores podem abrir o pensamento para incluir o trabalho do Monitor e ajudar os repórteres a saber que a verdade virá à tona.
A questão com a qual os diretores estão lidando é: “Como podemos nos certificar de que o tema deste ano, ‘O fundamento espiritual da cura pelo Cristo’, não se torne apenas uma bela imagem sobre a qual refletimos hoje e que depois esquecemos, conforme seguimos com nossas atividades de costume?
Eu estava nas Filipinas quando aconteceu uma revolução democrática. O ditador na ocasião, Ferdinand Marcos, estava com os dias contados e havia alguns soldados que haviam se entrincheirado em um forte, em favor da democracia. Eles estavam cercados por civis. Ferdinand Marcos enviou uma unidade militar de tanques para atacar esses soldados.
Aconteceu que eu estava caminhando pela avenida onde esses tanques estavam passando. Eu era a única pessoa ali e compreendi que tinha de haver uma única Mente ali, um único Princípio e um único Amor que unia as pessoas. Havia alguns ideais universais em ação e eu comecei a conversar com cada um dos comandantes dos tanques, apenas para perguntar-lhes o que estavam fazendo e para que abrissem um pouco o pensamento.
Eles viraram os tanques para a direita em direção a outra avenida e foram parados por um pequeno fusca que estava estacionado ali. Enquanto tentavam remover o carro, milhares de civis os cercaram. Esses fuzileiros navais recuaram para um campo ali perto e, naquele momento, o comandante não sabia o que fazer. Então, saiu da multidão um civil que caminhou até ele e o abraçou. Descobri mais tarde que esse fora seu colega na academia militar. Naquele momento, o comandante ordenou a retirada e as Filipinas se tornaram uma democracia e essa revolução baseada no poder do povo se disseminou amplamente.
MARGARET ROGERS: Por que o Monitor é tão essencial para o êxito da nossa prática de cura?
MARSHALL INGWERSON: O Monitor tem uma maneira muito particular de enxergar o leitor. O leitor é alguém que se importa com os acontecimentos, que deseja pensar de forma construtiva e que deseja ter um impacto positivo no mundo. O leitor deseja ver as leis de Deus em ação. Acho que esse é um ponto de partida para quando escrevemos as reportagens e para quando as editamos, a forma como pensamos a respeito dos leitores.
A missão do Monitor é também a de abençoar toda a humanidade, e não podemos abençoar toda a humanidade sem que cada um de nós também seja abençoado. A maneira com a qual lidamos com os problemas do mundo está ligada à maneira com a qual lidamos com nossos próprios problemas. Afinal, não oro para mim, para nós e, depois, para “eles”. Em última análise, estamos orando por todos nós.
CHERYL SULLIVAN: Voltando ao propósito do Monitor de “propagar sem dividir a Ciência que opera sem se desgastar”, eu achava que o Monitor é aquele que propaga, mas agora passei a ver isso de uma maneira um pouco diferente. Sim, os repórteres vão, escrevem, apegam-se à
realidade espiritual subjacente que inspira seus escritos, mas a missão do Monitor de “propagar sem dividir” é para nós como uma via de mão dupla entre nós e o Campo de Ação da Ciência Cristã, porque são as pessoas no Campo que sabem como orar com eficácia para qualquer que seja a necessidade do mundo. O propagar sem dividir é o Monitor e o Campo, indivisos, propagando a Ciência que opera sem se desgastar.
RELATÓRIO DO SECRETÁRIO
LYLE YOUNG: Esta é a parte da Assembleia que apresenta o Relatório do Secretário e para fazer esse Relatório eu gostaria que todos nós tivéssemos a oportunidade de ouvir algumas das ideias e observações de todo o Conselho de Diretores. Mas primeiro, em nome de todos os membros dA Igreja Mãe em todo o mundo, gostaria de dizer aos novos membros que acabaram de se filiar na sexta-feira: “Bem-vindos”! Estamos muito felizes por vocês terem se filiado a esta igreja, estamos muito gratos a vocês e somos também muito gratos a todos os membros dA Igreja Mãe.
Em segundo lugar, desejamos informar-lhes que a Assembleia Anual de 2015 poderá ser assistida pela Internet, mas vocês também poderão vir pessoalmente ouvir os relatórios aqui nA Igreja Mãe, em Boston. Receberemos vocês de braços abertos.
Nesta reunião, falamos até agora sobre o fundamento espiritual da cura pelo Cristo, refletimos todos juntos sobre algumas das ideias contidas no importante e profundo artigo: “Escolhei vós”. Convidamos vocês a continuarem a estudar esse artigo durante este ano. Ouvimos também sobre a importância de cada um de nós cultivar as qualidades de um Enfermeiro da Ciência Cristã em nossa própria prática diária da Ciência Cristã e, dessa forma, abençoar nossas famílias, nossas comunidades e nossas igrejas filiais; abençoar realmente o mundo inteiro. Além disso, acabamos de ouvir a respeito da importância de abraçar o mundo inteiro em nossas orações e de praticar a Ciência Cristã plenamente. The Christian Science Monitor nos ajuda a fazer exatamente isso. Mas, como vocês todos devem se lembrar, começamos esta Assembleia com o convite de Scott a ponderarmos sobre o fundamento espiritual desta Igreja.
SCOTT PRELLER: A questão com a qual os diretores estão lidando é: “Como podemos nos certificar de que o tema deste ano, ‘O fundamento espiritual da cura pelo Cristo’, não se torne apenas uma bela imagem sobre a qual refletimos hoje e que depois esquecemos, conforme seguimos com nossas atividades de costume? Como uma Igreja, como podemos nos certificar de que isso representa uma dedicação renovada ao que realmente somos como uma Igreja consagrada à cura”?
Parece-me que a única maneira de resolver essa questão seria saber como cada um de nós, como membros desta Igreja, irá atender ao que está proposto no artigo da Sra. Eddy: “Escolhei vós”. Quando ela ofereceu essa mensagem durante a dedicação da Extensão, era um momento muito importante para os Cientistas Cristãos. Havia esta bela e nova igreja, uma religião em rápido crescimento, mas me parece que parte do que ela estava dizendo é: “Não permita que toda essa atenção que estamos recebendo suba à cabeça. Permaneça focado naquilo que realmente importa, ou seja, na totalidade de Deus, em viver a Regra Áurea, em curar”.
Hoje, em 2014, podemos ser tentados a pensar que a atmosfera mental em torno não apenas da Ciência Cristã, mas da religião em geral, esteja mais para o declínio e a dúvida. Mas, para mim, é como se a Sra. Eddy estivesse nos dizendo hoje: “Não se deixe influenciar por essa visão derrotista e sombria. Permaneça focado naquilo que realmente importa, na totalidade de Deus, em viver a Regra Áurea e em curar”.
Somos Cientistas Cristãos porque compreendemos que Mary Baker Eddy fez uma descoberta sobre a natureza do existir que está transformando o mundo. Ela descobriu que “Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita” (Ciência e Saúde, p. 468). Como membros desta Igreja, percebemos antes dos outros que o bem que Jesus demonstrou em seu ministério de cura está disponível a nós hoje para que o ponhamos em prática, e essa forma de pensar é o que transforma o mundo. Se realizamos nossas atividades na igreja e em nossa própria prática, sentindo-nos realmente animados pela ideia de que “houve essa descoberta e isso muda todas as regras”, então não vamos à igreja apenas porque chegou a hora de ir. Vamos porque almejamos ouvir o que outros descobriram e como eles o estão aplicando, como também para compartilhar, do fundo de nosso coração, o que estamos aprendendo.
ALLISON W. (”SKIP”) PHINNEY: Quando o Conselho estava conversando pela primeira vez sobre o tema da Assembleia Anual, creio que todos nós achamos que esse artigo tão profundo da Sra. Eddy, “Escolhei vós”, seria um bom ponto de partida. Durante algum tempo, antes de 1906, quando escreveu essa mensagem, ela estivera preocupada, pois havia palavras demasiadas sem obras suficientes, e ela continuou a dizer isso com muita franqueza a todo o Movimento.
Acho que ela estava se dando conta não somente de que as pessoas não deveriam sentir-se tão impressionadas com o novo e esplendoroso edifício da igreja, mas também que precisavam escolher entre pensar que eram seres humanos que se beneficiavam com a ajuda da Ciência Cristã ou aderir à verdadeira revelação que ela tivera: a totalidade de Deus. Em “Escolhei vós”, ela escreve: “Inteiramente separada desse sonho mortal, dessa ilusão e delusão dos sentidos, a Ciência Cristã vem revelar que o homem é a imagem de Deus, Sua ideia, coexistente com Ele; Deus dando tudo e o homem tendo tudo o que Deus dá” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 5). Acho que ela compreendeu que, para que continuássemos a seguir em frente, tínhamos de descobrir essa nova maneira de pensar, não para a usarmos para nós mesmos, mas para descobrir como Deus nos usa.
LYLE YOUNG: No Evangelho de João, após a ressurreição e depois de os discípulos já terem visto Jesus ressuscitado, Pedro disse: “Vou pescar, alguém gostaria de vir comigo?” (Ver João 21). E eles foram, mas tiveram uma decepção. Naquela noite não pescaram nada, de forma que voltar a um senso de existência meramente humano foi uma experiência frustrante para eles. Então Jesus os chamou da praia e eles perceberam que não podiam voltar atrás. Eles estavam em um universo mental diferente, e esse universo mental diferente significava que eles tinham um poder e uma convicção que levaria a Igreja adiante e é essa mesma bondade de Deus que nos dá esse poder e essa convicção hoje.
“SKIP” PHINNEY: E também alegria.
ROBIN HOAGLAND: Estivemos conversando sobre o ato de responder ao chamado do Cristo sem duvidar. Penso que o que estamos fazendo não é ajustar individualmente e cada vez mais nossa vida, mas reconhecer que algo diferente aconteceu. Refletimos mais profundamente não apenas sobre nosso próprio progresso, mas também sobre a forma como o mundo está progredindo, como ouvimos com o Monitor, ou sobre como tocamos a vida das pessoas com a enfermagem. Começamos a ver, conforme Mary Baker Eddy escreveu para vários membros de uma igreja filial, que eles eram uma “parte ativa de um todo estupendo” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 165). Somos parte dessa maravilhosa totalidade de um movimento que está progredindo fundamentado na cura.
“SKIP” PHINNEY: Frequentemente focamos: “Quanto eu sei? Quanto posso fazer? Posso realmente fazer o que estão me pedindo para fazer”? No entanto, descobrimos repetidas vezes que, conforme a Sra. Eddy diz: “Todos somos capazes de fazer mais do que fazemos” (Ciência e Saúde, p. 89) porque somos movidos a avançar pelo existir espiritual, pelo senso espiritual, pela alegria desse novo universo para o qual estamos caminhando.
SCOTT PRELLER: E quanto mais sentimos o que Deus está fazendo e que está nos levando com Ele, mais percebemos que todas as coisas que achávamos que não poderíamos fazer nunca foram válidas, elas eram uma imposição que essa consciência renovada, do que é possível alcançar, pode remover. Podemos fazer o que naturalmente fazemos como uma Igreja, e isso é curar.
Quando falamos da cura pelo Cristo, não estamos falando sobre a ideia espiritual que vem de Deus? Quando nos volvemos a Deus em oração, ouvindo-O de maneira humilde e sincera, sentimos essa presença do Cristo, e algo muda.
MARGARET ROGERS: Quando sentimos que talvez nosso coração não esteja ardendo dentro de nós ou somos acometidos pelo sentimento de que somos inadequados, é muito importante lembrar do mandamento de Jesus, o de “vigiar”. Não temos por que ser abatidos pela escuridão. Reconheça-a imediatamente. Ela não é legítima. Somos todos filhos da luz, não apenas “nós”, Cientistas Cristãos; os filhos de Deus são filhos da luz, e as trevas não entram desapercebidamente na luz. A luz invade a escuridão. Além disso, defenda quem você é como uma expressão do divino. Podemos ver e expressar a natureza divina, que é a verdade sobre cada pessoa. Também gostaríamos de agradecer cada um de vocês que escolheu a Ciência do existir como seu prêmio, e isso significa, realmente, que vocês são os escolhidos, que vocês aceitaram essa Ciência e Deus está lhes proporcionando tudo o de que necessitam para
demonstrá-la.
LYLE YOUNG: É verdade. Esta é uma igreja laica de sanadores e isso significa que temos a oportunidade de apoiar uns aos outros à medida que seguimos em frente como sanadores.
A Assembleia foi encerrada com uma oração silenciosa, seguida pela repetição em voz alta da Oração Diária. A Presidente, Linda Kohler, proferiu a bênção:
LINDA KOHLER: “Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação” (Salmos 67:1-2). Amém.
