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Matéria de capa

Como podemos realmente promover a paz no mundo?

Da edição de agosto de 2015 dO Arauto da Ciência Cristã

Original em francês


Diante das reportagens que a mídia, as redes sociais e as organizações não governamentais internacionais divulgam a respeito dos atos terríveis de violência, da deslocação em massa de populações e das situações que ameaçam a paz no mundo, podemos legitimamente nos perguntar se ainda vale a pena orar pela paz no mundo. Caso a resposta seja sim, até que ponto nossa oração realmente teria algum efeito na vida das pessoas que estão em uma situação difícil?

Enquanto refletia sobre isso, motivado pelo desejo legítimo de ver a paz permanente reinar para as vítimas dessas circunstâncias terríveis, encontrei inspiração na Bíblia, especialmente nos ensinamentos do nosso Salvador, Cristo Jesus.

Ele prometeu a paz para todos nós, quando disse: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33). Seus ensinamentos nos mostram que todos os homens e mulheres são criados pelo Amor, criados por Deus. Portanto, eles têm o direito divino à proteção, à vida, à liberdade, à segurança e à paz, e Deus provê tudo isso. Jesus nos deixou também estas palavras reconfortantes: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).

Visto que o homem é criado por Deus, ele tem direito à paz.

Quando oramos e reconhecemos a manifestação da criação de Deus, a inteligência suprema, e do homem, criado por Deus para expressar somente o bem, estamos amando o próximo e ajudando a promover a paz no mundo. Ao enfrentar a violência contra si mesmo, Jesus, que ensinou que o amor é a única resposta válida para qualquer agressão, repreendeu a Pedro, seu discípulo, que, com sua espada, havia reagido contra o injusto aprisionamento do Mestre. Jesus disse a Pedro: “Mete a espada na bainha” (João 18:11). Jesus corrigiu com amor o pensamento de violência e, com sua inocência, o pensamento de injustiça. Para ele, expressar amor não era um sinal de fraqueza ou de ingenuidade, mas um poder que protege. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, explica: “Revestido com a armadura do Amor, tu não podes ser atingido pelo ódio humano” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 571).

Ao seguir o exemplo de Jesus, reconhecemos, por meio da oração, que o universo, que inclui o homem, pertence exclusivamente a Deus, e que todos os homens e mulheres expressam o domínio que Deus lhes dá sobre o mal. Isso abrange tudo aquilo que tente ameaçar a paz em nós ou entre nós.

Graças ao nosso estudo da Ciência Cristã, somos gratos por compreender que o Deus para o qual oramos, como Jesus fazia, não é um ser humano nem pertence a nenhuma denominação religiosa em particular. Deus é o Princípio divino de tudo e mantém a justiça. Ele é a Verdade que comunica todos os pensamentos de pureza, a Vida que se expressa a si mesma em vida harmoniosa e o Espírito que governa todas as suas ideias e enche todo o espaço. Quando vemos as coisas sob essa perspectiva, reconhecemos que o mal,  nas mais diversas formas, é uma sugestão ilusória e sem poder, a qual é destruída pela consciência espiritual que provém do Amor, do relacionamento perfeito de Deus com o homem à Sua imagem e semelhança.

Cada vez que raciocinamos dessa maneira espiritual e sincera, isto é, cada vez que damos um tratamento da Ciência Cristã para ajudar a trazer paz ao mundo, a verdade pura tem de ser  percebida onde quer que a paz seja necessária. As barreiras tribais, raciais, religiosas, geográficas ou de idioma são incapazes de deter o efeito de tal oração!

Apoiamos e promovemos a paz no mundo toda vez que esperamos, em espírito de oração e com um grato coração, testemunhar a presença da liberdade e da justiça, em vez de injustiça e privação.

A verdade pura tem de ser  percebida onde quer que a paz seja necessária.

Promovemos a paz no mundo quando em nossa família, não aceitamos nenhum preconceito ou rótulos, mas, ao invés disso, glorificamos a individualidade espiritual e as qualidades divinas de cada um, e reconhecemos que a história real do homem está em expressar e louvar a Deus. Nossas orações, motivadas pelo amor ao próximo que nos ajuda a ver nosso semelhante, nosso governo e tudo o que diz respeito a nosso país sob uma perspectiva espiritual, ajudam a estabelecer os fundamentos para a paz permanente no mundo.

Há algum tempo, uma amiga e eu tivemos um desentendimento sério e, com muita raiva, ela jurou que nunca mais voltaria a falar comigo. Fiquei muito preocupado com a situação, pois queria fazer as pazes com ela. Fui a uma Sala de Leitura da Ciência Cristã, onde li um artigo intitulado “Amai os vossos inimigos”, de Mary Baker Eddy, no livro Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896 (p. 8-13). Nesse artigo, lemos: “ ‘Amai os vossos inimigos’ é idêntico a ‘Não tendes inimigos’ ” (p. 9).

Realmente, é inconcebível que a escuridão do ódio e da violência obscureça a luz do Amor divino, quando compreendemos que o universo governado por Deus e a consciência do homem real estão totalmente preenchidos por essa luz. Depois do tempo em que passei orando e estudando, nosso relacionamento voltou a ser harmonioso.

Promovemos a paz toda vez que tomamos consciência, individual ou coletivamente, da onipotência do Amor divino, conforme está escrito em Ciência e Saúde: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; aniquila a idolatria pagã e a cristã — tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; anula a maldição sobre o homem, e não deixa nada que possa pecar, sofrer, ser punido ou destruído” (p. 340).

Precisamos trabalhar ainda mais arduamente, a fim de estabelecer a paz no mundo. Poderíamos, talvez, começar adquirindo uma compreensão mais profunda do significado espiritual do que Cristo Jesus disse em seu Sermão do Monte: “Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” (Mateus 7:5).

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