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Uma declaração revolucionária e sua história

Da edição de fevereiro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original em inglês publicado na edição de maio de 2016 de The Christian Science Journal.


“A declaração científica sobre o existir”, a retumbante afirmação de Mary Baker Eddy a respeito da totalidade do Espírito e da nulidade da matéria, é o parágrafo mais revolucionário escrito por mão humana. 

Essa declaração composta de seis sentenças e 62 palavras, de autoria da Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 468), contém a parte principal, ou essência da Ciência Cristã, as duas premissas gêmeas a partir das quais emana toda a teologia da Ciência Cristã. Como a história indica, essa declaração não foi escrita de maneira impulsiva, sem que a Sra. Eddy levasse em conta que muito provavelmente provocaria uma reação por parte do mundo mergulhado no materialismo científico da época, materialismo esse fundamentado naquilo que se considera como a incompatibilidade entre a religião e a ciência (ver Ciência e Saúde, p. 268).

Um dos alunos da Sra. Eddy relata que ela estava ciente das profundas implicações que aquilo que ela estava escrevendo teria e do quanto essa declaração radical contradizia tudo o que parecia tão evidente e lógico para o senso humano, de início, até mesmo para o dela.

“Eu não consegui escrever imediatamente os pensamentos que me sobrevinham, de que a substância não é matéria”, relatou ela a esse aluno, Irving Tomlinson. “Eu largava a caneta na mesa, dizendo: ‘Não posso escrever isso’. Parecia tão contrário a toda a minha experiência, mas ali estava a mensagem celestial: ‘Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria’ ”. Após reflexão mais profunda, ela concluiu: “Compreendi ... que o homem verdadeiro é espiritual e que o corpo carnal é apenas a crença errônea do errôneo senso material” (Reminiscences of Irving C. Tomlinson  [Reminiscências de Irving C. Tomlinson], p. 125, The Mary Baker Eddy Collection [A Coleção de Mary Baker Eddy], The Mary Baker Eddy Library [A Biblioteca Mary Baker Eddy]). 

Além disso, essa declaração não foi escrita em circunstâncias propícias ou agradáveis. Durante um dos anos em que a Sra. Eddy estava empenhada em escrever seu livro-texto, Ciência e Saúde, foi forçada a mudar de casa nada menos do que oito vezes, porque seu trabalho gerava muita resistência mental. 

A própria residência onde “a declaração científica sobre o existir” foi escrita parecera acolhedora no início, devido ao fato de que a Sra. Eddy havia curado a filha do proprietário. A vida da menina estivera ameaçada por uma grave doença. Aqui está o que ela contou a Tomlinson: “Eu estava prestes a ter uma surpresa desagradável. Um dia, quando estava espiritualmente elevada por escrever a declaração científica sobre o existir, saí ao meio-dia para almoçar em uma casa ali perto. Quando retornei, encontrei meu baú, a cadeira onde eu me sentava para escrever e alguns objetos pessoais jogados para fora da porta. Parecia que quanto mais o amor de Deus me abençoava, mais a ira do homem caía sobre mim” (Reminiscences of Irving C. Tomlinson , p. 120).      

A “declaração científica sobre o existir” foi incorporada na obra “A Ciência do Homem”, um panfleto que ela publicou em 1876. A declaração apareceu na terceira edição de Ciência e Saúde, em 1881, quando “A Ciência do Homem” foi adicionada ao livro, como o capítulo intitulado “Recapitulação”, o qual constitui a base permanente para a instrução no Curso Primário da Ciência Cristã. Ela a considerou tão importante, que também estabeleceu que fosse lida no encerramento de todos os cultos dominicais da Ciência Cristã e de todas as aulas da Escola Dominical. Essa declaração é uma das primeiras lições que os jovens estudantes da  Ciência Cristã aprendem na Escola Dominical.

 Essa declaração, em seu significado essencial, eliminou completamente da Ciência Cristã  todos os vestígios de relativismo, ou seja, a crença de que a verdade seja meramente subjetiva. Essa declaração é uma expressão daquilo em que a Sra. Eddy insistia, isto é, de que a Ciência Cristã é a verdade absoluta, imutável, invariável, a respeito de Deus e Sua criação. Essa declaração colocou a Ciência Cristã diretamente par a par com o relato espiritualmente científico da criação contido no primeiro capítulo do Gênesis. Ela separou a Ciência Cristã de todas as teorias humanas que postulam a noção de dualismo, ou a coexistência da matéria com o Espírito. Em última análise, mostrou que a Ciência Cristã é mais do que um credo ou dogma, porque expõe proposições que podem ser comprovadas por qualquer pessoa que compreenda o Princípio divino da Ciência Cristã.

Ao longo das gerações desde que “a declaração científica sobre o existir” foi inicialmente publicada, sua veracidade vem  sendo demonstrada por muitos estudantes da Ciência Cristã, em cuja vida houve cura, regeneração e restauração por meio da compreensão desta verdade básica, a qual os sentidos humanos só lentamente chegam a compreender: que o verdadeiro status do homem está no Espírito, não na matéria (ver Ciência e Saúde, p. 476). 

Quanto a ser aceita no pensamento do mundo, a Sra. Eddy compreendia que isso se daria somente por meio da demonstração, e que só o raciocínio humano não bastaria para que a humanidade pudesse realmente começar a aceitar as premissas de reforma adotadas em sua teologia, ou seja, de que de Deus é tudo e de que a matéria não tem substância.

Quanto à Sra. Eddy, ela rapidamente compreendeu que as frases que ela no início hesitara em escrever traziam consigo a aprovação de Deus, a santidade da natureza divina. Ela escreveu: “As obras que escrevi sobre a Ciência Cristã contêm a Verdade absoluta, e foi imperativo que eu a divulgasse; portanto, fiz isso como o cirurgião que corta com o propósito de curar. Eu fui escriba sob ordens;  e quem pode se recusar a transcrever o que Deus dita? e não deve tal pessoa tomar o cálice, bebê-lo todo e dar graças?” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 311). Ela estava confiante em que diante do acúmulo de evidências, por meio da cura, a crença do mundo está “lentamente cedendo à ideia de uma base metafísica, está desviando sua atenção da matéria como causa, e vendo que a Mente é a causa de todo efeito” (Ciência e Saúde, p. 268). Além disso, ela teve a convicção de que, com o tempo, as premissas simples, porém, profundas, que fizeram com que ela fosse expulsa da casa em que haviam sido escritas, finalmente seriam compreendidas como verdade demonstrável. Que elas significariam o supremo desafio à corrente pressuposição da ciência, teologia e medicina humanas: de que a vida seja material e de que, portanto, leve inevitavelmente à deterioração e à morte. 

As proposições que foram introduzidas na “declaração científica sobre o existir” reverberam através de cada página dos escritos da Sra. Eddy, definindo a realidade com clareza perfeita, inigualável e autêntica. Elas permanecem como a declaração científica consumada da Palavra conforme ensinada e demonstrada por Cristo Jesus. Elas explicam onde estava alicerçado o domínio que Jesus tinha sobre o pecado, a doença e a morte, alicerce sobre o qual seus apóstolos e seguidores foram capazes de emular suas obras. O alicerce sobre o qual o Cristianismo primitivo foi restaurado para o mundo. O alicerce sobre o qual está firmemente erguida a Igreja de Cristo, Cientista.

Alguns anos após escrever “a declaração científica sobre o existir”, a Sra. Eddy escreveu na página 34 do livro A Unidade do Bem: “Eis aqui o resumo de toda a questão com a qual começamos: que Deus é Tudo e que Deus é o Espírito; portanto nada existe a não ser o Espírito; consequentemente não existe matéria”.

Tradução do original em inglês publicado na edição de maio de 2016 de The Christian Science Journal.

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