Logo após terminar a faculdade, comecei a adotar uma perspectiva pessimista em muitas áreas da minha vida. Achei que eu não precisava da Ciência Cristã e já fazia alguns anos que deixara de frequentar a igreja. Eu vivia por conta própria e desfrutava da liberdade de uma jovem adulta, até que notei um inchaço no meu pescoço. Isso me assustou muitíssimo e me deixou constantemente preocupada.
Nessa época, eu me sentia totalmente responsável pela minha saúde, pela minha felicidade e por tudo o mais em minha vida. Estava convencida de que tinha todas as respostas e deixei a Deus completamente fora dessa situação. Eu tinha um senso inflado de ego, e sabia disso. Concluí que poderia ser essa a causa do inchaço no pescoço. Embora tentasse orar sobre esse senso exagerado de ego, meu motivo era apenas dissolver o inchaço, não era compreender minha genuína identidade como ideia espiritual de Deus.
Cinco anos depois, eu ainda estava com o problema. Percebi que pensava diariamente no calombo do pescoço, até mais do que uma vez por dia. Comecei a fazer as contas e calculei quantas centenas de vezes eu me deixara levar pela crença na realidade do inchaço, apesar de ter aprendido na Ciência Cristã que Deus não criou o mal e, portanto, a doença é uma ilusão, não um fato.
Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente” (p. 392). Ora, certamente eu não estava montando guarda! Estava permitindo que o medo se alastrasse no meu pensamento.
Então, veio esta pergunta: “Como é que você está disciplinando o pensamento?” Esse foi o ponto crucial da situação. Eu estava prestando mais atenção ao que os sentidos físicos mostravam do que àquilo que a Ciência Cristã ensina sobre a natureza perfeita e espiritual do homem, como expressão de Deus. Percebi que precisava buscar em Deus a verdade sobre minha saúde, em vez de esperar com complacência que a matéria cooperasse. Comecei a orar para incorporar as qualidades espirituais que, eu sabia, faziam parte da minha real identidade como filha de Deus, tais como a pureza e a integridade.
No entanto, a cura não ocorreu rapidamente. O calombo havia aumentado de tamanho e tornava desconfortável o ato de engolir. Muitas vezes eu me preocupava que as pessoas notassem. Parecia que eu tinha muito trabalho a realizar, mantendo meu pensamento no Espírito, não na matéria, e me empenhando em demonstrar as qualidades de Deus.
Com o passar do tempo, os sintomas pioraram e eu fiquei desanimada e com medo. De vez em quando, eu procurava um Praticista da Ciência Cristã para me ajudar a lidar com os pensamentos apreensivos. Um praticista me encorajou a deixar mentalmente as rédeas da situação e entregá-las a Deus, que é o verdadeiro governador do homem. Foi quando comecei a perceber que realmente não estava confiando em Deus. Estava esperando que meus próprios esforços para melhorar minha maneira de pensar consertassem o problema. Decidi mudar minha abordagem e ter como objetivo simplesmente aprender mais sobre Deus. Parei de tentar mudar a matéria e voltei minha atenção para a compreensão de que Deus é a Vida, e de que a matéria jamais é uma ameaça para a Vida.
Ciência e Saúde diz: “Se confiamos na matéria, não confiamos no Espírito” (p. 234). Então, pensei que a recíproca também é verdadeira. Se eu confiasse no Espírito, Deus, poderia deixar de ficar mesmerizada com o testemunho dos sentidos materiais.
Após mais cinco anos, percebi que eu não conseguia confiar plenamente em Deus porque a compreensão que eu tinha dEle ainda estava nebulosa e cheia de equívocos. Não tinha certeza do que deveria fazer a seguir, mas esta afirmação de Ciência e Saúde me deu uma pista: “O meio de se extrair o erro da mente mortal consiste em inundá-la com a verdade mediante torrentes de Amor” (p. 201). Foi o que eu fiz. Sabia que a matéria tinha de ceder, se eu continuasse a me volver ao Amor divino. Pensei menos no inchaço e procurei cada vez mais a evidência da presença de Deus. Em oração, ponderei sobre os sete sinônimos que a Sra. Eddy usa para Deus, ou seja, o Amor, o Princípio, a Vida, a Mente, o Espírito, a Alma, a Verdade, que ajudaram a aclarar minha compreensão a respeito de Deus.
Certa noite, reservei um momento de calma para louvar a Deus e humildemente pedir a Ele que me mostrasse o caminho. Eu estivera orando para compreender o alcance infinito de Seu poder e bondade e simplesmente reconheci que não havia nenhum outro poder a não ser Deus. Este versículo da Bíblia me veio à mente: “Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus...” (Isaías 45:5). Com muita gratidão, reconheci a verdade desse texto. Então, pensei nesta declaração de Ciência e Saúde: “A profundidade, a largura, a altura, a força, a majestade e a glória do Amor infinito enchem todo o espaço. Isso é suficiente!” (p. 520).
Ficou claro como cristal para mim, naquele momento, que Deus está no comando, sempre. Eu me senti em paz. Senti confiança nessa promessa, e logo percebi que o inchaço no pescoço estava drenando. Continuou a drenar durante mais dois ou três dias até desaparecer. Todos os sintomas amedrontadores se dissiparam e fiquei inundada de um grande senso de admiração e gratidão. Havia sido uma longa jornada, mas aprendera tantas profundas lições ao longo do caminho!
Faz mais de três anos que ocorreu essa cura e ela tem sido um importante ponto de referência no meu crescimento espiritual. Sou profundamente grata pela Ciência Cristã.
Hillary Halverson
Grayslake, Illinois, EUA
