Queridos leitores,
Os livros de texto que estudei no ensino médio foram úteis. Naquela época, contudo, eu tinha o desejo de encontrar mais equilíbrio entre o intelecto e as emoções, o que eu não achava naqueles livros. Eu encontrava esse equilíbrio na música. Uma frase curta, com a qual me deparei mais tarde, capta o porquê. Um tanto surpreendente, porém, foi descobri-la em um livro-texto: a obra principal de Mary Baker Eddy sobre a Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Essa citação diz: “A música é o ritmo da cabeça e do coração” (p. 213).
Esse era um livro-texto que eu conseguia ler. Na verdade, eu o devorava, e ainda recorro a ele todo o tempo, porque o livro-texto da Ciência Cristã emana inteligência e também o sentimento que vem do coração. Vejam esta frase, por exemplo: “As rajadas gélidas da terra talvez desarraiguem as flores dos afetos e as espalhem aos ventos; mas essa ruptura dos laços carnais serve para unir o pensamento mais estreitamente a Deus, pois o Amor sustenta o coração em luta, até que este cesse de suspirar pelo mundo e comece a estender as asas rumo ao céu” (p. 57).
Palavras como essas tocam fundo no coração dos leitores, ainda que os desafie a dar uma virada de 180 graus, ou seja, voltar-se em direção oposta à mera esperança humana e passar a ter o desejo mais elevado de buscar, encontrar e demonstrar o amor que Cristo Jesus exemplificou. Essas palavras são Ciência — a Ciência da Mente divina e do Amor divino.
No decorrer de Ciência e Saúde, a autora se aprofunda nas ideias espirituais e nas verdades metafísicas. Conforme comprovou em sua vida, suas ideias iluminadas confortam os leitores, independentemente de quem sejam e de onde estejam. Ela era uma mulher branca da Nova Inglaterra, nascida em uma fazenda, no século XIX. Todavia, 150 anos depois, vi suas palavras trazerem cura para problemas físicos, transformação de caráter e renovado senso de alegria a um sul-africano da raça negra, que vivia em um município da Cidade do Cabo onde só moravam negros, e ainda sofria com penosas cicatrizes emocionais devidas ao período do apartheid. Como Mary Baker Eddy afirma em outro livro de sua autoria: “Quando é o coração que fala, por mais simples que sejam as palavras, sua linguagem é sempre aceita por aqueles que têm coração” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 262).
Nem sempre nossas palavras precisam ser simples para alcançar, comover e fortalecer os leitores, mas elas precisam ser sinceras. Como colaboradores e leitores das publicações da Ciência Cristã, podemos expressar, ponderar e compartilhar a valiosa e pura metafísica que cura, que fala de coração a coração, da maneira como fazem as palavras confortadoras e práticas de nossa Líder, as quais são comprovadas no dia a dia.
Tony Lobl
Redator-Adjunto
