Era uma noite tempestuosa, naquela zona rural. Meu namorado e eu estávamos indo para a cidade vizinha, quando a chuva começou a cair tão torrencialmente que já não conseguíamos prosseguir. Aliás, o carro derrapou para fora da estrada e atolou na lama, e nós ficamos lá, enquanto chovia, e chovia, e chovia.
Eu sabia que a chuva acabaria parando. Mas se eu chegasse em casa tarde, sem dúvida meus pais não me deixariam mais passear com meu namorado e, ao que parecia, íamos ter de ficar lá a noite toda. Não passavam outros carros na estrada, os celulares ainda não tinham sido inventados, e eu pensava no quanto meus pais ficariam preocupados.
Ficamos atolados por umas duas horas, até que me veio um pensamento surpreendente. Eu era Cientista Cristã. Tinha aprendido na Escola Dominical que Deus está sempre conosco, e que Ele sempre envia a ajuda que precisamos. Estas palavras de um hino, do Hinário da Ciência Cristã, me vieram à memória em alto e bom som:
Quem no Amor habita,
Não sente mais temor;
Confiança irrestrita
Merece o Senhor.
Se ruge a tormenta,
Buscando me prostrar,
Com Deus que me sustenta
Não posso fraquejar.
(Anna L. Waring, No. 148, trad. © CSBD)
Estava aí minha resposta, e eu senti enorme alívio. Não fazia ideia de como o resgate viria, mas sabia que ficaríamos bem.
Em poucos momentos, os primeiros faróis que vimos, depois de horas, se aproximaram de nós — uma caminhonete com alguns rapazes que ofereceram ajuda. Eles rapidamente guincharam nosso carro, nos tiraram da lama, e nós voltamos para a estrada, a caminho de casa.
Foi a primeira vez que realmente percebi o que significa a Ciência Cristã. Ela me havia ensinado a respeito de Deus, o Amor celestial, que está sempre presente para nos tirar de todo tipo de lama. E compreendi que era essa — exatamente essa — a razão pela qual eu frequentava a Escola Dominical. Não era porque meus pais queriam que eu fosse, mas porque o que eu estava aprendendo na Escola Dominical era algo que eu podia pôr em prática. E fiquei extremamente grata por isso.
