Eu geralmente gosto de desafios. Mas não tinha muita certeza de estar à altura deste.
Estava participando do programa de equitação, em um acampamento para Cientistas Cristãos. Geralmente, treino com os cavalos mais difíceis, porque meus orientadores sabem que eu aceito desafios e consigo lidar com eles. Mas nesse ano, em particular, deram-me um cavalo especialmente difícil e arisco, com o qual eu já não havia trabalhado bem no ano anterior.
No início da nossa temporada de duas semanas, eu me esforcei para estabelecer um vínculo com essa égua, e logo me agitava, quando não conseguíamos completar exercícios simples. Ela parecia estar assustada demais para terminar os exercícios e, além disso, estávamos tendo problemas de comunicação. Apesar de já ter tido dificuldades antes, para me entrosar com o cavalo escolhido para mim, esse ano parecia que simplesmente não iria conseguir superar o problema. Quando perguntei aos orientadores se poderia mudar de cavalo, eles me incentivaram a tentar mais um dia e, então, se o problema persistisse, eu poderia trocar.
Eu tinha feito quase tudo ao meu alcance para trabalhar eficazmente com o cavalo, mas sabia que ainda havia uma coisa que precisava fazer. Então, naquela noite, orei com uma ideia que aprendi na Escola Dominical da Ciência Cristã — a ideia de uma Mente única, divina. Mente é um nome para Deus que você pode encontrar na Bíblia e em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy.
Essa ideia realmente se destacou para mim porque, embora parecesse que o animal e eu estávamos trabalhando como duas mentes separadas e incompatíveis, o fato de que existe uma única Mente me deu uma perspectiva diferente para orar. Vi que a Mente divina, que expressa paz, harmonia e inteligência é realmente a única Mente que existe, e por isso meu cavalo e eu éramos totalmente capazes de trabalhar em conjunto.
Depois de orar com essa ideia, fiquei cheia de entusiasmo. Mal podia esperar para demonstrar o que significa conhecer a realidade de uma Mente única.
No dia seguinte, como parte do programa, jogamos polocrosse — um esporte que é bastante parecido com lacrosse, mas que jogamos montados em cavalos. Como no polocrosse há distrações constantes e coisas voando pelos ares, o jogo pode ser muito assustador para alguns cavalos. Mas, com a minha nova confiança na proteção permanente de Deus e na harmonia, a qual, eu sabia, a égua e eu compartilhávamos, pude aproveitar o jogo com esse animal sem nenhum problema.
No restante da temporada, trabalhamos como uma equipe harmoniosa, superando juntas o medo e os novos obstáculos. Também competimos muito bem no rodeio que marcou o final daquela temporada no acampamento, e ganhamos o primeiro lugar. Mas o que eu ganhei de melhor nesse verão foi saber que, por meio da oração, posso triunfar sobre qualquer desafio que pareça intransponível.
